quarta-feira, 27 de março de 2013

Alunos e Colaboradores da FMP/Fase arregaçam as mangas em prol das vítimas das chuvas


Para ajudar as vítimas, o Posto de Saúde da Família Estrada da Saudade, da Faculdade de Medicina de Petrópolis/Fase, colocou-se à disposição da população. As duas equipes do posto e duas alunas do sétimo período de Enfermagem ajudaram no atendimento e medicamento dos moradores desalojados e desabrigados, e a padaria local doou o café da manhã na segunda-feira (18). As vítimas receberam vacina antitetânica e foram cadastradas pela Defesa Civil e Secretaria de Assistência Social (Setrac). 

A equipe do PSF Estrada da Saudade tem visitado regularmente o abrigo instalado no Colégio Municipal Paulo Saldanha, para se certificar de que nada falte. Graças aos treinamentos realizados pela Defesa Civil e o uso de pluviômetros foi possível executar ações de remoção de pessoas das áreas de risco a tempo. Ao todo, três casas ficaram completamente destruídas, mas ninguém se feriu.

A agente Isaura Silva dos Santos mora há 57 anos no bairro Estrada da Saudade. Ela viu o pluviômetro marcar 130 mm entre 16h de sábado até 1h de domingo. De acordo com orientações da Defesa Civil, a remoção torna-se necessária a partir dos 80 mm. "Comecei a ligar para os vizinhos saírem de casa e orientei que não dormissem naquela noite. Estava falando com outra agente quando ouvi pelo telefone a barreira cair" conta. Ela também atribui à organização dos agentes e aos treinamentos o fato de não ter ocorrido nenhuma morte. 

A aluna do PSF Estrada da Saudade e moradora do local, Naythielle Klim Medeiros, de 21 anos, conta que se sentiu impotente diante da tragédia, mas que estava preparada para ajudar a quem precisasse. "As pessoas gritavam por socorro, mas, na hora, eu não tinha noção do que estava acontecendo direito. Estavam todos descompensados, com pressão alta e então os levamos para o abrigo na escola e ficamos à disposição. Me senti triste e um pouco impotente. Mas, como estudante de enfermagem, vejo nesta situação o quanto estou preparada".

Quitandinha
A FMP/Fase criou uma campanha para arrecadar itens de primeira necessidade às vítimas das chuvas e, na última sexta-feira (22), visitou o CIEP Santos Dumont no bairro Quitandinha para entregar uma parte do material às famílias que ali se encontram. Marcio Freitas Peixoto é morador da comunidade do Serrinha, localizada no bairro Quitandinha, onde também houve queda de barreira. Voluntário no abrigo CIEP Santos Dummont, onde há 41 famílias, totalizando 183 pessoas, ele está com a esposa, a filha de 2 anos e a enteada de 5. "Ficamos presos porque a barreira fechou a saída da comunidade. Tivemos que derrubar o muro para poder passar. Nosso medo agora é ter q voltar pra lá", contou.

Rosemere Vicente do Vale está com o marido, os dois filhos, de 11 e 14 anos, a neta de 2 e a ex nora. "Está tudo comprometido lá. As casas estão caindo. No Serrinha já deu enchente de entrar água duas vezes na minha casa. A gente está acostumado com a nossa própria casa, e ter que vir para um abrigo onde há um monte de gente é muito ruim. Não conseguimos dormir desde que viemos para cá e não sabemos se podemos voltar pras nossas casas”.

Na terça e na sexta-feira, mais de 40 alunos do curso de Medicina da Faculdade de Medicina de Petrópolis/Fase doaram sangue no Hospital Santa Teresa e arrecadaram mais de mil e quinhentos reais para cooperar com as vítimas.
  
A equipe do posto mostra o local onde houve deslizamento de terra.

Momento da entrega dos donativos arrecadados pela FMP/Fase
aos desalojados da Comunidade do Serrinha.

 Alunos de Medicina em campanha para doação de sangue.

 



Nenhum comentário:

Postar um comentário

Departamento de Comunicação Faculdade Arthur Sá Earp Neto/Faculdade de Medicina de Petrópolis