quarta-feira, 29 de maio de 2019

Vacinação: o melhor caminho para se proteger

A informação de que a Coordenadoria de Vigilância Epidemiológica, da Secretaria de Saúde de Petrópolis, este ano, detectou redução no número de crianças imunizadas com a vacina tríplice viral (que previne sarampo, caxumba e rubéola) é preocupante e levanta a necessidade de uma campanha de conscientização em relação ao tema. 

É necessário salientar que a importância de crianças e adultos receberem as doses da tríplice viral é imensa. Basta conferir o histórico de casos no país para identificar que a caxumba, o sarampo e a rubéola são patologias que já foram extremamente frequentes. 

Quando comecei a clinicar, atendendo os pacientes no DIP (Departamento de Doenças Infecto Parasitárias), estávamos vivenciando uma fase muito agressiva dessas patologias. Inúmeras crianças chegavam para serem atendidas já em um estágio altamente comprometido. 

Somente em relação ao sarampo, que é uma patologia grave, que pode levar a óbito, é preciso afirmar que não é uma doença de pele como muitas pessoas acreditam. É uma doença sistêmica que pode levar a uma encefalite (infecção e inflamação no encéfalo), a um processo pneumônico grave provocado pelo vírus do sarampo e também provocar problemas sistêmicos extremamente preocupantes. 

Dentre os sintomas das doenças citadas, a caxumba também provoca a encefalite e a orquite, que é uma inflamação nos testículos. Há uma agressão primária a nível de parótida (glândula salivar), mas o problema maior, inegavelmente, é essa agressão testicular que pode causar a esterilidade e acontece em dois por cento dos casos. Já a rubéola pós-natal, ou seja, não congênita (após o nascimento), provoca gânglios (ínguas) que podem estar disseminados ou não. Também causa a cardite, que é uma infecção e inflamação no coração, além de encefalite e, em alguns casos, a artrite. 

O grande problema da rubéola é a congênita. Claro que nós estamos falando da vacinação em crianças, mas não posso perder a oportunidade de dizer que os adultos que não foram vacinados precisam receber a vacina, pois as mulheres adultas que não receberam a vacinação podem gerar problemas sérios nos fetos, doenças congênitas como microcefalia, catarata, retardo mental e meningite. 

A orientação que passo para os pais e para todos os meus alunos é que estimulem e levem as crianças nas campanhas de vacinação, mesmo que a criança esteja totalmente vacinada, pois pode ser que ela precise de um reforço. Às vezes, a pessoa pensa que a criança está vacinada contra tudo, mas levando na campanha, os profissionais vão rever o calendário de vacinação para certificar de que está tudo realmente completo. É muito importante que exista uma participação objetiva dos pais nas campanhas de vacinação. 

Deixo claro que não tenho clínica de vacinação. Como médico pediatra e infectologista que sou, preciso alertar a população sobre a importância da vacinação ser feita em sua totalidade, para evitar patologias extremamente graves como as citadas e outras mais, para que não prejudiquem a vida, o bem-estar e a segurança das crianças e também dos adultos. Devemos aproveitar, porque são vacinas dadas gratuitamente e que devem ser utilizadas na prevenção de patologias extremamente graves. 

Sem dúvidas, a vacinação é o melhor caminho para evitar essas patologias citadas. As vacinas foram lançadas após muitas pesquisas e estão evitando muitos casos de óbitos não apenas no Brasil, mas em vários países do mundo. As contraindicações são mínimas.


Paulo Cesar Guimarães 
Pediatra e Infectologista, diretor da Faculdade de Medicina de Petrópolis.

Mitos sobre o clareamento dental


Atualmente, um dos procedimentos mais procurados por pacientes em consultórios odontológicos é o clareamento dental, porém a dúvida mais recorrente é sobre a sensibilidade gerada por ele. O clareamento dental é uma alteração química, produzida pela aplicação de peróxido de carbamida ou hidrogênio, da cor do dente, e pode causar sensibilidade dental, caso o cirurgião-dentista não se atentar para alguns fatores, como: sensibilidade dental prévia do paciente, o motivo da pigmentação dos dentes, presença de trincas no esmalte dental, cáries, recessão gengival e de restaurações, a concentração do gel utilizado e qual técnica será adotada.

Pacientes e dentistas podem entender esse procedimento como simples e corriqueiro, porém muitos cuidados devem ser adotados, pois produtos clareadores muitas vezes são comercializados livremente e podem gerar danos à saúde bucal, como: os cremes dentais clareadores, onde muitos apresentam-se demasiadamente abrasivos, gerando desgastes nos tecidos dentais e dor, e géis clareadores de autoaplicação, que podem provocar queimaduras gengivais e favorecer a deglutição do conteúdo, além da sensibilidade.

Outro fator a ser observado são os mitos que envolvem o clareamento, os mais comuns são: “quanto mais concentrado o gel, melhor o resultado obtido”, o que não ocorre e tem maior probabilidade de gerar dor; outro muito recorrente é “o uso de luz melhora e agiliza o resultado”, a aplicação de energia luminosa de qualquer cor ou origem, durante o clareamento clínico, não melhora o resultado estético, nem a velocidade de clareamento, e o torna mais suscetível à sensibilidade dental.

O clareamento dental só é contraindicado para pacientes gestantes, lactantes, menores de 16 anos, que apresentam ou apresentaram doenças oncológicas, ou que tenha sido diagnosticada alguma lesão pré-maligna na cavidade bucal, pois alguns estudos apontam que o clareador pode transformar essas lesões em malignas.

O clareamento pode ser feito pela técnica caseira supervisionada, com aplicação diária de géis clareadores de baixa concentração em casa, porém acompanhado semanalmente pelo cirurgião-dentista; pela técnica “in office”, realizada em consultórios, com aplicações semanais de géis altamente concentrados, ou mesmo a associação das duas. Todas são seguras e apresentam bons resultados, porém a aplicação de agentes clareadores de baixa concentração gera menos efeitos colaterais e melhores resultados, contudo demora um pouco mais para demonstrar esses resultados.


Rudá Moreira
Professor do curso de Odontologia da FMP/Fase.

Cárie: um problema de saúde bucal que precisa ser levado a sério

Comum entre os brasileiros, mas distante de ser trivial, a cárie dentária é um dos problemas de saúde bucal mais comuns. Para se ter uma ideia, atinge mais de 2,5 bilhões de pessoas no mundo, com uma estimativa de 200 milhões de novos casos por ano. Os números alarmantes ressaltam a importância de conscientizar a população, que deve agir preventivamente para evitar que manchas e pontinhos apareçam e levem à quebra ou à perda do dente.

“Basicamente, os hábitos que adquirimos ao longo dos nossos primeiros anos e na adolescência determinam se teremos a cárie como um problema na nossa vida. Consumo de açúcares, principalmente a sacarose, associado à higienização bucal deficiente são as causas básicas para o aparecimento da cárie”, explica o coordenador do curso de Especialização em Dentística da FMP/Fase, Antônio Fernando Monnerat, doutor em Odontologia e mestre em Dentística. 

O especialista ressalta que a cárie compromete a saúde, pois dificulta a adequada alimentação e pode inibir o convívio social quando as lesões atingem a estética dos dentes. Além disso, lesões de cárie avançadas podem atingir a polpa (canal) causando dor e até abcessos com consequência para a saúde sistêmica. O processo de surgimento da doença bucal se dá quando restos de alimentos são mantidos na boca, assim, o PH salivar fica ácido, o que favorece o acúmulo de streptococcus mutans (um dos principais micro-organismos que geram cárie). Esse germe produz ainda mais ácido que, com o tempo, pode resultar na perda da superfície dentária e na formação da cavidade.

Caso a cárie esteja na fase inicial, o odontologista consegue reverter o processo de desmineralização do elemento dental com aplicações de flúor, que devem ser complementadas pela correta higienização por parte do paciente. Na etapa intermediária, é necessária uma restauração do dente. Ainda há casos em que a doença está em um processo tão avançado, que é preciso fazer o tratamento de canal e a realização de blocos ou coroas. 

“Evidentemente que a educação para a saúde, fornecendo informações sobre a cárie no processo de conscientização dos pais, professores e do próprio paciente, é a melhor fórmula da prevenção. O mais importante é o dentista agir como educador, transmitindo conhecimento sobre o processo da cárie. Para o dano causado pela cárie, a destruição dos dentes, as soluções são uma variedade de restaurações funcionais, estéticas ou não, permitindo que o paciente volte a mastigar e a sorrir adequadamente”, destaca o dentista.

FMP/Fase oferece nova Especialização em Dentística

Com o objetivo de capacitar o dentista clínico para diagnóstico e controle da cárie e reabilitação das sequelas da doença, através de técnicas e materiais relacionados com a odontologia restauradora estética ou funcional, a Faculdade Arthur Sá Earp Neto (FMP/Fase) está com inscrições abertas para o novo curso de Especialização em Dentística.

Dentre os diferenciais do curso de pós-graduação, vale ressaltar a facilidade para que profissionais de outras cidades possam participar das aulas, pois são mensais, às quintas, sextas e sábados. Os profissionais serão capacitados a trabalhar com scanner e fresadora digitais; material restaurador à base de resina bisacrílica; cimentos autoadesivos e autocondicionantes; adesivos autocondicionantes com ação de silano; e resinas químicas específicas para núcleos de preenchimento. As aulas serão teórico-laboratoriais e clínicas, realizadas no mais novo Centro Odontológico de Petrópolis, localizado em Cascatinha, no Ambulatório Escola da FMP/Fase.    

“O curso que oferecemos capacita o profissional a restaurar dentes com problemas funcionais e estéticos devido à cárie e outras causas. A programação inclui um módulo de periodontia estética e outro de implantodontia, especialidades muito próximas à Dentística, inclusive com uma professora na clínica exclusiva para estas especialidades. O cliente que procura o clínico busca soluções para seus problemas funcionais e estéticos que, muitas vezes, somente a graduação não é capaz de ajudar o dentista a solucionar”, explica o coordenador do curso de Especialização em Dentística da FMP/Fase, Antônio Fernando Monnerat, doutor em Odontologia e Mestre em Dentística.

Os cirurgiões-dentistas interessados em desenvolver habilidades relacionadas com a Odontologia Restauradora e Estética devem estar atentos, pois as aulas terão início em outubro deste ano. Outras informações e as inscrições estão disponíveis no site: www.fmpfase.edu.br

Inteligência Emocional

Afinal, o que é inteligência? Uma habilidade específica? Uma capacidade? Um adjetivo? Uma habilidade fluida ou cristalizada? Existem, aproximadamente, 70 definições do que é inteligência na ciência psicológica, mas atualmente ela é entendida como uma capacidade global do indivíduo para agir com finalidade de pensar racionalmente e lidar efetivamente com seu meio ambiente. Esta capacidade está significativamente relacionada a uma grande variedade de atributos sociais, econômicos, educacionais, políticos, tecnológicos e da saúde, ou seja, a inteligência está positivamente relacionada com um vasto e variável conjunto de relevantes indicadores para nossa qualidade de vida.

Durante muito tempo ela foi entendida como uma capacidade única, mas há décadas os estudos já apontam a sua multiplicidade, e é nesse contexto que comumente escutamos a expressão Inteligência Emocional (IE), conceito que se originou das contribuições de Howard Gardner, autor da Teoria das Inteligências Múltiplas (TIM). Nesse sentido, a IE é definida como “a capacidade de o indivíduo monitorar os sentimentos e as emoções dos outros e os seus, de discriminá-los e de utilizar essa informação para guiar o próprio pensamento e as ações”. Atuando basicamente com quatro habilidades: percepção, uso, entendimento e administração das emoções.

De maneira geral, a inteligência emocional ajuda os sujeitos a usarem a informação proveniente das emoções, no sentido de desenvolver e aprimorar os processos cognitivos que possam auxiliar no contexto profissional, pessoal, escolar e relacional como um todo, sendo um importante recurso para as exigências da adaptação inerente à vida humana. Desta forma, duas especialidades podem contribuir para o ajustamento e/ou desenvolvimento da IE. O psicopedagogo, com jogos lúdicos, brincadeiras, diálogos, criando oportunidades construtivas para crianças e adolescentes, e o psicólogo, com o desenvolvimento da Autorregulação Emocional.  Tal conceito refere-se a um processo dinâmico ligado a esforços conscientes no controle dos comportamentos, sentimentos e emoções.

Embora seja estudada há décadas, as pesquisas sobre inteligência emocional ainda não dispõem de uma estabilidade dentro da Psicologia, promovendo muitas críticas à sua existência. As principais questões dizem respeito à definição do seu próprio constructo, se pode ser considerada uma inteligência ou se ela pode estar imbricada nos traços de personalidade.


Diogo Fagundes Pereira
Professor do curso de Psicologia da Faculdade Arthur Sá Earp Neto (FMP/Fase)

terça-feira, 21 de maio de 2019

O Grande Acidente


Nesta terça-feira(21), alunos de Enfermagem e Medicina, integrantes da Liga Acadêmica de Trauma e Emergência da FMP/Fase, promoveram mais uma edição do Grande Acidente, atividade de conscientização realizada todos os anos, durante o Maio Amarelo, em parceria com a Cruz Vermelha Brasileira. A atividade chama a atenção para a prevenção de acidentes de trânsito e também para os principais procedimentos na hora de prestar socorro às vítimas. 





 
 




Campanha do Maio Amarelo 2019 tem foco nas crianças*


A edição 2019 do Maio Amarelo terá foco nas crianças. Com o mote “No Trânsito, o sentido é a vida”, a assinatura #MeOuça nas peças da campanha tem o viés voltado à reflexão dos adultos frente aos conselhos dados pelas crianças. Em Petrópolis, as ações deste ano também terão as crianças como foco: palestras educativas, cursos voltados a adultos multiplicadores e atividades de conscientização darão o tom da campanha voltada à prevenção para o trânsito.

Dados do anuário estatístico de acidentes de trânsito relacionados a 2017 – o mais recente usado para balizar as ações da CPTrans (Companhia Petropolitana de Trânsito e Transportes) – dão conta de que 35 pessoas morreram em vias urbanas do município, sendo 17 no local do acidente e 18 pós. O documento mostra que a maioria dos óbitos são de homens com idade entre 21 e 30 anos. Um dado alarmante é que 37% das vítimas fatais foram em decorrência de acidentes com motocicletas – se comparamos com a frota desse tipo de veículo (17% do total), pode-se afirmar que este é o tipo de veículo mais perigoso do município. Além das vítimas registradas em vias urbanas, há, ainda, outras sete mortes, considerando os acidentes em rodovias estadual e federal dentro de Petrópolis.
 
*Fonte: ASCOM PMP

Inclusão Digital


A Comissão de Acessibilidade da FMP/Fase realizou, ontem(15), um treinamento sobre acessibilidade digital para seus funcionários. O objetivo da oficina, que é oferecida a cada semestre para os colaboradores recém contratados, é orientá-los sobre as ferramentas digitais existentes, capacitando-os no auxílio de pessoas com deficiência.

O grupo experimentou um programa que substitui o mouse, controlando o cursor com movimentos da cabeça e acionando botões com gestos faciais, conheceram os leitores de tela disponíveis no mercado e um aplicativo de tradução de texto e áudio para Libras. O detalhamento dessas e de outras ferramentas de acessibilidade digital está disponível no site da FMP/Fase: www.fmpfase.edu.br/univ/acessibilidade