A FMP/Fase promoveu, na
última quarta-feira (24), um treinamento com os funcionários da faculdade para
orientações sobre acessibilidade de pessoas com deficiência ao campus. Foram
explicadas as instalações que a faculdade oferece e a maneira correta de se comportar
diante de uma situação que envolva um deficiente. Alguns funcionários puderam
vivenciar, mesmo que por alguns minutos, as dificuldades enfrentadas por
pessoas com cegueira, surdez e deficiência física.
“Despertou muito a minha
sensibilidade em relação a esse problema que acontece na vida das pessoas e, às
vezes, a gente passa tão insensível a isso. É uma dificuldade muito grande em
pequenas coisas. No meu caso, eu tive que usar só um braço, então dificulta
muito, requer muito mais tempo e nem sempre você vai encontrar pessoas com
paciência para te esperar. A gente tem que pensar que ninguém está livre
disso”, comentou Silvia Monerat, recepcionista.
A auxiliar de serviços
gerais, Elisângela de Oliveira Souza, teve que aprender a lidar com a
deficiência desde cedo, pois o irmão ficou surdo ao contrair meningite aos 11
anos de idade. “É importante a gente saber como agir e saber também que eles
não gostam de ser tratados com indiferença. Hoje em dia a gente lida com ele
com a maior normalidade possível, mas assim que ele ficou surdo dos dois
ouvidos foi uma dificuldade tamanha, porque ele falava as coisas e a gente
perguntava se ele estava brincando”, revelou Elisângela.
Segundo dados de 2010, do
IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 23,9% da população
brasileira possui algum tipo de deficiência. Desses, 57,2% são deficientes
visuais, 22,1% têm deficiência física, 15,4% auditiva e 5,3% são deficientes
mentais.
Consciente dessa realidade,
a FMP/Fase investiu na eliminação de barreiras arquitetônicas, criou o Programa de
Assessoria Psicopedagógica, disponibiliza recursos para auxiliar na realização
do vestibular pelo candidato com deficiência, adequou seus critérios de
avaliação do desempenho do estudante, incluindo estratégias que consideram as
especificidades de cada aluno, e capacita continuamente seus funcionários na
linguagem de sinais e no atendimento especializado aos alunos com necessidades
especiais.
“A disseminação desses
conhecimentos é fundamental para que todos possam auxiliar quando aparecer um
problema pela frente. Esse trabalho é fruto da preocupação em atender cada vez
mais e da melhor forma possível as pessoas diferentes, as pessoas que têm
deficiência visual, auditiva, intelectual ou mental e oferecer para elas as
mesmas condições de uma pessoa comum”, explicou a professora Ana Helena
Goldenstein, psicopedagoga da instituição.
A faculdade disponibiliza, inclusive, vagas
reservadas no estacionamento, telefone público e bebedouro com altura adequada
para pessoas em cadeira de rodas, rampas com corrimãos, elevador com
sinalização em Braile, banheiros de uso exclusivo, cadeiras
para obesos e cadeiras para canhotos em salas de aula e computadores
específicos para deficientes visuais. A FMP/Fase também mantém uma cartilha atualizada
com orientações sobre acessibilidade no campus, disponível para consulta nos
balcões de atendimento e no site da faculdade.
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Departamento de Comunicação Faculdade Arthur Sá Earp Neto/Faculdade de Medicina de Petrópolis