quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Petrópolis ganhará primeiro museu de anatomia do estado do Rio


Projeto será desenvolvido pela Faculdade de Medicina de Petropólis com recursos da Faperj

Uma boa notícia para quem ficou impressionado com a exposição “Corpo Humano”, que fez muito sucesso no Brasil e já percorreu 37 países: o estado do Rio de Janeiro ganhará um museu de anatomia nos mesmos moldes da mostra. O Museu de Anatomia Humana e Patológica, proposto pela Faculdade de Medicina de Petrópolis, da Faculdade Arthur Sá Earp Neto, será o primeiro museu de ciência da Região Serrana e o primeiro museu de anatomia do estado. É a primeira vez que a FMP-Fase é contemplada com recursos da Faperj (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro).

O projeto do museu foi um dos 103 selecionados pela Faperj em 2009. “A Faperj geralmente prioriza instituições públicas. Para nós da FMP-Fase, a realização desse projeto significa um grande avanço científico, além de representar um incentivo ao turismo da cidade imperial”, afirma Marco Aurélio Passos, professor responsável pelo projeto.

Nove instituições foram contempladas este ano pelo Programa de Difusão e Popularização da Ciência e da Tecnologia: UFRJ, Uerj, Uenf, UFF, Fiocruz, PUC-Rio, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro (IFRJ), Faculdade de Medicina de Petrópolis (FMP) e Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (Cefet). Criado em 2007, o Programa Difusão e Popularização da Ciência e Tecnologia disponibiliza R$ 1,5 milhão de recursos para pesquisas.

Para o médico, o Museu de Anatomia Humana e Patológica é um avanço na tentativa de democratizar o acesso ao conhecimento científico no estado do Rio: “A finalidade deste museu é preservar o material didático de anatomia e prestar o serviço de popularização da ciência, para que tanto estudantes quanto o público em geral possam ter acesso ao conhecimento de uma forma interessante”.

Tecidos vivos

Os cariocas que visitaram a exposição “Corpo Humano” no Museu Histórico Nacional, no fim de 2008, puderam conferir o visual dos tecidos humanos, que pareciam estar vivos. De acordo com Passos, a técnica que conserva os corpos e órgãos verdadeiros se chama plastinação. Criada nos anos 70 pelo alemão Gunther Von Hagens e aperfeiçoada pelo americano Roy Glover, ela utiliza um material – semelhante a uma resina – que permite plastificar partes do corpo humano. “A técnica permite a visualização quase real do funcionamento do corpo e tira o aspecto mórbido do ato de estudar a anatomia humana”, explica o médico.

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Departamento de Comunicação Faculdade Arthur Sá Earp Neto/Faculdade de Medicina de Petrópolis