terça-feira, 28 de junho de 2011

Palestra: ex-prefeito de Gramado mostra “O Brasil que dá certo”

O SICOMÉRCIO (Sindicato do Comércio Varejista de Petrópolis), em parceria com o Petrópolis Convention Visitors & Bureau e com a Fase (Faculdade Arthur Sá Earp Neto) trazem para Petrópolis a palestra “O Brasil que dá certo”, com Pedro Bertolucci, prefeito de Gramado (RS) por quatro vezes e ganhador do prêmio Prefeito Empreendedor, do Sebrae. O encontro será realizado na próxima quarta (29/06), no auditório da faculdade.

Na oportunidade, Bertolucci vai mostrar que os grandes espetáculos artísticos e culturais que ocorreram ao longo dos anos, foram uma das iniciativas responsáveis por tornar a cidade um dos principais destinos turísticos do país. A aposta do poder público neste segmento, quando ainda não havia sequer expectativas de desenvolvimento ou lucratividade, fez com que 90% da economia da cidade, hoje, gire em torno do turismo.

Pedro Bertolucci também vai explicar como tornar a gestão pública mais eficiente. Gramado é referência nacional em administração, utilizando os melhores conceitos da gestão de empresas privadas. A cidade recebeu o prêmio Top of Marketing, da Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil (ADVB) na categoria Serviços Públicos, sendo a primeira prefeitura do país a obter o certificado ISSO-9001.

A eficiência na gestão e o planejamento permitiram que a cidade gaúcha ganhasse atratividade, em vários setores. Hoje, Gramado é o terceiro destino turístico mais desejado do Brasil, e o mais seguro. Além disso, a cidade é a oitava do país que mais recebe eventos internacionais, é a sétima na preferência do empresariado gaúcho para se investir e está entre as 10 cidades com melhor atendimento de saúde pública do país.

A palestra terá duração de uma hora, e terá espaço para perguntas. Inscrições podem ser realizadas pelos telefones do PC&VB: (24) 2222-6852 ou do SICOMÉRCIO: (24) 2237-0806. O ingresso é 1 kg de alimento não-perecível.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

É tempo de festa "pessoar"


As festas juninas são uma tentação para quem precisa evitar alimentos calóricos, mas, segundo a professora de Nutrição da Faculdade Arthur Sá Earp Neto Brigitte Olichon, ninguém precisa se privar de comer canjica, curau, paçoca, doce de abóbora, bolo de milho, pamonha e outras delícias. Basta optar pelo preparo de receitas light.

“Além de gostosos, os pratos são feitos com alimentos ricos em nutrientes e importantes para a manutenção da saúde, como o amendoim, a abóbora, o milho e a batata doce. O problema está em como e quanto ingerimos. A tradição nos faz preparar pratos ricos em açúcar e gorduras, o que interfere na absorção adequada dos nutrientes e aumenta muito o valor calórico desses alimentos. Não devemos excluir esses alimentos de nossa rotina, nem evitar comê-los nas comemorações juninas, mas aprender a aproveitar o que cada um deles tem de melhor, garantindo sabor e saúde nas receitas”, ensina a professora Brigitte Olichon.

A seguir, nove receitas para quem quer participar dos festejos e não sair da linha e também informações sobre a tradição das festas juninas e a importância para saúde dos ingredientes principais das receitas.

Tradição dos festejos e pratos juninos - As festas juninas têm sua origem no solstício de verão da Europa, quando os dias começam a ficar mais longos e quentes, e as noites mais curtas. Neste momento, celebra-se a vida com festas, danças e casamentos. Esta antiga tradição veio parar no Brasil através dos colonos portugueses e franceses.

No entanto, esta época, no Brasil, equivale ao solstício de inverno, quando os dias ficam mais curtos, as noites mais longas e o frio vem chegando devagar. Também marca o fim do outono e, portanto, das colheitas, sobretudo dos alimentos que a Natureza, sabiamente, oferece como mais calóricos - para nos ajudar a enfrentar a escuridão e o frio do inverno.

Neste momento, as famílias e comunidades celebravam as colheitas e armazenavam os alimentos próprios para a difícil travessia do inverno. Talvez fosse a última vez que se vissem em meses, pois todos moravam mais afastados e o frio impedia grandes deslocamentos. A celebração era quase uma despedida... A tradição européia preservou as festas, as quadrilhas e casamentos.

Os alimentos desta época, utilizados ainda hoje nessas celebrações, são de fato mais calóricos: milho, batata-doce, amendoim, aipim, abóbora, e todas as suas variantes. A razão de serem calóricos é para nos ajudar a atravessar o frio do inverno, além de serem alimentos de fácil conservação. Mas eles também são ricos em diversos nutrientes que, naturalmente, nos fazem falta nessa época do ano de pouco sol e poucas frutas. Por exemplo:

- O milho tem muita fibra, é rico em vitamina B1, que ajuda na regularização do sistema nervoso e aparelho digestivo, e tonifica o músculo cardíaco. Também é rico em vitamina E, antioxidante que combate a degeneração muscular, atua no crescimento e protege o sistema reprodutor, aumentando a potência sexual. É ainda rico em Fósforo (necessário ao cérebro).

- A batata-doce é rica em betacaroteno (precursor da Vitamina A), vitamina C (ácido ascórbico) e vitaminas do complexo B. A batata-doce é também uma excelente fonte de potássio, fósforo, cálcio e ferro (cerca de 25% das necessidades diárias em ferro). São também de referir os elevados níveis de polifenóis, como as antocianinas e os ácidos fenólicos, que são poderosos antioxidantes. Excelente fonte de fibras.

- O amendoim tem proteínas ricas em aminoácidos essenciais, que não podem ser sintetizadas pelo organismo humano. Seu valor nutritivo não se altera durante a torrefação e suas gorduras também são ricas em ácidos graxos essenciais. O amendoim é uma fonte excelente de vitaminas do complexo B e uma das mais importantes é a B5, já que sua carência conduz à avitaminose denominada pelagra ou doença dos 3D (dermatite, diarréia e demência). Este fruto também inibe a absorção do colesterol, reduzindo os riscos de problemas no coração. Segundo algumas pesquisas, o consumo de amendoim, seja in natura, em doces ou em confeitos, também pode ajudar na prevenção e no tratamento de tumores. A responsável por isso é uma substância encontrada na sua composição química, chamada resveratrol, que possui propriedades antiinflamatórias e anticancerígenas.Também é rico em fibras, potássio, cálcio, magnésio, além de fitosteróis, Omega-6 e outros componentes.

- O aipim é boa fonte de energia, não tem proteínas nem gorduras e contém grande quantidade de vitaminas do complexo B, principalmente a vitamina B3 (niacina), além de boa quantidade de potássio, cálcio, ferro e fósforo.

- A abóbora possui grandes quantidades de vitaminas antioxidantes (vitamina C, E e betacaroteno - provitamina A). Possui também boas quantidades de vitaminas do complexo B (B1, B2 e B5), fibras e os minerais cálcio, fósforo, ferro e potássio. Devido ao seu grande conteúdo de betacaroteno (provitamina A), seu consumo ajuda a diminuir o risco de câncer, doenças do coração, derrame e cataratas. Suas sementes, para os índios Cherookee, podem curar cólicas, diminuir pedras nos rins e acalmar febres, desde que servidas em chás. O suco retirado das flores é digestivo; as sementes são vermífugas, mas com efeito lento, e quando trituradas fornecem um suco refrigerante, próprio para os períodos de febre e nas inflamações das vias urinárias, como cistite e hipertrofia prostática. Adstringente, laxante, diurética, alcalinizante. A decocção da polpa é indicada nos casos de diarréia e gases; o sumo da polpa para prisão de ventre. O cataplasma das folhas é indicado em casos de queimaduras, inflamações e dores de ouvido. É um excelente vermífugo, principalmente para crianças. É tônico para o cérebro, fígado, rins e intestinos.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Juíza fala sobre Lei Maria da Penha para estudantes

A juíza da 1ª Vara de Família de Petrópolis, Dra. Andréia Pacha conduziu uma palestra sobre a Lei Maria da Penha, na Faculdade Arthur Sá Earp Neto. O evento, que reuniu cerca de 200 pessoas entre alunos, professores e funcionários da instituição teve por objetivo conscientizar sobre a violência nos seus diferentes aspectos, sobretudo contra a mulher.
A abordagem de temas relacionadas à violência em seus diferentes aspectos já é recorrente nos eventos realizados pela FASE, como a Semana Científica. Encontro que acontece anualmente e reúne representantes de instituições de ensino de diversos municípios do Estado. “Sempre abrimos espaço para tratar da violência em todas as suas formas. Este é um tema que está ligado diretamente à saúde pública”, comentou a coodenadora do curso de Medicina, Cláudia Vasconcellos,
Desta vez, o objetivo é tratar diretamente da violência contra a mulher, dando instrumentos para que os alunos saibam especificamente sobre os aspectos da Lei Maria da Penha, que trata das punições e amparo relacionadas a este tipo de violência. “Tivemos a idéia de montar este evento para divulgar esta lei que tem um apelo social tão importante, ligado diretamente à saúde da mulher. “Este é um assunto que está ligado à saúde da mulher e que impacta na economia. “Nosso objeto é que nossos alunos, que trabalham com saúde, estejam instrumentalizados ao se depararem com situações desse tipo, para que eles saibam como agir e como encaminhar”, concluiu a coordenadora.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Dengue: Especialista alerta para a necessidade de prevenção

O aumento no número de casos da dengue notificados na cidade acendeu um sinal de alerta entre os especialistas e nas autoridades estaduais de Saúde. A preocupação é de que ocorra no próximo verão um surto da Dengue Tipo 4. Segundo o diretor da Fase e membro do departamento de infectologia da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), Paulo César Guimarães, o comitê de infectologia da SBP do Estado do Rio de Janeiro e o Serviço de Epidemiologia do Estado preveem uma epidemia da doença caso a prevenção não seja intensificada.
“A população precisa estar junto neste combate, que deve ser intensificado neste período mais frio, quando ocorre uma diminuição no número de insetos. Eliminar os focos do mosquito transmissor da dengue é a única maneira de evitar um aumento ainda maior dos casos e até uma epidemia no próximo ano”, alertou o infectologista. De acordo com dados do Ministério da Saúde, foram registrados casos do tipo 4 da dengue em Niterói e alguns estados do Nordeste e do Norte. Há 28 anos esse subtipo da doença não era observado no país.
Segundo Paulo César Guimarães, o perigo da dengue tipo 4 é a falta de imunidade da população, uma vez que poucas pessoas contraíram o vírus. “A ausência de imunidade ao tipo 4, associada à ocorrência de epidemias anteriores por outros sorotipos virais, aumenta a possibilidade de ocorrência de casos graves de dengue, porque quando o paciente pega a doença mais de uma vez aumentam as chances de desenvolver formas graves da doença”, explicou. De acordo com especialistas, os quatro sorotipos virais da dengue causam os mesmos sintomas: dor de cabeça, dores no corpo e nas articulações, febre, dor atrás dos olhos, diarreia e vômito, entre outros. O protocolo de tratamento também é o mesmo, independente do tipo de vírus.
Conforme dados da Secretaria de Saúde, 557 casos foram notificados até o momento, sendo 426 de petropolitanos e 131 de moradores de outros municípios. Do total das notificações, 394 foram confirmados portando o vírus, sendo 267 de pessoas residentes em Petrópolis e 127 de outras cidades. Desde número, 139 são de autóctones (pessoas que contraíam a doença dentro do município) e 128 contraíram o vírus em outros locais. Ainda de acordo com os dados da Secretaria de Saúde, 129 casos foram descartados e 34 aguardam o resultado.
Paulo César Guimarães afirma nunca ter tido conhecimento de tantos casos da doença em Petrópolis, o que para ele é um sinal de alerta para a população e para as autoridades, principalmente entre as pessoas que residem nos locais com maior incidência, como Cascatinha e Meio da Serra. “São números altos, que nunca foram registrados na cidade. É preciso alertar a população e conscientizá-los. Sem a ajuda e cooperação dos moradores no combate aos focos do mosquito não vamos obter sucesso”, frisou o infectologista.


LIRAa: Petrópolis está na faixa de médio risco


De acordo com o Levantamento do Índice Rápido de Infestação por Aedes Aegypti (LIRAa) realizado em março e divulgado no site da Secretaria de Saúde do Estado, Petrópolis está com índice de infestação predial de 1%, o que para o estado é considerado de médio risco. Entre todos os municípios da Região Serrana, apenas um – Carmo – está na faixa vermelha, com alto índice de infestação. Além de Petrópolis, outras duas cidades – Cordeiro e Macacu – também estão classificadas como médio risco.
Segundo dados da Vigilância Sanitária, divulgados em março, 56,6% da frequência percentual dos locais de reprodução do mosquito transmissor da dengue são provenientes de depósitos móveis como vasos e pratos, frascos com plantas e bebedouros de animais, entre outros. Em seguida, com 13,2% dos índices, vêm o lixo e outros resíduos sólidos jogados nas caçambas de lixo ou nas vias públicas da cidade. Os buracos nas árvores, as bromélias e outras plantas são incidentes criadouros, em 7,9% dos casos. Pneus e outros materiais relacionados, além das calhas, lages, ralos e sanitários em desuso apresentam 5,3% de probabilidade de infestação.


Ministério reconhece quatro classificações da doença


Hoje, o Ministério da Saúde estará promovendo a capacitação de médicos e enfermeiros vinculados às operadoras de planos de saúde ou aos hospitais da rede credenciada. O principal objetivo da ação é evitar o agravamento do quadro clínico do paciente que procura os serviços de diagnóstico e tratamento da rede particular e, consequentemente, prevenir óbitos pela doença. A capacitação terá duração de um dia.
Segundo o Ministério da Saúde, existem quatro classificações ou grupos de risco de dengue para os quais os profissionais devem estar atentos. Pacientes que chegam aos serviços de saúde com sinais ou sintomas clássicos da dengue, como febre, dores no corpo e na cabeça, além de prostração, mas sem sangramentos, são do grupo A. Neste caso, o paciente deve receber hidratação oral, repouso e uso de analgésicos e antitérmicos para tratar os sintomas. No grupo B são incluídos pacientes que apresentam algum sinal de sangramento. A pessoa deve ficar em observação, recebendo hidratação oral, que é feita com supervisão e acompanhada de uma avaliação médica.
Caso o paciente chegue ao serviço de saúde com sinais de alarme, como dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes e queda abrupta de plaquetas, ele se encaixa no grupo de risco C, que exige internação. Já o Grupo D incluiu pacientes que chegam com sinais de choque e devem ser encaminhados imediatamente para um leito de UTI. Alguns dos sinais apresentados neste estágio são a cianose (pontos roxos-azulados no corpo, que indicam falta de oxigênio no sangue) e pressão baixa.

JANAINA DO CARMO
Redação Tribuna