terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Nota de falecimento: Dr. Hilton Massa

Clique na imagem para ampliá-la

FMP/Fase promove pesquisa sobre funcionamento do PSF

A Faculdade de Medicina de Petrópolis/Faculdade Arthur Sá Earp Neto (FMP/Fase) desenvolveu uma pesquisa qualitativa, em parceria com o Ministério da Saúde, através do PET Saúde II – Programa de Educação pelo Trabalho –, que visa analisar as questões de acesso dos usuários às unidades do Programa Saúde da Família (PSF).


O estudo foi liderado pelo coordenador do Núcleo de Atenção Básica da FMP, professor Paulo Sá, com o auxílio de seis médicos, enfermeiros e dentistas, e cerca de 30 alunos dos cursos de Medicina, Enfermagem e Nutrição. “São inúmeras as dificuldades de acesso, como a realidade geográfica, econômica, religiosa, intelectual, e cultural. Quando a pessoa está muito doente é que resolve procurar o médico, querendo o atendimento de urgência”, explicou o coordenador.


A pesquisa, iniciada em 2010, tem previsão de término para abril do ano que vem e está dividida em três fases: levantamento, junto aos usuários, sobre o acesso à unidade; intervenção por meio de ações de conscientização, como orientações em salas de espera, distribuição de filipetas, visitas domiciliares dos agentes comunitários de saúde para sanar dúvidas, exibição de vídeo, peça de teatro, entre outras medidas; e questionário para identificar as mudanças de percepção do público com relação ao programa.


O questionário será aplicado em cinco unidades de PSF (Águas Lindas, Vila Felipe, Alto da Serra, Bairro Castrioto e São Sebastião) a, aproximadamente, 300 pessoas. “Essa pesquisa foi desenvolvida devido à dificuldade de compreensão do PSF pela comunidade, que não entende a proposta e para que ele serve. A maior parte não sabia como o posto funcionava, seus horários e formas de atendimento, e os serviços eram pouco conhecidos.”, afirmou Paulo Sá.


Para facilitar o entendimento sobre o PSF foi produzido um vídeo, pelo próprio coordenador da pesquisa, com atuação de alunos do curso de Medicina, que elaboraram o roteiro e os diálogos do curta-metragem intitulado “Conhecendo o Programa Saúde da Família”.


Com duração de 14 minutos, o filme é dividido em quatro esquetes, que reproduzem situações rotineiras vivenciadas nos postos, retirando dúvidas de forma objetiva e descontraída sobre doenças crônicas, saúde da mulher, sexualidade na adolescência e a importância do agendamento da consulta, para evitar longas filas de espera na urgência.


Ao final da pesquisa, com a análise dos questionários, será avaliado se o modelo de intervenção utilizado gerou alguma mudança, no que diz respeito à compreensão das comunidades atendidas sobre o funcionamento do Programa Saúde da Família. A partir desse diagnóstico, as equipes dos PSFs saberão se precisam providenciar novas medidas ou manter as ações que foram utilizadas durante o estudo.


Programa Saúde da Família
O projeto de Saúde da Família foi criado em 1994 e é entendido como uma estratégia de reorientação do modelo assistencial, que funciona mediante a implantação de equipes multiprofissionais em unidades básicas de saúde. Essas equipes são responsáveis pelo acompanhamento de um número definido de famílias, localizadas em uma área geográfica delimitada, atuando com ações de promoção da saúde, prevenção, recuperação, reabilitação de doenças e agravos mais frequentes, e na manutenção da saúde da respectiva comunidade.


As equipes são compostas, no mínimo, por um médico de família, um enfermeiro, um auxiliar de enfermagem e seis agentes comunitários de saúde. Quando ampliada, conta ainda com um dentista, um auxiliar de consultório dentário e um técnico em higiene dental. Cada equipe se responsabiliza pelo acompanhamento de, no máximo, 4 mil habitantes, sendo a média recomendada de 3 mil habitantes de uma determinada área, e estas passam a ter corresponsabilidade no cuidado à saúde. A atuação das equipes ocorre principalmente nas unidades básicas de saúde, nas residências e na mobilização da comunidade.