Das
21 Escolas Médicas públicas e particulares existentes no estado do Rio de
Janeiro, apenas três já receberam a certificação.
A Faculdade de Medicina de Petrópolis acaba de receber o certificado de Escola Médica de Qualidade emitido pelo Saeme – Sistema de Acreditação de Escolas Médicas em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Associação Brasileira de Escolas Médicas (ABEM). Professores e alunos estiveram em Brasília, na quarta-feira(22), representando a FMP na cerimônia que reuniu outras nove instituições de ensino do país.
“Com esse honroso título, obtivemos o reconhecimento formal das
entidades verificadoras, organismos independentes, de que oferecemos serviços
educacionais de qualidade e que, comprovadamente, atendemos requisitos
pré-definidos e temos competência para realizar o importante papel de formação
de médicos de modo eficaz e seguro”, comenta o diretor da Faculdade de Medicina
de Petrópolis, Paulo Cesar Guimarães.
O Saeme conferiu a certificação a 29 das 323 Escolas Médicas do país,
desde sua implantação, em 2016. A acreditação permitirá que os profissionais
formados nessas instituições sejam aceitos em processos para o exercício da
profissão e participem de cursos de
pós-graduação, como especializações, residências, mestrados, doutorados etc, no
exterior. A partir de 2023, por exemplo, apenas profissionais formados
em Escolas Médicas acreditadas por sistemas reconhecidos internacionalmente
poderão ser avaliados pela ECFMG (Education Commission for Foreign Medical Graduates), entidade que
faz a revalidação de diplomas para atuação de médicos estrangeiros nos Estados
Unidos.
“A gente fica muito feliz junto com a faculdade de
receber esse certificado porque é um atestado de que tem qualidade de ensino na
nossa instituição e, como aluno, fico muito satisfeito de ter sido incluído no
processo”, revela Yuri Martins, estudante de Medicina da FMP.
O Saeme é inspirado no Liaison Committee on Medical Education (LCME) –
processo oficial de acreditação dos cursos de Medicina dos Estados Unidos e
Canadá. “Nós avaliamos habilidades e
competências além do conhecimento cognitivo dos discentes e as escolas e suas
infraestruturas são minuciosamente observadas, de forma que temos uma visão
geral do conjunto, condições de trabalho e recursos humanos em formação”, diz Carlos
Vital Tavares Correia Lima, presidente do CFM.
A diretora Executiva da ABEM, Lúcia Iochida, ressalta
que o Saeme não funciona como um processo de fiscalização das Escolas Médicas,
sendo independente da avaliação feita pelo Ministério da Educação. “O Governo
concede a licença de funcionamento aos cursos e ele deve fiscalizar e tomar
providências em relação ao bom ou mal funcionamento. A função do Saeme é
diferente. A acreditação quer dizer uma certificação de qualidade, que tem o
objetivo de avaliar as escolas, ver o que está funcionando bem, quais são os
seus pontos fortes e fracos e, diante disso, cada escola tem a responsabilidade
de tomar providências para melhorar o que foi apontado como fraqueza”, pondera.
O processo se baseia na autoavaliação das Escolas Médicas que se
inscrevem voluntariamente. Nele são avaliados 81 indicadores de qualidade, relacionados
ao contexto e política institucional, projeto pedagógico, programa educacional,
corpo docente e discente e infraestrutura, que permitem a identificação de
áreas que necessitem de aprimoramento e áreas de excelência a serem
compartilhadas com outras instituições de ensino.
“A
comissão do Saeme que visitou a FMP destacou como práticas de excelência que
devem ser compartilhadas com outras Escolas Médicas, a inserção da nossa
instituição na rede pública de saúde, o currículo tradicional do curso com
matriz de inovações que possibilitam o desenvolvimento de competências e
técnicas profissionais de forma sistemática, e o novo Centro de Simulação
Realística, que atende às demandas da formação médica e continuada dos profissionais”, conta Claudia Vasconcellos, assessora especial da
Direção da FMP.
Em sua fase de testes, esse modelo foi aplicado em oito cursos de Medicina,
dentre eles a FMP. Trata-se de um processo de avaliação que utiliza os
conceitos de suficiência e insuficiência, não sendo classificatório. “A FMP recebeu a certificação do Saeme, mostrando que
é uma instituição que tem fornecido um curso de Medicina de qualidade. O
processo de avaliação é bem detalhado. A comissão se reúne com gestores,
estudantes e docentes, visita cenários de prática e as instalações, conversa
com a comunidade e faz um relatório. Depois, retornamos com uma devolutiva para
a instituição com todos os itens avaliados”, explica Milton de Arruda Martins,
coordenador da Comissão de Acreditação do Saeme.
A Faculdade de Medicina de Petrópolis completou 50 anos
em 2017, tendo já formado mais de 4 mil médicos atuantes em várias regiões do
país e no exterior. No próximo ano, mais 150 estudantes provenientes de
diversos estados brasileiros irão ingressar na instituição, que tem seu
vestibular marcado para 30 de setembro.
O diretor da FMP,
Paulo Cesar Guimarães, exibe o certificado de Escola Médica de Qualidade na
companhia da professora Claudia Vasconcellos e dos alunos Carolina Caldas e
Yuri Martins.
Créditos foto: Conselho Federal de Medicina
Os representantes das 10 Escolas Médicas
certificadas este ano posam com os certificados acompanhados da Diretora
Executiva da ABEM, Lúcia Iochida, e do
Coordenador da Comissão do Saeme, Milton de
Arruda Martins.
Créditos foto: Conselho Federal de Medicina
O diretor da FMP, Paulo
Cesar Guimarães, acompanhado da professora Claudia Vasconcellos e dos alunos
Carolina Caldas e Yuri Martins, posa junto do coordenador da Comissão do Saeme, Milton de Arruda Martins, da diretora executiva da ABEM, Lúcia Iochida, e do presidente do Conselho Ferderal de Medicina, Carlos Vital Tavares Correia Lima.
Parabéns ! Muito orgulho !! FMP88
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