A aluna do curso de Enfermagem da Faculdade
Arthur Sá Earp Neto (FMP/Fase), Karen Santos, iniciou uma pesquisa para fazer o
TCC (trabalho de conclusão de curso) sobre a população de mulheres negras em
Petrópolis, na localidade de Cascatinha. O tema recebeu apoio da instituição de
ensino superior, uma vez que o assunto aborda as características específicas da
população negra, que está distribuída em todo território nacional, e ressalta a
necessidade dos profissionais, principalmente da área da saúde, terem
conhecimentos sobre as especificidades desta população e o olhar único que devem
ter no atendimento deste grupo populacional.
“Eu levantei um perfil das mulheres negras atendidas na consulta de enfermagem ginecológica realizada no Ambulatório-Escola da FMP/Fase. Esses dados permitem que os profissionais que lá atuam tenham conhecimento do grupo com que irão lidar diariamente e possam elaborar um plano de cuidado mais eficiente, que traria benefícios enormes no momento da consulta dessa mulher. Os profissionais conseguiriam abranger aspectos relevantes e elaborar intervenções que podem evitar complicações futuras”, explica Karen Santos, estudante do 9º período de Enfermagem da FMP/Fase.
A ideia da pesquisa surgiu, em 2014, quando a
aluna participou do Congresso Brasileiro de Enfermagem em Belém, no Pará. Após
observar um bate-papo em uma tenda cultural e receber vários cadernos de
Políticas Nacionais, entre eles o caderno de Política Nacional de Saúde
Integral da População Negra, Karen decidiu se dedicar ao assunto, para
elaboração do TCC, ao perceber que a política traz uma conexão direta com
questões sociais, que interferem no processo de saúde/doença da população
negra.
“Optei por fazer um recorte de gênero e
estudar mulheres negras, porque elas sofrem uma dupla discriminação, de gênero
e de raça. O objetivo do trabalho foi apresentar à população acadêmica as
especificidades da população negra, levando em consideração os pontos da saúde.
A população estudada tem várias características específicas, pois muitas
doenças são prevalentes neste grupo populacional. Além disso, fatores sociais
também revelam muitas coisas sobre as mulheres negras da região, como a baixa
escolaridade, a ocupação de subempregos e a vida reprodutiva. Todos estes
pontos são reflexos das condições sociais deste grupo que, por sua vez, acabam
interferindo na saúde”, avalia a estudante de Enfermagem da Fase.
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Departamento de Comunicação Faculdade Arthur Sá Earp Neto/Faculdade de Medicina de Petrópolis