quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Fase realiza atividade de conscientização na Semana Nacional de combate à hanseníase



Na última quarta- feira (19), a equipe do Posto de Saúde da Família Machado Fagundes, que é gerido pela Faculdade de Medicina de Petrópolis (FMP/Fase), acompanhada pelos estudantes de Enfermagem da Fase, realizaram uma ação de conscientização em relação à hanseníase no Espaço Fábrica do Saber, localizado no bairro Cascatinha, com o objetivo de informar a população sobre a importância de se prevenir contra a doença, além de ressaltar os efeitos da hanseníase no organismo.

Na ocasião, foram distribuídos panfletos com informações sobre a hanseníase e aberto um espaço para retirar dúvidas e alertar sobre a necessidade de se procurar a Unidade de Saúde, caso surja alguma suspeita da doença. 

“A hanseníase é uma doença transmissível que afeta principalmente a pele e os nervos periféricos. O aparecimento da doença na pessoa infectada pelo bacilo Mycobacterium leprae, e suas diferentes manifestações clínicas, podem ocorrer após um longo período de incubação chegando até sete anos, o que reforça a necessidade de esclarecimento à população como a realizada na Fábrica do Saber. 

A transmissão se dá por meio de espirros e tosses, por exemplo, de uma pessoa doente e sem tratamento. O contágio não se dá através de abraços e apertos de mão. É importante lembrar que tão logo seja diagnosticado e tratado, o paciente além de evitar a evolução da doença e suas consequências, deixa de transmiti-la” explica o médico Regis Rodrigues Vieira.

Os principais sintomas da hanseníase são: manchas avermelhadas, esbranquiçadas ou amarronzadas no corpo com diminuição ou perda de sensibilidade ao calor, tato e à dor; caroços avermelhados, às vezes doloridos; sensação de choque com fisgadas ao longo dos braços e das pernas; áreas com diminuição de pelos e suor; perda da força nos músculos inervados pelos nervos acometidos.

Segundo dados do Programa Municipal de Hanseníase, em Petrópolis existem poucos casos da doença, sendo notificados em média oito por ano, mas é necessário que a polução conheça métodos preventivos à hanseníase, pois ela deixa sequelas graves.

“A doença tem cura e o tratamento é gratuito. O processo inclui poliquimioterapia, podendo durar até um ano e meio. O diagnóstico consiste, principalmente, na avaliação clínica: aplicação de testes de sensibilidade, força motora e palpação dos nervos periféricos. Exames laboratoriais mais específicos, baciloscopia e biópsia das lesões da pele para histopatológico, podem ser necessários” frisa o médico.