O número de casos de
violência contra a mulher tem aumentado consideravelmente nos últimos anos.
Apenas em 2013, o Centro de Referência em Atendimento à Mulher (CRAM) de
Petrópolis realizou 1.215 atendimentos. Para enfrentar esta situação, as
políticas públicas têm ganhado força tanto no cenário nacional, como em
Petrópolis. Diante desta situação, a Faculdade Arthur Sá Earp Neto (FMP/Fase),
através do Curso Superior de Tecnologia em Gestão Pública, procurou o CRAM para
desenvolver o trabalho de criação de uma nova ferramenta que facilitasse a
coleta das informações e o conhecimento da realidade social das pessoas que são
atendidas na unidade.
Segundo a professora
responsável pelo projeto, Ana Maria Auler, o formulário utilizado era
extremamente longo e a falta de agrupamento por temas dificultava a tabulação.
“O formulário utilizado pelo CRAM tinha muitas perguntas, praticamente cinco
folhas. As questões se tornavam repetitivas e acabavam por atrapalhar
a tabulação. A revisão do material facilita a organização dos dados e
fornece elementos que permitem formular e avaliar a efetividade das políticas
desenvolvidas”, afirma.
No ano passado, cinco alunos do segundo período
do curso Superior de Tecnologia em Gestão Pública estiveram envolvidos no
projeto que, de acordo com a professora, complementa o aprendizado. “Através
desta disciplina, os alunos têm contato direto com a política pública. Essa
experiência concreta dos alunos colabora com a formação de cidadãos conscientes
sobre os problemas da sociedade”, comenta.
A implantação da nova
ferramenta no Centro de Referência em Atendimento à Mulher, segundo a coordenadora
do CRAM, Drica Madeira, facilitou o trabalho das profissionais que recebem,
todos os dias, novos casos de violência contra a mulher. As fichas de
atendimento devem atender algumas necessidades, entre elas, a produção de dados
estatísticos para o melhor desenvolvimento das políticas públicas. Com os
indicadores é possível avaliar os procedimentos que já são desenvolvidos no
CRAM, Assim, fica mais claro compreender o que ainda precisa ser feito para um
melhor atendimento à população.
“Essa ficha de
atendimento faz parte de uma estrutura de atendimento à mulher em situação de
violência doméstica e familiar. Ela precisava ser clara, produzir estatísticas,
dados para um melhor direcionamento dos esforços públicos. Com essa nova ficha,
conseguimos melhorar o atendimento”, ressalta a coordenadora do CRAM.