quinta-feira, 19 de setembro de 2019

Alunos de Administração da Fase representam Petrópolis no Rio Info


Alunos do curso de Administração da FMP/Fase representaram Petrópolis no Salão da Inovação do Rio Info, um dos principais eventos do país dedicado à Tecnologia da Informação, que reuniu, nos dias 16 e 17 de setembro, empresários, acadêmicos e profissionais em busca de novas oportunidades de mercado e troca de experiências. O projeto Centro Integrado 50+ foi selecionado pela Prefeitura de Petrópolis, dentre diversos outros trabalhos de instituições de ensino superior da cidade, na etapa Rio Info Petrópolis, realizada em agosto.

Os alunos Mariana Bernardino e Eduardo Coutinho, do 8º período de Administração da FMP/Fase, durante apresentação do projeto Centro Integrado 50+ no Rio Info 2019.

“A ideia do negócio é um centro integrado de atividades físicas para o público acima de 50 anos, que possui como diferencial, em relação às academias comuns, aparelhos totalmente adaptados a esse público entre diversas outras atividades, como yoga, pilates, acupuntura e aulas coletivas de dança, alongamento, dentre outras”, explica Mariana Bernardino, aluna do 8º período de Administração da FMP/Fase e integrante do projeto.

O grupo apresentou esse mesmo projeto em evento realizado pela Prefeitura de Petrópolis, o Pitch Inova, em abril. A apresentação original, que continha 30 minutos de duração, foi adaptada para o formato de pitch, que consiste na abordagem breve e objetiva de uma ideia de negócio, e apresentada em apenas seis minutos. O resultado rendeu um convite para que o grupo de alunos da Fase participasse do Rio Info Petrópolis, em agosto, competindo com outras instituições de ensino superior da cidade para uma vaga no Salão da Inovação no Rio Info, onde apresentaram o projeto em três minutos.

Os alunos de Administração da FMP/Fase acompanhados dos professores Luciene Baptista e Rodrigo Lopes.

O projeto é resultado da Disciplina de Atividade Integradora III, aplicada no 6º período do curso, que tem por proposta integrar conteúdos de diversas disciplinas e incentivar o conceito de empreendedorismo e inovação através da realização de um plano de negócios. “Parabenizo a todos os alunos que fizeram este projeto Pitch, pela excelência do trabalho e comprometimento com nosso curso e agradeço a todos os professores do curso de ADM e RH que deram, com suas aulas, a fundamentação teórica e técnica necessária para os resultados que se mostram reais a cada oportunidade no mundo do trabalho. Nosso diferencial sempre será o de prover para a sociedade um profissional da área de gestão à altura de seus desafios e necessidades”, comenta Levi de Souza, coordenador dos cursos de Gestão da FMP/Fase.

Os alunos de Administração da FMP/Fase, Mariana Bernardino, Giselli Leite, Eduardo Coutinho e Andreza Rodrigues.


Alergia alimentar é tema de jornada na FMP/Fase

Com o tema “Na mesa com o especialista”, a 1ª Jornada de Alergia Alimentar da Região Serrana reuniu médicos do estado, em Petrópolis. Foram debatidos diagnósticos e formas incomuns de alergia, entre outros temas. Promovida pela Sociedade de Pediatria do Rio de Janeiro (Soperj), a reunião aconteceu na Faculdade de Medicina de Petrópolis (FMP/Fase), no fim de semana, aberta a pediatras, alergistas, gastroenterologistas e clínicos, com inscrições gratuitas para os médicos.


O primeiro debate entre os especialistas teve como foco o “Microbioma na alergia alimentar”, com Ney Bartolomeu, da Soperj. Na sequência, “Alergia ou intolerância ao leite de vaca?” foi a questão apresentada por Cassia Freire (HUGG-Unirio). O “Papel da alergia alimentar na dermatite atópica” ficou a cargo de Monica Soares (HFSE). A moderação das apresentações foi feita pelas médicas Claire Tesch (Soperj) e Ana Paula Neves (FMP/Fase).

As apresentações também incluíram as “Formas incomuns de alergia alimentar”, com Verônica Santos (HFB e HMJ). Depois, o “Diagnóstico laboratorial e provocação com alimentos” foi abordado por Norma Rubini (HUGG-Unirio). Coordenador da especialização em Alergia e Imunologia Clínica da FMP/Fase, José Luiz Rios enfocou a “Anafilaxia alimentar e imunoterapia oral”, com moderação conduzida por Albertina Capelo (HUGG-Unirio) e Felipe Moliterno, também da FMP/Fase.

“O evento foi muito bom, com público bem interessado. As aulas foram excelentes, tanto que os palestrantes não queriam parar de trocar ideias e a Jornada ganhou uma hora a mais”, conta José Luiz Rios.

Sarampo não é fake

Paulo Cesar Guimarães
Médico infectologista pediatra. Diretor da Faculdade de Medicina de Petrópolis.



A volta do sarampo serve para nos mostrar o quanto o ser humano é complexo e contraditório. A mesma pessoa capaz de se conectar com o mundo a todo minuto volta à treva das cavernas com medo de vacinas. Não sem antes espalhar nas redes sociais que elas matam. O que mata é a ignorância, diziam os antigos pré-internet. Hoje, ocupados no celular, alguns pais e mães põem em segundo plano a própria saúde e a dos filhos. 

Vacinar ou não vacinar deixa de ser um dilema, quando a vida do outro também está em risco. Sarampo se espalha rápido. É irresponsabilidade mandar uma criança para a escola sem a proteção devida ou ir trabalhar podendo passar o vírus nos transportes coletivos e para os colegas. Isso só para utilizar o exemplo da doença infecciosa e contagiosa que aflige o mundo, se espalhou por São Paulo e avança em outros Estados. 

Antes que sofra ataques virtuais, informo que não tenho clínica de vacinação. A propaganda aqui é a alma da sensatez. Com orgulho, sou médico pediatra e infectologista, professor e diretor da Faculdade de Medicina de Petrópolis e Membro do Comitê de Infectologia da Sociedade de Pediatria do Estado do Rio de Janeiro. Combater a ignorância e salvar vidas é a minha missão, que também pode ser a sua agora, ao ajudar a fortalecer a campanha contra a desinformação. 

Afinal, sarampo mata. Não é uma doença de pele como muitos acreditam, por ouvir dizer, diante das manchas vermelhas entre os sintomas. Ela foi estancada, mas voltou com força, por falta de vacinação aqui e ali. O vírus do sarampo pode levar a uma encefalite, que é infecção e inflamação no encéfalo, e também provocar um processo pneumônico grave, além de problemas sistêmicos preocupantes. 

Quando comecei a exercer a Medicina, a caxumba, a rubéola e o sarampo eram extremamente frequentes nos postos de saúde e clínicas do Brasil. Inúmeras crianças chegavam para serem atendidas já em um estágio altamente comprometido. Algumas morriam. Então, para que retroceder quando temos a boa informação ao alcance dos dedos e doses de vacinas nos postos? A importância de crianças e adultos receberem as doses da tríplice viral é imensa. Vital. 

As vacinas foram lançadas após anos de pesquisas sérias. Evitaram e seguem impedindo milhões de mortes em todos os países. As contraindicações são mínimas. Grave é tomar a vacina, crescer, se multiplicar e, depois, dizer que ela não presta para os filhos. E ainda divulgar isso como verdade, aumentando mais os problemas do planeta. 

É preciso conscientização, em nome da nossa sobrevivência. Porque, sem imunização, as doenças voltam a circular. Muitas vezes, a pessoa pensa que o filho já foi vacinado contra tudo mas, buscando orientação, os profissionais ajudarão a rever o calendário de vacinação, para certificar se está realmente completa a caderneta da criança. A queda no número de vacinações no país é preocupante. Nessa hora, o bom senso adverte: ignorar a vacina e espalhar fake news faz muito mal à saúde.

Novas perspectivas sobre Alergia Alimentar

Cíntia Ramos Azara 
Nutricionista. Coordenadora da Especialização Lato Sensu em Alergia e Intolerâncias Alimentares da FMP/Fase.

Nas últimas décadas, observou-se uma mudança nos padrões na epidemiologia da alergia alimentar (AA), com aumento da prevalência, gravidade das manifestações clínicas e risco de persistência até idades mais avançadas. De acordo com os dados epidemiológicos mais recentes, a análise de tendência temporal mostrou um aumento de 7 vezes nas internações por reações alérgicas graves em crianças do Reino Unido, EUA, Itália e Austrália nos últimos 10 anos. Mais de 170 alimentos foram identificados como desencadeadores da AA, como nozes, ovos, amendoim, peixe, marisco, leite, trigo, soja e sementes, com variações nacionais e geográficas referentes à AA mais comum. 

História familiar atópica, etnia, dermatite atópica (DA) e polimorfismos genéticos relacionados foram associados ao desenvolvimento de AA. Embora fatores genéticos possam predispor o seu desenvolvimento entre indivíduos selecionados, eles não podem explicar as mudanças na epidemiologia nesse curto período de tempo, sugerindo que fatores ambientais promovem AA, que se desenvolve após a perda da tolerância imunológica, o que resulta em sensibilização alérgica e subsequente manifestação e progressão da doença. 

A exposição inicial a alérgenos alimentares ocorre predominantemente através do trato gastrointestinal ou da pele. Uma barreira cutânea comprometida pode levar ao aumento da passagem transcutânea de antígenos e subsequente sensibilização. No trato gastrointestinal, os dois principais fatores que influenciam a tolerância imunológica são fatores alimentares, composição e função da microbiota. 

A microbiota intestinal desempenha um papel fundamental no desenvolvimento e na função do sistema imunológico. A modificação da composição da microbiota intestinal (disbiose) no início da vida é um fator crítico que afeta o desenvolvimento de alergias alimentares. Muitos fatores ambientais, incluindo falta de leite materno, medicamentos, agentes anti-sépticos e dieta pobre em fibras e/ou com alto teor de gorduras de má qualidade, podem induzir a disbiose da microbiota intestinal e têm sido associados à ocorrência de alergia alimentar, sendo assim, a atenção à adequação no consumo de ácidos graxos ômega-3, antioxidante, fibras, dentre outros deve ser notória para um efeito preventivo. 

Novas tecnologias e ferramentas experimentais forneceram informações sobre a importância de bactérias selecionadas nos mecanismos de tolerância imunológica. Os ácidos graxos de cadeia curta são produtos metabólicos cruciais da microbiota intestinal, responsáveis ​​por muitos efeitos protetores contra a alergia alimentar. Estes compostos estão envolvidos na regulação epigenética do sistema imunológico. Essas evidências fornecem uma base para o desenvolvimento de estratégias inovadoras para prevenir e tratar alergias alimentares. 

Como o tema apresenta muitas novidades é importante que o nutricionista busque cursos de atualização para atender a esta demanda crescente do atendimento clínico nutricional.