sexta-feira, 20 de março de 2015

FMP/Fase inaugura reformas em ambulatório do Hospital Alcides Carneiro


A Faculdade de Medicina de Petrópolis/Fase participou da inauguração, nesta sexta-feira (20), da reforma do Ambulatório Dr Wilson Martelli, do Hospital de Ensino Alcides Carneiro. As obras fazem parte de um convênio firmado com a Prefeitura de Petrópolis para novos investimentos na qualificação e modernização do hospital.

Segundo a diretora da FMP/Fase, Maria Isabel de Sá Earp, a parceria com o poder público permite concretizar vários aspectos da missão institucional da faculdade, garantindo a excelência no ensino e forte participação na assistência e vínculo com o sistema público de saúde.

“Essa parceria permitiu que os recursos aplicados na reforma do ambulatório do HAC revertessem em diversos tipos de investimentos: primeiro, na melhoria do ensino através da ampliação de espaços de treinamento de nossos alunos; segundo, na melhoria da qualidade da atenção à saúde da população usuária do SUS, que recebe uma unidade condigna para o atendimento e ampliada em termos de especialidades médicas oferecidas. E, terceiro, na solidificação dos vínculos com o sistema público de saúde, que permite não só a formação de profissionais cada vez mais capacitados para a área da saúde, como também a qualificação das unidades pela presença do saber cientifico e da atualização tecnológica”, comentou a diretora.

O ambulatório, que há muitos anos não passava por uma reforma, teve portas, janelas, instalações elétricas, piso e pintura recuperados. O espaço abriga consultórios de psicologia, otorrinolaringologia, odontologia, pediatria, ginecologia e obstetrícia, cirurgia, mastologia, genética e clínica médica, e salas de exames de eletrocardiograma, fonoaudiologia e audiometria, e de curativos, onde atuam profissionais e alunos dos cursos de graduação e residência da FMP/Fase.

“É uma demanda importante que nós estamos conseguindo atender junto com a FMP, que é uma parceira estratégica para que a gente possa fortalecer cada vez mais o SUS da nossa cidade, oferecendo mais conforto e qualidade para todas as pessoas que utilizam esse ambulatório. Tenho certeza que o hospital vai dar um salto de qualidade graças a essa parceria com a FMP/Fase”, afirmou o prefeito de Petrópolis, Rubens Bomtempo.

Ao todo, a FMP/Fase investiu cerca de R$ 200 mil nas obras de reforma, além do mobiliário. Dessa forma, o ambulatório que atendia a cerca de 5 mil pessoas por ano, em 2012, passou a atender mais de 20 mil pacientes em 2014. “Com isso, nós ganhamos em atendimento à população, feito por profissionais professores altamente qualificados, e ganha a FMP/Fase, que tem um hospital de excelência fazendo com que a gente possa ensinar melhor os nossos alunos”, disse Lécio Carneiro Jr., diretor técnico do HAC.


O Hospital de Ensino Alcides Carneiro conquistou, em 2011, a renovação da certificação de hospital de ensino pelo Governo Federal, através dos Ministérios da Saúde e da Educação. 




FMP/Fase vence Prêmio Guerra-Peixe com Arte & Cultura


O programa Arte & Cultura, da FASE TV, venceu o Prêmio Maestro Guerra-Peixe de Cultura 2015, em Petrópolis. A Faculdade Arthur Sá Earp Neto (FMP/Fase), que já tinha concorrido na categoria Comunicação, ano passado, pela abertura do canal educativo, ganhou a premiação, na cerimônia realizada na noite de quarta-feira(18), no Theatro Dom Pedro. O cartunista Ziraldo foi o grande homenageado da festa.

O programa Arte & Cultura tem como foco a diversidade da produção cultural brasileira, com um olhar especial para os artistas locais e regionais. Com duração de uma hora, o programa possui formato de documentário, narrado pelos próprios artistas.

O coordenador de Projetos e Extensão da FMP/Fase, Ricardo Tammela, diz que a programação do canal reforça o papel de Petrópolis como polo universitário no estado. “O acesso à cultura é parte fundamental na formação de profissionais qualificados. E, receber o prêmio, significa para nós um reconhecimento da cidade de Petrópolis ao investimento realizado esses anos”, ressalta.

Segundo a diretora da FMP/Fase, Maria Isabel de Sá Earp de Resende Chaves, o prêmio foi um reconhecimento da contribuição cultural da FASE TV na divulgação dos artistas da cidade. "Estamos ao lado da população, identificando talentos, iniciativas empreendedoras e anseios de Petrópolis", diz.

Feliz com o troféu, a diretora de conteúdo da FASE TV, Fátima Medeiros, divide a premiação com a equipe. Ela lembra que o canal está no ar há menos de dois anos e já teve duas indicações seguidas ao principal prêmio de cultura da cidade. "Receber esse prêmio é uma chancela que só valoriza nossa missão, que desempenhamos com bastante afinco nesses últimos dois anos: transmitir conhecimento. À cidade, nosso muito obrigado!", comenta Fátima Medeiros, diretora de conteúdo da FASE TV.

As atrações do Arte & Cultura e a programação completa da FASE TV podem ser vistas no canal 24 da rede Tech Cable. Os programas que já foram exibidos estão disponíveis no site www.fasetv.fmpfase.edu.br.


Equipe FASE TV durante entrega do Prêmio.

Maria Isabel de Sá Earp, diretora da FMP/Fase,
Fátima Medeiros, coordenadora de conteúdo da FASE TV, e
Ricardo Tammela, coordenador de Projetos e Extensão da FMP/Fase.

FMP/Fase sedia 1º Congresso da Academia de Medicina do Estado

De 26 a 28 de março, a Faculdade de Medicina de Petrópolis (FMP/Fase) sediará o 1º Congresso da Academia de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Acamerj). O encontro é uma oportunidade para profissionais de saúde reciclarem os conhecimentos nas áreas de cardiologia, imunização, infectologia, nefrologia e pediatria, segundo o presidente da Acamerj, Alcir Chácar.

"Os temas interessam aos médicos e aos estudantes que estão se formando. Escolhemos Petrópolis pela Faculdade de Medicina e para lembrar o centenário do médico e cientista Peter Brian Medawar, que nasceu na cidade e recebeu o Prêmio Nobel de Medicina em 1960, quando vivia em Londres. Será também o primeiro congresso realizado por uma regional da Academia, que tem 40 anos. Aliás, nossa primeira regional foi fundada em Petrópolis", conta Chácar.

Presidido por Samuel Kierszenbaum, presidente regional da Acamerj e professor da FMP/Fase, o encontro terá debates sobre temas como “Síndrome Metabólica”, “Obesidade na Infância”, “Lipotoxicidade nas Doenças Renais”, “Identificação e tratamento ultraprecoce da infecção aguda pelo HIV”, “Imunização” e “Antibioticoterapia na Saúde Pública”.
O congresso também discutirá a “Cardiologia na Saúde Pública”, “Diabetes”, “Pneumopatias na Infância”, “Emergências Pediátricas”, “Transplante Renal”, “Doença Renal Crônica para o Clínico”, “AIDS e DST”, e “Infecção de Pele e Ossos”.  

“A programação é extensa, com debates de interesse para os atuais e futuros profissionais de saúde. Serão abordadas várias especialidades, extremamente importantes para acadêmicos de Medicina, Enfermagem e de Nutrição também. Ficamos honrados por terem escolhido o nosso campus para abrigar o congresso”, destaca o diretor da FMP/Fase, Paulo César Guimarães.

O 1º Congresso da Academia de Medicina acontecerá na quinta-feira e na sexta-feira, das 8h às 18h, e no sábado, das 8h às 13h, com certificação. As inscrições podem ser feitas através do site fmpfase.edu.br. As taxas saem a R$ 40 (alunos FMP/Fase), R$ 45 (alunos de outras instituições), R$ 70 (outros profissionais), R$ 80 (funcionários da FMP/Fase) e R$ 100 (médicos e acadêmicos Acamerj). ​

Caravana Fase nas praças

Todo mês, uma atividade diferente será realizada nas praças de Petrópolis,com alunos dos cursos da FMP/Fase. A primeira Caravana Fase nas Praças será realizada no dia 21 de março, das 14h às 18h, na Praça de Cascatinha. O projeto visa orientar a população sobre diferentes temas relacionados à saúde. Neste sábado, o tema central será o calendário de vacinação. Os alunos vão esclarecer dúvidas, darão orientações sobre vacinas para idosos, crianças, adolescentes, adultos e gestantes.

Cultura, violência ou diversão?

Paulo Klingelhoefer de Sá,
médico e coordenador do curso de Medicina
da Faculdade de Medicina de Petrópolis/Fase
A polêmica sobre a existência ou não do trote, de sua permissão até determinado limite, o dito vexatório, pela lei, está associada a um processo histórico de rituais de passagem que a humanidade utiliza desde que se entende por gente.

Estamos sempre a refletir o quanto de agressão podemos tolerar ou não. Quem controla e fiscaliza o quão vexatório os trotes são ou não? Só prestamos atenção quando a violência explícita se torna presente e indiscutível? As lesões de cunho moral, de exclusão social e de bullying são registradas em que delegacia? Quando e como? Por quem? Com certeza por uma minoria, uma vez que o medo impera sob a batuta da exclusão social imposta ao calouro, pelo veterano.

Não, na verdade não temos coragem de enfrentar o apoio que a sociedade dá à realização desses eventos estúpidos, agressivos, que em nada representam a nobreza da raça humana. Sim, porque quem promove e ameaça são os mesmos que foram ameaçados no ano anterior e que prometem que no ano deles será diferente, mas o que vemos é que a cada ano piora a situação em um ciclo de vingança sem fim.

Poderia comparar com o cigarro. Por muitos e muitos anos era sabido e comprovado que o cigarro faz mal à saúde, porém a legislação foi lentamente caminhando na direção da coerção do ato de fumar. Anos e mais anos se passaram, milhares de pessoas morreram por força do mal causado pelo cigarro e só agora o cerco é apertado em todo território nacional. Qual era o principal problema? A questão econômica de grandes grupos pressionando e, principalmente, a cultura sustentada pela sociedade de que fumar era um estilo, um valor, um diferencial positivo na imagem do sujeito.

O calouro que ingressou na faculdade gosta de mostrar o cabelo raspado, de circular todo sujo mostrando para toda a sociedade que ele conseguiu passar num dos mais estreitos funis de ingresso no nível superior de ensino, o Curso de Medicina, por exemplo. A sua sujeira é como um cigarro pendurado na boca do cowboy, dá um ar de superioridade, de valor maior, de bravura e sucesso, de diferenciação diante de uma massa. Esse valor, culturalmente desenvolvido, agora é complementado por uma mentalidade que patrocina episódios de violência, fomentados intensamente pelas redes sociais. O que era um ritual de passagem de boas-vindas, reconhecimento e diversão, deu lugar à estupidez.

O que podemos esperar de uma sociedade que patrocina, assiste e apoia o combate sangrento, agressivo e estúpido, entre pessoas, como nas lutas que vimos na televisão, intituladas de esporte, UFC e outras siglas. Filmes, videogames, aplicativos de celular que estimulam o ato violento e sem sentido em suas telas. Observamos a naturalização da violência e o estabelecimento de níveis toleráveis até determinado ponto e sob condições.

Alunos morrem, meninas são estupradas, pessoas são profundamente constrangidas em sua moral e valores ainda em formação, como nos adultos jovens, mas nos mantemos lentos como na questão do cigarro e outras tantas. O nazismo e fascismo também cresceram naturalizando ideais aberrantes. O movimento radical no Oriente Médio também sinaliza claramente esse processo e com adesão de jovens do mundo inteiro, como nas recentes notícias vinculadas pela mídia.

A Faculdade de Medicina de Petrópolis (FMP), não diferente de todos os demais cursos de nível superior, também enfrenta esse problema. Os estudantes de Medicina, que deveriam ser os grandes defensores do desenvolvimento e da formação no cuidado à saúde da sociedade, estabelecem como conceito base para o ingresso nessa nobre profissão, a submissão, o constrangimento, a violência física e moral, a exclusão e discriminação social. Assim como a USP e outras renomadas universidades ficamos atônitos com a ostensiva desobediência dos estudantes às normas instituídas de proibição a esse tipo de prática. Convocamos à sociedade organizada, Centros de Defesa dos Direitos Humanos, OAB, Conselhos Regionais e Federal de Medicina, Magistraturas, Veículos de Mídia, Partidos Políticos e demais organizações sociais que pautem esse tema em suas reflexões e decisões a ponto de estabelecer um basta nesse processo absurdo e perigoso que se instaurou na nossa sociedade. A impunidade desses jovens chegou ao limite.

A FMP, em seu regulamento, deixa clara e explícita a proibição do trote em seu campus e estabelece as medidas disciplinares cabíveis até o ponto do jubilamento, quando necessário. Mas mesmo assim, nas vias públicas os alunos desafiam a todos, inclusive à ordem pública, com práticas imorais, com agressões verbais e físicas, obrigando a população a ter que testemunhar essa barbaridade. O descaso e o não cumprimento da lei estabelecem a impunidade e promovem uma nova cultura. Manda quem tem dinheiro: “compro as autoridades, corrompo e suborno quem aparecer no meu caminho, porque muito pouco se faz a respeito”.

Quando teremos um posicionamento contundente das autoridades públicas a respeito, como na Lei Seca no trânsito? Quando estabeleceremos um pacto em nome da preservação da vida coibindo integralmente essas práticas?


Enquanto isso, jovens vão morrendo....... 

Autor: Paulo Klingelhoefer de Sá, médico e coordenador do curso de Medicina da Faculdade de Medicina de Petrópolis/Fase