O CRAS (Centro de Referência de Assistência Social e
Cidadania) do bairro Madame Machado recebeu, nesta quinta-feira (02), a
inauguração da exposição “280 dias: adolescência e gravidez”. A mostra
itinerante da FMP/Fase vai permanecer na localidade por 15 dias e, até dezembro
deste ano, vai percorrer os bairros Vale do Carangola, Corrêas e Quitandinha.
“Nós estamos muito felizes com essa etapa do projeto. A
possibilidade de levar os conhecimentos que essa exposição oferece para
diversas comunidades do município é muito importante, pois está indo de
encontro às pessoas que precisam receber essas informações”, ressalta Ricardo
Tammela, coordenador de Projetos e
Extensão da FMP/Fase.
Montada com material de dois anos de pesquisa (2010 e 2011),
realizada em Petrópolis, a exposição tem o objetivo de capacitar monitores nas
comunidades que irão receber a mostra, para que eles atuem como articuladores
do conhecimento e possam propagar para a comunidade tudo o que sabem. A
parceria entre a FMP/Fase, a Prefeitura de Petrópolis e o Conselho Municipal
dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA) tem como meta atingir os
adolescentes de diferentes localidades do município.
“É uma experiência muito boa. Nós podemos mostrar para a
nossa comunidade que a gravidez na adolescência pode não ser o que muitas
meninas esperam. Muitas vezes as meninas ainda não têm o corpo formado para
receber um bebê e acabam vivenciando momentos complicados por conta disso”,
explica Arthur Rocha, monitor da exposição no bairro Madame Machado.
A enfermeira do PSF da localidade ressalta que as
adolescentes da região engravidam por opção, uma vez que o desejo de se
tornarem mães faz parte de uma cultura local e da realidade familiar.
“É muito comum as adolescentes entre 12 e 20 anos engravidarem
na comunidade. A questão não é a falta de informação e sim a questão cultural.
O trabalho de conscientização na comunidade deve ser focado na educação,
esporte e lazer. Mostrar para essas meninas que existem outras possibilidades e
perspectivas, além de um dia se tornarem mães”, enfatiza Gisele dos Santos,
enfermeira do PSF de Madame Machado.
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Departamento de Comunicação Faculdade Arthur Sá Earp Neto/Faculdade de Medicina de Petrópolis