Em virtude do aumento do número de pessoas
contaminadas com o Zica vírus – doença transmitida pela picada do mosquito
Aedes aegypti –, no Brasil, as equipes da Unidade de Saúde da Família da
Faculdade Arthur Sá Earp Neto, atuantes no bairro Estrada da Saudade,
realizaram nesta sexta-feira(29) uma grande mobilização, na comunidade, contra
a proliferação do mosquito, transmissor também dos vírus da dengue e
chikungunya.
De acordo com a enfermeira Eliane Pinheiro,
responsável pela atividade, desde dezembro do ano passado vêm sendo realizadas
ações de orientação, prevenção e controle da proliferação do mosquito na
região, como reuniões sobre a coleta dos criadouros em potencial, oficinas e
trabalhos de conscientização com crianças, gestantes e suas famílias. “Nosso principal
objetivo é a prevenção e a conscientização da população da comunidade sobre o
mosquito transmissor. Aproveitamos
para distribuir camisinhas, a fim de evitar a gravidez precoce e as doenças
sexualmente transmissíveis”, explicou a enfermeira.
Os profissionais de saúde, acompanhados dos agentes
comunitários, percorreram as ruas do bairro distribuindo informativos de porta
em porta sobre o mosquito e as doenças que transmite. “Chegamos à
conclusão de que a dengue ou o Zica vírus não podem afetar a nossa
comunidade, então a ação deveria envolver um todo”, comentou a agente Isaura dos Santos.
Estudantes
dos cursos de Nutrição e Enfermagem da Fase também participaram, como Thaís
Sixel. “Hoje cedo
nós preparamos todo o material em conjunto com os agentes comunitários onde
estão presentes informações sobre as formas de prevenção, os sintomas e também
sobre a microcefalia, para ser distribuído aos moradores. É importante para nós
já fazermos esse tipo de trabalho para mostrar para toda a população que o
assunto é uma coisa realmente séria”, ressaltou a futura enfermeira.
Para Thaís dos Santos, que tem uma filha de seis
anos e está grávida de sete meses, a ação foi bem-vinda. “Acho muito
importante, pois se todos se juntarem as coisas podem melhorar muito. Para me
proteger dos mosquitos eu ando passando repelente e não deixando água parada
como foi recomendado”, disse.
O
açougueiro Felipe Medeiros Valério, que
mora na comunidade, garantiu que vem fazendo a sua parte. “Para ajudar
tenho tirado os vasos e garrafas destampados que podem acumular água parada. A
ação que estão realizando hoje contribuiu para eu ter ainda mais informação
sobre o assunto”, comentou.
A mobilização também
envolveu a Vigilância Sanitária, que enviou agentes de combate a endemias, e contou com o apoio da COMDEP,
para a coleta do lixo, da Secretaria de Trabalho, Assistência Social e
Cidadania (SETRAC), auxiliando no transporte dos alunos e profissionais do
posto, além da Secretaria de Saúde, que forneceu o carro de som para circular
junto à equipe, com informações sobre as doenças que podem ser transmitidas
pelo mosquito.