quinta-feira, 19 de março de 2009

Turma de ensino médio visita a FASE

O jovem chega no primeiro ano do ensino médio e começam as dúvidas de qual carreira seguir.Por esse motivo conhecer o mercado de trabalho, as habilidades e instituições de ensino superior são de extrema importância. Na tarde de ontem, a Faculdade Arthur Sá Earp Neto e Faculdade de Medicina de Petrópolis receberam 52 alunos do ensino médio do Colégio Santa Isabel.

Ao contrário de outras visitas, que tinham como objetivo somente apresentar a infra-estrutura do campus e qualidade de ensino, os estudantes tiveram uma conversa com respresentates de casa curso e conheceram novas possibilidades de trabalho em cada área. Além disso, os estudantes vivenciaram a prática. O professor da disciplina Tecnologia dos Alimentos, Sérgio Kling, demonstrou como identificar a acidez do leite e derivados. Todos os alunos fizeram o experimento no laboratório de bromatologia.

O anatômico também foi apresentado aos jovens estudantes, que ficaram curiosos em ver as peças e ansiosos para perguntar sobre o corpo humano. Por fim os estudantes conheceram o laboratório de Habilidades e Destrezas.

Alunos de Medicina fazem palestra sobre Sexualidade

Cerca de vinte alunos da disciplina Saúde Coletiva 01 participaram,na tarde desta quarta-feira, de uma oficina sobre sexualidade, para estudantes entre 14 e 17 anos de idade da Escola Estadual Hercília Henrique Moreti, em Corrêas.

De acordo com os graduandos as maiores dúvidas foram sobre menstruação, primeira vez e formas de evitar doenças sexualmente transmissíveis e gravidez. "Quando eu era da idade deles e alguém ia na sala de aula explicar esse tema eu gostava bastante e agora tenho essa oportunidade de conscientizar esses adolescentes", comenta a aluna do 2º ano de Medicina, Bruna Machado.

O projeto de visita às escolas, abordando sexualidade e toxicomania, é organizado pela professora Miriam Heidemann desde 2002. Segundo a idealizadora, o objetivo dessas visitas é trazer uma outra realidade para os estudantes de Medicina. Além disso, os futuros médicos passam por duas semanas de treinamento em sala de aula antes de realizarem a oficina, o que facilita o aprendizado: "Eles já vem para a escola sabendo o que responder, isso é importante", ressalta a professora.

É através de dinâmica que os jovens participam da palestra. Primeiro é perguntado quais palavras vêm à cabeça quando o assunto é sexo. A partir daí, eles fazem perguntas e depositam na "caixa íntima" alguns questionamentos. No início eles ficam envergonhados, mas depois vão se descontraindo e tirando todas as dúvidas.

Toda essa "brincadeira educativa" é para tentar adaptar uma linguagem técnica, aprendida na Faculdade, para uma linguagem jovem. A professora de portugês da Escola, Elisangêla Badaró, elogiou o trabalho: " A linguagem e postura foram perfeitas. Vôces conseguiram transferir a linguagem médica sem vulgarizar e sem perder a seriedade. Os alunos até ficaram quietos (risos)".

Para a diretora adjunta da Escola Estadual Hercília Henrique Moreti, Ana Cristina Pavão, muitos alunos não tem informação sobre sexualidade. O assunto ainda é um tabu: "A gente nota que há falta de informação vinda dos pais ou responsáveis e todo jovem precisa saber sobre sexo. Muitas meninas com 14, 15 anos já moram com namorados e tem uma vida sexual ativa", comenta a diretora, que ainda fala que por ano, só no turno da manhã, aparecem de quatro a cinco meninas grávidas, sem contar as doenças.

Essa atividade faz parte da grade curricular do curso de Medicina. Novas escolas já estão sendo agendadas para participar da oficina.