quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Simpósio cria grupo para atuar em situações de catástrofes socioambientais


O cenário de tristeza, perda e incertezas, que a tragédia ocorrida no Vale do Cuiabá, em janeiro de 2011, trouxe à cidade de Petrópolis e a toda Região Serrana do estado do Rio de Janeiro, não será esquecido pelos petropolitanos que, mesmo não morando no bairro, vivenciaram toda a luta enfrentada pelos moradores da localidade, que perderam familiares, bens materiais e toda a estrutura montada ao longo dos anos.

O tema “desastres naturais” faz parte da rotina dos agentes comunitários, da Defesa Civil, do Corpo de Bombeiros e dos profissionais da área da saúde. Por isso, o Simpósio sobre Catástrofes, que está sendo realizado na FMP/Fase, nos dias 09 e 10 de setembro, aborda a atuação da equipe de saúde em desastres socioambientais para a formação de um grupo profissional que possa atuar em casos específicos, em locais de tragédias.

“Esse evento é um desejo da instituição desde 2011, quando nós atuamos com um grupo de voluntários colaborando com a Secretaria Municipal de Saúde no atendimento às vítimas do desastre socioambiental ocorrido na época. E, desde esse tempo, a faculdade vem querendo organizar um grupo e prepará-lo para atuar juntamente com a Defesa Civil. O aluno está sendo chamado para refletir sobre esses desastres que acontecem na cidade e assim prepará-los para situações extremas pertinentes em desastres socioambientais”, explica Ricardo Tammela, coordenador de Projetos e Extensão da FMP/Fase.

Ao longo do evento, os participantes recebem orientações sobre as principais causas de desastres naturais, assim como as dificuldades e os procedimentos pertinentes aos profissionais atuantes nessas circunstâncias. Além disso, a programação conta com palestras sobre a atuação da Defesa Civil em tragédias naturais, a importância da preparação da comunidade e seus direitos, e relatos dos sobreviventes da tragédia de 2011 e dos alunos de Enfermagem da Fase, que atuaram na localidade.

“Em 2011 eu trabalhei como voluntária pela Cruz Vermelha e observei a necessidade de criar um grupo de pessoas para trabalhar e que fossem capacitadas para atuar nessa área. Então, desde que entrei na faculdade, vi que os alunos precisavam de orientação e de um trabalho multidisciplinar nos abrigos”, frisa Juliana Loos, acadêmica de enfermagem do 8º período, idealizadora do grupo de atuação.