segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Campanha “Anel de Solidariedade” realiza a entrega de mais três cadeiras de rodas


Ação realizada por alunos do curso de Medicina da FMP/Fase superou a meta de cadeiras doadas para a rede pública de saúde

A emoção falou mais alto na última sexta-feira (07/12). Os alunos da Faculdade de Medicina de Petrópolis (FMP/Fase) realizaram a entrega das últimas cadeiras de rodas do ano, da campanha Anel de Solidariedade, no PSF Estrada da Saudade. Desta vez, elas doaram três cadeiras, o que totalizou cinco entregues em 2012, superando a meta inicial de quatro unidades. Com o sucesso da ação, a campanha continuará no próximo ano, contando, mais uma vez, com a colaboração dos petropolitanos, para beneficiar ainda mais pessoas.

Devido à dificuldade de locomoção dos pacientes, as cadeiras foram entregues a familiares e representantes de cada um deles.  As cadeiras foram doadas para Ivone Maria Borré (PSF Estrada da Saudade), Alzemiro da Silva Simões (PSF Machado Fagundes) e Rosemary da Silva Brito (Ambulatório Escola).

Esse é o terceiro evento organizado pela campanha que, em 2012, entregou a primeira e a segunda cadeira de rodas, respectivamente, para as pacientes Gisele da Costa (PSF Boa Vista) e Hilda de Oliveira (PSF Nova Cascatinha).

Para conseguir as cinco unidades, os alunos arrecadaram 400 kg de anéis de alumínio, divididos em 600 garrafas Pet. “Agradecemos a colaboração de profissionais, estudantes, estabelecimentos comerciais e, especialmente, aos catadores de latinha, que contribuíram para a realização desse momento. É muito gratificante ver que a nossa ação beneficiará os pacientes”, destaca Andressa Lins, uma das idealizadoras do projeto.

Uma das cadeiras foi entregue à Rosemary da Silva Brito, paciente atendida pelos alunos do curso de pós-graduação em Psicologia Clínica da Fase, por meio da “Clínica Social” voltada para pacientes carentes, no Ambulatório Escola.  Ela sofre de degeneração cerebelar, doença que afeta o sistema nervoso. Comovida com o seu estado de saúde e com sua força de vontade, a coordenadora do curso, Virginia Ferreira, fez questão de indicá-la para receber a doação. “Gostaria muito de agradecer e parabenizar todo o grupo pelo admirável e impecável trabalho desenvolvido. É de pessoas como vocês que o mundo tanto precisa, contem comigo para o que precisarem”, declara Virginia Ferreira.

A ação que tem mobilizado os petropolitanos é motivo de grande orgulho para Maria Isabel de Sá Earp, supervisora geral da FMP/Fase. “A campanha mostra que o profissional deve exercitar o seu lado humano para promover a transformação da sociedade. Isso mostra que, ao contrário do que dizem, a geração Y não é apenas imediatista e egoísta, mas capaz de lutar por grandes causas, como essas alunas que, em breve, serão médicas”, ressaltou.


A campanha

A aluna Andressa Lins apresentou a campanha para a faculdade, após ter vivenciado o sucesso da ação em uma das escolas do Rio de Janeiro.  A iniciativa recebeu o apoio da instituição e conquistou mais adeptos.  Atualmente, o grupo é formado por nove estudantes de Medicina.

A campanha acontece graças à parceria com a empresa FRATO Ferramentas, que transforma anéis de alumínio em cadeiras. Desta forma, cada 120 garrafas Pet cheias de anéis (aproximadamente 80 kg de alumínio) equivalem a uma cadeira de rodas.

Em 2013, a campanha para arrecadação de anéis de alumínio continua. Os interessados em contribuir com a causa podem entrar em contato através do e-mail anelsolidario@yahoo.com.br ou entregar o material no Centro Cultural da FMP/Fase (Av. Barão do Rio Branco, 1003 – Centro).

 Maria Teresa entregando a cadeira à paciente Rosemary Brito.

 Os representantes dos pacientes recebendo as cadeiras pela campanha.

 Alguns dos alunos que fazem parte da campanha Anel de Solidariedade.


FMP/Fase e Rubens Bomtempo discutem permanência da formatura de Medicina em Petrópolis


Dirigentes e alunos da Faculdade de Medicina de Petrópolis/Fase se reuniram com o prefeito eleito, Rubens Bomtempo, em novembro, no intuito de conversar a respeito de um local para a realização da colação e da festa de formatura do curso de Medicina. O assunto ganhou repercussão em fevereiro, quando o evento foi transferido para Juiz de Fora(MG) por falta de um espaço adequado, na cidade, que pudesse abrigá-lo.

Durante o encontro, os componentes da Comissão de Formatura, que concluem o curso em dezembro de 2013, alegaram que o Parque de Itaipava, onde já ocorreram festas de formatura da Medicina, não possui infraestrutura adequada para abrigar esse tipo de evento, que chega a atrair um público de cerca de três mil pessoas em uma única semana. 

“Gostaríamos muito de fazer a formatura aqui, mas o preço e a infraestrura de Juiz de Fora são mais atrativos, assim como os aluguéis das casas e a proximidade com Petrópolis. É bom saber que não estamos lutando sozinhos, mas o tempo urge contra a gente e o espaço pra realizar a formatura é o que precisa ser fechado primeiro”, concluiu João Victor Bersot, presidente da Comissão de Formatura.

Bomtempo adiantou que, provavelmente, esta formatura não aconteça em Petrópolis, devido ao prazo curto que a comissão dispõe para contratação de serviços - até fevereiro do ano que vem. “Quase todas as faculdades de Medicina estão localizadas em grandes cidades. As que estão em médias cidades, como a nossa, sofrem esse tipo de problema. O importante é tentar entender toda essa cadeia produtiva e colocar no papel o impacto que isso vai gerar na economia da cidade”, disse Rubens Bomtempo.

A movimentação financeira é proveniente da permanência de parentes de cerca de 80% dos 120 formandos, cuja maior parte é de outros estados. “Essas pessoas movimentam pousadas para as suas famílias, aluguel de apartamentos, casas e quartos, consomem refeições em pensões e restaurantes, abastecem seus carros, compram livros, roupas, materiais diversos, e servem-se da rede de serviços da cidade. Além de ser indutor de turismo, esse tipo de movimentação gera empregos diretos e indiretos que dinamizam a economia local e regional”, alegou Maria Isabel de Sá Earp, diretora da Fase.

No início do ano, a comissão de formatura da turma que se forma este mês e a instituição tentaram dialogar com o Sesc Quitandinha, para locação do palácio, tradicionalmente conhecido por abrigar grandes eventos e festividades. Contudo, a administração do Sesc não cedeu o espaço. Estima-se que Petrópolis tenha deixado de arrecadar mais de 4,5 milhões de reais com a saída da formatura de Medicina da cidade.