quinta-feira, 12 de março de 2015

Calouros de Medicina iniciam ano letivo com alerta sobre a proibição de trotes vexatórios

Os calouros da Faculdade de Medicina de Petrópolis (FMP/Fase) deram início ao ano letivo nesta segunda- feira. Durante a cerimônia de recepção aos estudantes vindos de diferentes estados, dentre eles, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Goiás, Bahia, Paraná e Pará, a direção da faculdade ressaltou ser contra a prática de trotes vexatórios.  

“Coerente com sua missão de promoção da pessoa, a FMP/Fase não apoia qualquer tipo de ação que possa inibir, humilhar ou expor os membros da instituição, sejam eles alunos, professores ou funcionários. Por isso, a FMP/Fase em hipótese alguma pode aceitar a prática do trote como forma de estabelecimento de relações saudáveis entre veteranos e ingressantes” ressaltou Paulo Cesar Guimarães, diretor da Faculdade de Medicina de Petrópolis.

Para garantir a segurança dos alunos, a FMP/Fase disponibilizou um canal direto de comunicação para envio de queixas sobre ações que os façam se sentir inibidos, humilhados ou expostos. Através da Resolução 001/2007, que proíbe a prática do trote e responsabiliza seus organizadores e participantes, a faculdade aprovou as normas regulamentares e disciplinares referentes às atividades de recepção dos novos estudantes.

“O aluno que praticar trote nas dependências da faculdade, seja no campus ou em suas unidades externas de saúde, poderá sofrer as sanções previstas no artigo 94 do Regimento Interno da FMP, como repreensão, suspensão e até desligamento do curso”, frisou a diretora geral da FMP/Fase, Maria Isabel de Sá Earp Chaves.

A polêmica do trote nas ruas é discutida entre os ingressantes, que apenas querem conhecer os veteranos e aproveitar para conversar sobre os desafios da nova jornada. Por isso, a sugestão dos calouros é que as atividades solidárias, já implantadas pela FMP/Fase, como a doação de sangue, plantio de hortas comunitárias, jardins nas comunidades, possam ser as formas mais adequadas de serem recebidos pelos colegas de curso.

“Escolhi a FMP por conta das boas referências que tem, além de ter recebido o apoio dos meus pais para morar em Petrópolis. Sou a favor de trotes solidários, pois além da integração com os veteranos, podemos ajudar as pessoas que realmente precisam e já estabelecer contato com os moradores dos locais em que iremos atuar ao longo do nosso curso. A partir do momento que se perde a noção e começa a humilhar as pessoas, o trote passa a não ser legal” ressaltou a nova universitária Beatriz Araújo Conrado.