segunda-feira, 30 de junho de 2014

Julho começa com vacina BCG

Por Mariana Leal Marcolino e Desirré Mathias Pinheiro da Silva*

No dia primeiro de julho comemora-se o dia da vacina BCG. Ela é aplicada prioritariamente entre a faixa etária de zero a quatro anos e obrigatória em menores de um ano, segundo portarias do Ministério da Saúde.  A vacina é indicada para a prevenção contra as formas mais graves da tuberculose e não protege indivíduos que já sejam infectados pelo bacilo causador dessa doença.

A vacina é aplicada no braço direito em dose única e não provoca reações gerais como febre e mal estar. A reação local tem evolução lenta e benigna em torno de seis a 12 semanas. Em alguns casos, a cicatrização leva mais tempo para acontecer, não excedendo o período de seis meses.

Em razão de fatores epidemiológicos locais, pode ser indicada uma dose de reforço dessa vacina. Está contraindicada em casos de gravidez e recém-nascidos que pesem menos que dois quilos, assim como pessoas que tenham HIV ou estejam com sintomas da doença.
A tuberculose é uma doença contagiosa que afeta comumente os pulmões, podendo afetar também os ossos, os rins e as camadas que envolvem o cérebro (meninges). A transmissão se dá de pessoa a pessoa através da fala, da tosse ou espirros. A doença causa tosse seca, emagrecimento, fraqueza, falta de apetite, febre baixa e, em casos mais graves, pode ocorrer eliminação de sangue pela tosse. Seu tratamento é feito através de antibióticos, durante seis meses. É uma doença curável e sua prevenção é feita pela vacina.
            
A vacina é de suma importância para prevenção das formas graves da tuberculose, por isso deve-se ter atenção com a mesma, principalmente nas crianças menores de um ano. O sistema público de saúde a disponibiliza de forma gratuita; tudo isso para que a abrangência da vacinação seja cada vez maior, e os índices de pessoas portadoras de tuberculose menor.
            
A vacina contra a BCG foi criada há mais de 93 anos e ainda assim são encontrados casos de tuberculose hoje. São necessárias cada vez mais a divulgação e a educação da população sobre a BCG e também o cuidado em manter em dia o calendário vacinal, proposto pelo Ministério da Saúde.
            
Em Petrópolis, o local de referência para a administração da vacina é o Centro de Saúde Professor Manoel José Ferreira, na Rua Santos Dumont, 100, Centro, embora vários postos de saúde da família garantam a vacinação.

*Acadêmicas de Enfermagem do oitavo período do curso da Fase




sexta-feira, 27 de junho de 2014

USF Nova Cascatinha promove Colônia de Férias para jovens da comunidade

Durante os dias 24 e 27, a Unidade de Saúde da Família Nova Cascatinha, gerida pela FMP/Fase, realizou uma “Colônia de Férias” para 75 crianças e adolescentes da comunidade. A iniciativa tem como objetivo proporcionar qualidade de vida aos jovens, contribuindo para seu desenvolvimento com ações de integração em ambientes socioculturais. 

Na ocasião foram oferecidas contações de histórias, oficina de teatro, aulas de capoeira, e cursos na cozinha experimental, além de atividades artesanais, onde as crianças e os adolescentes puderam elaborar uma colcha de retalhos inspirados na Copa do Mundo no Brasil.

A grande novidade da colônia de férias foi a doação de 100 livros infanto-juvenis do projeto Livro Solto, uma iniciativa do Centro Cultural FASE- FMP, que existe desde 2012 com o objetivo de oferecer leitura de qualidade a qualquer pessoa, sem a necessidade de cadastro, bastando devolver o livro ao local onde o pegou ou passá-lo adiante. 









Projeto literário da Fase doa livros que foram censurados durante a Ditadura Militar




A exposição “Fica decretado que agora vale a verdade”, realizada pela Faculdade Arthur Sá Earp Neto (FMP/Fase), será encerrada na próxima segunda-feira (30). E, para fechar a mostra com chave de ouro, nesta sexta-feira (27), livros que foram censurados durante a Ditadura Militar serão deixados na Praça Dom Pedro para que as pessoas que os encontrarem possam levá-los para casa e compartilhar o conteúdo com seus familiares. A iniciativa faz parte do projeto Livro Solto, de fomento à leitura, criado em 2012 pela faculdade.

“O projeto livro solto recebeu alguns livros que foram censurados no período da ditadura e, como nossa exposição, que retrata a temática, está chegando ao fim, resolvemos aproveitar o momento para soltá-los na praça, para que qualquer pessoa possa ter acesso a esses títulos que, no passado, foram recolhidos pelo regime militar”, explica Ricardo Tammela, coordenador de Projetos e Extensão da FMP/Fase.

Dentre os títulos, destacam-se os exemplares de Ignácio de Loyola Brandão – Zero –, Augusto e Haroldo de Campos – Revisão de Sousandrade – e Carlos Drummond de Andrade – O Observatório no Escritório. Junto a eles, outros livros de autores renomados, doados ao projeto Livro Solto, também serão distribuídos.

A exposição “Fica decretado que agora vale a verdade” recebeu cerca de 1500 pessoas, durante os três meses em cartaz no Centro Cultural da FMP/Fase. Diferente de outras mostras sobre a Ditadura Militar, a exposição da FMP/Fase, que contou com curadoria do artista plástico Claudio Partes, proporcionou uma reflexão sobre o período abordado e serviu como crítica às ditaduras e formas de cerceamento da liberdade.










Grupo de Vida Saudável da USF Estrada da Saudade comemora um ano com arraiá



Em junho, o Grupo de Vida Saudável da Unidade de Saúde da Família Estrada da Saudade, gerida pela FMP/Fase, celebrou um ano desde sua criação, com uma Festa Junina.  Na ocasião, também foi oferecida uma oficina de receitas de comidas típicas de São João, tais como curau, paçoca, bolo de milho, cocada e arroz doce. A atividade foi guiada pela nutricionista da unidade, Mariana Correia, que ensinou às 16 mulheres do grupo a adaptar as tradicionais receitas para a versão light.

Os encontros do Grupo de Vida Saudável ocorrem às segundas-feiras,  das 14 às 16h, com o objetivo de orientar os participantes sobre alternativas para um estilo de vida mais saudável e com qualidade. 

Clique aqui e acessa as receitas que foram ensinadas. 






Quitutes de São João light

CURAU LIGHT



4 xíc. (chá) de leite desnatado 

2 latas de milho escorrido 
6 col. (sopa) de adoçante culinário 
1 col. (sopa) de margarina light 
1 col. (sopa) de maizena 
1 col. (café) de essência de baunilha 
1 col. (sobremesa) de canela em pó 

Modo de fazer:
Bata no liquidificador o leite, o milho, o adoçante, a margarina e a maizena. Passe pela peneira e coloque numa panela antiaderente. Leve ao fogo médio e mexa até ficar um creme grosso. Acrescente a baunilha e distribua em taças e polvilhe com a canela. Deixe esfriar. Leve à geladeira por 30 minutos antes de servir. 


ARROZ DOCE LIGHT


- 1 xíc. (chá) de arroz
- 5 cravos-da-índia

- 2 canelas em pau
- Raspas da casca de ½ laranja
- ½ litro de água
- 5 col. (sopa) de adoçante em pó culinário
- 4 e ½ xíc. (chá) de leite desnatado
- Canela em pó para polvilhar



Modo de fazer:

Coloque o arroz, os cravos, a canela em pau e as raspas de laranja em uma panela. Então, acrescente a água, o adoçante em pó culinário e cozinhe em fogo baixo com a panela semi- tampada até a água secar completamente. Esse processo leva cerca de 10 minutos. Adicione o leite e cozinhe em fogo baixo, mexendo de vez em quando, por mais 15 minutos ou até o arroz ficar macio e o caldo, bem cremoso.

Desligue o fogo e espere a sobremesa esfriar. Sirva-a em tacinhas individuais, polvilhada com a canela em pó a gosto.

PAÇOCA LIGHT


2 xícaras (chá) de amendoim torrado e sem pele
½ xícara (chá) de leite em pó desnatado

3 ½ colheres (sopa) de adoçante culinário
5 colheres (sopa) de leite desnatado (75 ml)







Modo de fazer:
Bata o amendoim junto com o leite em pó e o adoçante no liquidificador, até obter uma farofa fina. Passe para uma tigela e acrescente o leite aos poucos, misturando com uma colher, até obter uma massa úmida (se atingir esse ponto antes que o leite acabe, não é necessário acrescentar o resto). Forre uma vasilha retangular pequena com papel-filme e despeje a massa. Pressione-a sobre o refratário com as costas de uma colher até ficar bem compacta. Cubra com mais papel-filme e espere cerca de 1 hora antes de cortar. Retire o filme plástico e corte a massa em quadradinhos ou em losangos, com uma faca ou cortador. Guarde em refratário fechado.



BOLO DE FUBÁ LIGHT




4 claras em neve
4 gemas 

1 xíc. (chá) de adoçante culinário 
4 col. (sopa) de margarina light 
3/4 de xíc. (chá) de farinha de trigo 
3/4 de xíc. (chá) de fubá 
1 col. (sopa) de fermento em pó 

3/4 de xíc. (chá) de leite desnatado 
2 col. (sopa) de requeijão light 

1 col. (sopa) de sementes de erva-doce 


Modo de fazer:

Bata na batedeira as gemas com o adoçante e a margarina. Desligue o aparelho e misture delicadamente a farinha, o fubá e o fermento peneirados e o leite. Acrescente as claras em neve, o requeijão e a erva-doce. Coloque em uma fôrma untada com margarina light e leve ao forno preaquecido a 180º C durante 45 minutos, aproximadamente. Espere esfriar um pouco, desenforme e polvilhe canela em pó (opcional). 



LEITE CONDENSADO LIGHT




2 xícaras de chá de leite desnatado
1 xícara de chá de água fervente
2 colheres de sopa de margarina light
6 colheres de sopa de adoçante culinário



Modo de fazer:
Bata todos os ingredientes no liquidificador por 5 minutos.
Coloque em uma vasilha no freezer por aproximadamente 20 minutos.





COCADA LIGHT




Leite condensado light
9 colheres (sopa) de coco ralado sem açúcar
1 gema

Modo de fazer:
Faça separadamente o leite condensado. Misture bem todos os ingredientes formando um creme. Coloque forminhas de papel dentro das formas de pão de queijo e deposite o creme. Leve-o para assar em forno baixo por 45 minutos. Sirva gelado.

quinta-feira, 26 de junho de 2014

USF Boa Vista participa de reunião comunitária sobre o PAC

A equipe da Unidade de Saúde da Família do Boa Vista participou da reunião comunitária sobre o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do Governo Federal, que já está sendo implantado na Estrada da Saudade.

Na ocasião, também estavam presentes assistentes sociais da Fiocruz, que juntamente com a equipe da unidade de saúde da FMP/Fase estão trabalhando na orientação e conscientização da comunidade em relação às mudanças que ocorrerão na região, devido às obras do PAC. O projeto prevê o reassentamento de 174 famílias petropolitanas, moradoras de imóveis considerados em situação de risco, além de obras preventivas e de contenção.

A equipe da unidade de saúde, pertencente à FMP/Fase, está mapeando a comunidade e planejando o atendimento para melhor atender a população, uma vez que irão receber mais 696 pessoas para serem assistidas na região. "Apesar da obra só terminar daqui a dois anos, a comunidade encontra-se apreensiva, porque irá receber mais 174 famílias e não sabe se a unidade dará conta de realizar todos os atendimentos. Por isso,  estamos trabalhando juntamente com os assistentes sociais da Fiocruz, para explicar o funcionamento do posto e diversos assuntos que angustiam a comunidade”, explica e enfermeira Carla Avellar.

O PAC – Programa Federal de Aceleração do Crescimento – irá beneficiar cerca de 15 mil moradores da região e proporcionará uma  melhor infraestrutura, segurança e qualidade de vida a quem vive no bairro, através da construção de duas creches, implantação de um Centro de Referência em Assistência Social (CRAS), criação de duas quadras poliesportivas e cobertura de outras duas já existentes, melhorias viárias, drenagem, obras de contenção e melhorias no acesso às 174 casas que serão construídas na região pelo Programa Minha Casa, Minha Vida.


Crédito: Fiocruz
Crédito: Fiocruz

Crédito: Fiocruz

segunda-feira, 23 de junho de 2014

Alunos de Gestão da FMP/Fase realizam visitas técnicas em empresas da cidade

Neste primeiro semestre de 2014, cerca de 40 alunos dos cursos de Administração e Gestão de Recursos Humanos da FMP/Fase participaram de sete visitas técnicas a empresas petropolitanas. As visitas têm início no 2º período dos cursos, visando o aprimoramento dos alunos em noções primárias sobre as atividades funcionais das empresas.

“Essas visitas são importantes para mensurar se os ensinamentos da faculdade estão antenados com as práticas organizacionais. Por essa razão, todas as visitas devem ser acompanhadas por um professor, fazendo com que o docente seja um observador das inciativas dos alunos, das práticas organizacionais, do aprimoramento das grades curriculares. As visitas também representam uma oportunidade para os alunos se interessarem, desde cedo, em programas de estágio, trainee e vagas de emprego”, explica o professor Jorge Bezerra, coordenador das visitas. 



quarta-feira, 18 de junho de 2014

A economia da Copa nem sempre é a Copa da economia

Fomos invadidos! Não, não pense que estamos passando por um momento pré-colonial e tampouco estamos em guerra. Fomos invadidos por milhares de torcedores das mais diversas partes em busca da alegria que somente um de seus países irá permitir: a conquista da Copa do Mundo.


Evento global – por favor, não confundir com globalização –, a Copa permite que o Brasil seja visto e revisto por bilhões de pessoas ao redor do planeta. 

Uma parte dessas pessoas aqui estará trazendo divisas e proporcionando às economias locais um aumento de receita que, em anos sem evento de grande apelo, seria impensável.

Mas, o que efetivamente podemos esperar, em termos de economia, da Copa do Mundo?

Para responder, cabe a reflexão sobre algumas questões:

(1) Infraestrutura. Ledo engano pensar que realizamos em pouco mais de três anos todas as obras estruturais de que o país necessitava. Neste aspecto, pode-se pensar em aeroportos e sua malha aérea, rodovias e transporte público como herança de um projeto estrutural de mobilidade urbana que ainda carece de ajustes.

A construção civil foi um setor que muito se beneficiou com a Copa do Mundo. Gerou milhares de empregos movimentando o ciclo econômico. Espera-se, finda a Copa, que essa mão de obra possa ser absorvida em obras de continuidade de melhorias estruturais.

A segurança também passa por uma prova de fogo. Mostrar ao mundo que o Brasil sabe receber – e com segurança – será vital para que novos eventos sejam por aqui produzidos e atraiam ainda mais turistas.

(2) Tecnologia da informação. A Copa poderá servir de validação para as pretensões do Brasil em ser o país referência na América Latina. Investimentos que qualifiquem as transmissões de dados, internet, telefonia, facilidade de acesso e incremento da base de usuários são necessidades prementes para o avanço da TI no país. 

(3) Cultura. A forte miscigenação brasileira, por si só, é pródiga em produzir eventos que materializam e perpetuam a cultura e a identidade nacional. Um evento como a Copa não poderá reproduzir a riqueza dessa diversidade promovendo a inter-relação da cultura nacional com a dos países participantes do evento. 

(4) Serviços. Sem dúvida é o setor mais privilegiado por um evento como a Copa. Gerou – e ainda gera – milhares de empregos diretos e indiretos, permitindo o desenvolvimento do setor via novos investimentos em gastronomia e hotelaria, movimentando o comércio local cujo incremento traz consigo entrada de divisas.

Os estádios poderão servir de apoio para a implementação de programas públicos locais, com pequenas adaptações que sirvam como postos de saúde, escolas públicas e outros centros de atendimento à população dentro das características de cada região.

O PIB, ainda cambaleante, não dá sinais de recuperação. Afirmar que a Copa irá catapultá-lo é um pensamento simplista dadas as nuances econômicas, como estimativa de inflação, e as não econômicas, como manifestações e eleições.

O ponto preocupante é o endividamento das famílias. Eventos como este trazem a reboque mais prestações, mais gastos nos cartões de crédito, logo, maior aperto financeiro pós-Copa. Tradicionalmente, aumentam as vendas de televisores e bebidas e, como somos um povo altamente hospitaleiro, consumimos mais carnes e outros acepipes, aumentando os nossos gastos e comprometendo o orçamento familiar.

Fato é que, juros à parte, temos que mostrar ao mundo que somos um país com alta capacidade de atrair investimentos e investidores. A Copa foi um exemplo de que empresas dos mais diversos portes fizeram mais investimentos. 

Oportunidades existem e a capacidade do Estado em gerir essa entrada será a receita do futuro de sucesso de um país que, espera-se, atraia mais pelo que pode oferecer em termos produtivos do que meramente em termos especulativos.

A Copa é boa vitrine para mostrarmos ao mundo um novo Brasil, economicamente viável e politicamente estável. 

O legado da Copa ainda é difícil de mensurar. Mas, se como diz o dito popular "não desistimos nunca", porque não havemos de acreditar?

Humberto Medrado
 

Humberto Medrado é professor da FMP/Fase, economista e administrador, mestre em administração e doutorando em administração.​