A
Faculdade de Medicina de Petrópolis/Fase marcou presença na Audiência Pública sobre
a prática do trote universitário no município, organizada pelo vereador Silmar
Fortes, nessa terça-feira (28), na Câmara Municipal de Petrópolis.
Segundo o diretor da
FMP, Paulo Cesar Guimarães, a faculdade toma todos os cuidados necessários para
evitar o trote dentro e fora do campus, com o envio de comunicados, reuniões
com representações estudantis e presença em salas de aula. A instituição também
orienta aos alunos que denunciem caso sejam coagidos a participar de trotes e
disponibiliza um canal direto de comunicação sobre essa prática.
“É importante deixar bem claro
que a faculdade não é contra os alunos, nem contra suas festas, mas nós
precisamos limitar os excessos. Não podemos esperar uma tragédia para tomarmos
uma posição mais incisiva”, disse Paulo Cesar, em referência ao incidente
ocorrido durante trote vexatório de alunos da Unesp, que levou à morte de um
estudante este ano.
A discussão promovida durante
a audiência foi um primeiro passo para a criação de mecanismos que viabilizem o
cumprimento da Lei nº 6.436 de 15 de
abril de 2013, que proíbe o trote
vexatório a ingressantes das faculdades e universidades do Estado. Uma
alternativa proposta foi a criação de uma legislação ou instrução municipal de
caráter educativo.
“Nós temos um diagnóstico que não é muito
favorável. A proposta é avançarmos em relação ao que foi falado aqui e a partir
daí construir caminhos pra esse enfrentamento. A incursão na faculdade é um momento importante na
vida do jovem, uma conquista que deve ser comemorada, mas é importante que
possamos discutir os limites, para que a liberdade individual não seja cerceada
por meio de trotes vexatórios e impositivos, e que possam, inclusive, colocar
em risco a vida do universitário”, explicou o vereador Silmar Fortes.
De acordo com Alexandre Barbosa, representante dos
alunos de Medicina, o diretório acadêmico do curso é contra a prática do trote.
“Pelo
estatuto do diretório é proibido apoiar o trote, porque isso cria distinção
entre os alunos. A gente já considera como vexatório tratar qualquer pessoa
como inferior, porque a partir daí vêm coisas piores, como homofobia e machismo,
por isso vamos promover um debate para entender o que os alunos da faculdade
entendem como vexatório”, afirmou.
Também participaram da reunião, o coordenador geral
de Ensino da FMP/Fase, Abílio Aranha, o coordenador de Medicina, Paulo Sá, o
coordenador de Projetos e Extensão da faculdade, Ricardo Tammela, a professora
do curso de Enfermagem da Fase, Luzimar Paim, alunos dos cursos de Enfermagem e
Medicina da instituição, assim como representantes da Universidade Católica de
Petrópolis (UCP), da Guarda Civil e do Conselho Municipal de Educação.
A instituição não
apoia qualquer tipo de ação que possa inibir, humilhar ou expor o próximo. Em
conformidade com a Lei 2.538 de 19 de abril de 1996, alterada pela, a FMP/Fase também estabeleceu, em 2007, a Resolução nº 001, que proíbe
a prática do trote na instituição, responsabilizando seus organizadores e
participantes.
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Departamento de Comunicação Faculdade Arthur Sá Earp Neto/Faculdade de Medicina de Petrópolis