“A situação é preocupante em todo o Estado e temos alguns desafios a serem vencidos. Iniciativas como a de Petrópolis, de promover encontros e debates, são importantes nesta caminhada. Não há como pensar em HIV sem abordar a parte cultural, social e os direitos dos humanos. Para a coordenadora do Programa Municipal DST/Aids e Hepatites B e C, e professora da FMP/Fase, Maria Inês Ferreira, a realização do simpósio tem como objetivo “contextualizar a situação de Petrópolis, do Estado e do Brasil”. “Informar aos profissionais da rede qual é a situação da cidade, mostrar o que estamos fazendo e o que podemos fazer é importante”, afirmou a coordenadora. Em Petrópolis, a média é de 100 novos casos por ano. Entre 1985 até junho de 2014, 2.481 pessoas foram atendidas pelo Programa Municipal.
Os dados apresentados pela Secretaria de Estado de Saúde revelam que uma das principais preocupações é com a transmissão vertical (quando a transmissão acontece de mãe para filho), com a taxa de mortalidade e com os óbitos decorrentes da tuberculose. “A tuberculose é a segunda causa de morte em quem tem o vírus HIV, ou seja, 20% das pessoas que tem Aids vão morrer por causa da tuberculose. A transmissão vertical é controlável e podemos zerar essas taxas. Por isso o trabalho em parceria com a Atenção Básica é importante para vencermos esses portadores do vírus”, destacou a assessora de DST/Aids da Secretaria de Estado de Saúde, Denise Pires. De acordo com dados do Estado, apresentados no simpósio, são registrados 22 novos casos para cada 100 mil habitantes em todo o Rio de Janeiro. São cerca de 42 mil casos por ano.
De acordo com os dados da Secretaria de Estado de Saúde, a taxa de mortalidade em Petrópolis é de 7%, referente ao ano de 2013. Em 2000, essa taxa era de 25,1%. “Obtivemos avanços e a detecção precoce da infecção é fundamental para a redução desses números”, ressaltou Denise.
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Departamento de Comunicação Faculdade Arthur Sá Earp Neto/Faculdade de Medicina de Petrópolis