sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

FMP/Fase recebe curso de capacitação no combate à dengue

A Faculdade de Medicina de Petrópolis/Fase recebeu, nesta sexta-feira (09), o curso de Capacitação em Serviço: “Dengue em 15 minutos”, promovido pela Secretaria Estadual de Saúde. O objetivo é capacitar médicos e enfermeiros das unidades de saúde para um atendimento padronizado aos pacientes com suspeita de dengue.


Segundo Rodrigo Fabiano do Carmo Said, consultor técnico do Ministério da Saúde, a estimativa é de que 62 mil profissionais da área sejam capacitados em todo o Brasil, atuando como monitores, informando às equipes das unidades de saúde sobre o novo modelo de manejo clínico. Essas informações poderão ser repassadas a todos os profissionais da área, que serão instruídos em apenas 15 minutos. “Este ano está caracterizado por um grande número de casos de dengue no estado do Rio de Janeiro e há o risco de epidemia para 2012”, disse Rodrigo.

Dessa forma, o diagnóstico e o tratamento podem ser agilizados, seguindo a nova proposta do Ministério da Saúde, baseada no manejo clínico, que consiste em cinco passos essenciais: reconhecimento do caso suspeito; reconhecimento dos sinais de alarme da doença, para sua identificação precoce; realização da Prova do Laço, para identificar sangramentos na pele; orientação da classificação do paciente, que pode ser enquadrado em quatro tipos de grupo; e conduta mediante consulta ao protocolo.


Participaram do curso cerca de 50 representantes de 16 municípios que contemplam o Pólo Região Serrana.






Agentes Mirins da Dengue



A FMP/Fase iniciou, em março do ano passado, o curso de Agentes Mirins da Dengue, ministrado no Posto de Saúde da Família de Nova Cascatinha, no bairro Samambaia. O objetivo é disseminar ações de combate ao mosquito Aedes Aegypti, causador da dengue.


A iniciativa ocorreu devido à incidência da doença na comunidade, que foi a mais atingida em Petrópolis, registrando 120 casos. A primeira etapa já formou mais de 70 crianças.


A inscrição no curso é gratuita. Outras informações podem ser obtidas pelo telefone (24) 2235 - 2224.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

FMP/Fase sedia Seminário de Educação Permanente em Saúde da Região Serrana

A Faculdade de Medicina de Petrópolis/Fase abrigou, nesta quarta-feira (07), o I Seminário de Integração Ensino-Serviço da Região Serrana, promovido pela Comissão Intergestores Regional-CIR/Serrana, instância deliberativa do SUS no estado do Rio de Janeiro. O evento teve como objetivo reunir representantes estaduais e municipais, de instituições de ensino, de controle social e trabalhadores da área da saúde para debaterem novas estratégias que viabilizem a Educação Permanente em Saúde, na região.

“Nossa escola tem sido uma incentivadora desse modelo nacional de saúde que é o SUS. A área da educação é tida como uma área complexa, que merece maior valorização, e a área da saúde é vital. Por causa desse imenso desafio, que é a educação em saúde, a faculdade acolheu este seminário”, disse Maria Isabel de Sá Earp de Resende Chaves, supervisora geral da FMP/Fase.

O encontro também avaliou o que tem sido realizado desde a reformulação do modelo de organização da educação em saúde, pelo MS, em 2007. “Conseguimos unificar a área da gestão da saúde com a da educação, o que é uma vitória. A Secretaria de Saúde do Estado acompanha e apoia iniciativas como esta. Tenho certeza de que daremos muitos passos para qualificar nossos profissionais”, disse Sylvio Jorge de Souza Jr., subsecretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Estado do Rio de Janeiro.

Aparecida Barbosa, secretária de Saúde de Petrópolis, chamou a atenção para a participação dos cidadãos na construção de políticas de saúde. “Nossa expectativa é sair daqui com uma definição clara de qual é nosso papel na região. O primeiro passo é quando encontramos o caminho da educação permanente, através da qualidade e participação da população, além da busca de recursos”, afirmou.

Ao todo, 16 municípios integram o Pólo Região Serrana. São eles: Bom Jardim, Cachoeiras de Macacu, Cantagalo, Carmo, Cordeiro, Duas Barras, Guapimirim, Nova Friburgo, Macuco, Petrópolis, Sumidouro, Teresópolis, Trajano de Moraes, Santa Maria Madalena, São José do Vale do Rio Preto e São Sebastião do Alto.

A FMP/Fase desenvolve os seguinte projetos através do Programa de Educação Permanente em Saúde (PEP-Saúde), nos municípios que integram a região:

- Projeto Acolhimento em Saúde (1ª etapa em fase de conclusão; capacitação de 1.440 profissionais de saúde da Atenção Básica);
- Projeto Acolhimento em Saúde (2ª etapa com previsão de início em 2012; capacitará 2.250 profissionais de saúde da Atenção Básica);
- Projeto Vigilância em Saúde (aprovado em 2011, com previsão de início em 2012; parceria com a UFF Nova Friburgo);
- Projeto Avaliação e Classificação de Risco nas Urgências (aprovado em 2011, com previsão de início em 2012; parceria com a UFF Nova Friburgo).


Paulo Cesar Guimarães, diretor da Faculdade de Medicina de Petrópolis; Maria Isabel de Sá Earp de Resende Chaves, supervisora geral da FMP/Fase; Aparecida Barbosa, secretária de Saúde de Petrópolis; Sylvio Jorge de Souza Jr., subsecretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Estado do Rio de Janeiro; e Andréa Mello, representante estadual do Comitê de Integração Ensino-Saúde (CIES).

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Nota de falecimento: Dr. Hilton Massa

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FMP/Fase promove pesquisa sobre funcionamento do PSF

A Faculdade de Medicina de Petrópolis/Faculdade Arthur Sá Earp Neto (FMP/Fase) desenvolveu uma pesquisa qualitativa, em parceria com o Ministério da Saúde, através do PET Saúde II – Programa de Educação pelo Trabalho –, que visa analisar as questões de acesso dos usuários às unidades do Programa Saúde da Família (PSF).


O estudo foi liderado pelo coordenador do Núcleo de Atenção Básica da FMP, professor Paulo Sá, com o auxílio de seis médicos, enfermeiros e dentistas, e cerca de 30 alunos dos cursos de Medicina, Enfermagem e Nutrição. “São inúmeras as dificuldades de acesso, como a realidade geográfica, econômica, religiosa, intelectual, e cultural. Quando a pessoa está muito doente é que resolve procurar o médico, querendo o atendimento de urgência”, explicou o coordenador.


A pesquisa, iniciada em 2010, tem previsão de término para abril do ano que vem e está dividida em três fases: levantamento, junto aos usuários, sobre o acesso à unidade; intervenção por meio de ações de conscientização, como orientações em salas de espera, distribuição de filipetas, visitas domiciliares dos agentes comunitários de saúde para sanar dúvidas, exibição de vídeo, peça de teatro, entre outras medidas; e questionário para identificar as mudanças de percepção do público com relação ao programa.


O questionário será aplicado em cinco unidades de PSF (Águas Lindas, Vila Felipe, Alto da Serra, Bairro Castrioto e São Sebastião) a, aproximadamente, 300 pessoas. “Essa pesquisa foi desenvolvida devido à dificuldade de compreensão do PSF pela comunidade, que não entende a proposta e para que ele serve. A maior parte não sabia como o posto funcionava, seus horários e formas de atendimento, e os serviços eram pouco conhecidos.”, afirmou Paulo Sá.


Para facilitar o entendimento sobre o PSF foi produzido um vídeo, pelo próprio coordenador da pesquisa, com atuação de alunos do curso de Medicina, que elaboraram o roteiro e os diálogos do curta-metragem intitulado “Conhecendo o Programa Saúde da Família”.


Com duração de 14 minutos, o filme é dividido em quatro esquetes, que reproduzem situações rotineiras vivenciadas nos postos, retirando dúvidas de forma objetiva e descontraída sobre doenças crônicas, saúde da mulher, sexualidade na adolescência e a importância do agendamento da consulta, para evitar longas filas de espera na urgência.


Ao final da pesquisa, com a análise dos questionários, será avaliado se o modelo de intervenção utilizado gerou alguma mudança, no que diz respeito à compreensão das comunidades atendidas sobre o funcionamento do Programa Saúde da Família. A partir desse diagnóstico, as equipes dos PSFs saberão se precisam providenciar novas medidas ou manter as ações que foram utilizadas durante o estudo.


Programa Saúde da Família
O projeto de Saúde da Família foi criado em 1994 e é entendido como uma estratégia de reorientação do modelo assistencial, que funciona mediante a implantação de equipes multiprofissionais em unidades básicas de saúde. Essas equipes são responsáveis pelo acompanhamento de um número definido de famílias, localizadas em uma área geográfica delimitada, atuando com ações de promoção da saúde, prevenção, recuperação, reabilitação de doenças e agravos mais frequentes, e na manutenção da saúde da respectiva comunidade.


As equipes são compostas, no mínimo, por um médico de família, um enfermeiro, um auxiliar de enfermagem e seis agentes comunitários de saúde. Quando ampliada, conta ainda com um dentista, um auxiliar de consultório dentário e um técnico em higiene dental. Cada equipe se responsabiliza pelo acompanhamento de, no máximo, 4 mil habitantes, sendo a média recomendada de 3 mil habitantes de uma determinada área, e estas passam a ter corresponsabilidade no cuidado à saúde. A atuação das equipes ocorre principalmente nas unidades básicas de saúde, nas residências e na mobilização da comunidade.