O que era para ser apenas mais uma matéria do curso de Administração da Faculdade Arthur Sá Earp Neto (FMP/Fase) ganhou outra dimensão e ultrapassou os limites acadêmicos. Através da disciplina curricular Marketing Social, os alunos elaboraram projetos em prol da comunidade petropolitana, que foram apresentados durante a 4ª edição do Workshop Social da instituição.
O grande destaque desta edição foi o projeto Reviver e Recriar, que atua em dois âmbitos, social e ambiental. Após uma análise regional, foi identificado que há muito descarte de pallets e caixotes de madeira que poderiam ser reciclados e reaproveitados de maneira criativa. Ao verem notícias nos jornais sobre o aumento do número de moradores em situação de rua em Petrópolis, as alunas resolveram elaborar o projeto que atendesse às duas demandas. Uma alternativa sustentável com reciclagem de pallets de madeira e caixotes de feira, sendo utilizados para produção de itens de decoração (bancos, criado mudo, prateleiras, entre outros).
“O projeto tem como propósito a
geração de “know how” para residentes da Comunidade Terapêutica Mateus 25:35
que realiza um trabalho de recuperação de pessoas em situação de rua e
dependentes químicos. O intuito do projeto é a agregação de valor para essas
pessoas, motivando-as a recomeçar suas vidas e suas carreiras a partir de uma
nova perspectiva. Toda a renda arrecadada com a venda dos produtos
será destinada à ONG. Os materiais foram doados por empresas de Petrópolis, que se preocupam com a
responsabilidade social e ambiental, pois reconhecem a importância da
sustentabilidade, principalmente nos dias atuais, em que os recursos estão
ficando escassos", explica Gabriela Carvalho, aluna de Administração da
FMP/Fase que atua no projeto Reviver e Recriar.
"Esse projeto surgiu na hora certa, pois nossos
acolhidos estavam ociosos. Eles adoraram a proposta e começaram a lixar os
caixotes e a pintar. O nosso trabalho é conscientizar os moradores de que eles
precisam voltar ao mercado de trabalho, precisam sonhar. Eu percebo que, por
ter estado em situação de rua, muitos precisam apenas de um incentivo para
conseguir seguir em frente", acrescenta Jonas Tavares, presidente da
Comunidade Terapêutica ONG Mateus 25:35.
O Projeto Construção Financeira foi criado com o intuito de
ajudar pessoas de todas as classes sociais a ter uma vida melhor, não vivendo
apenas para pagar contas, mas conseguindo colher os frutos provenientes de seus
esforços, desmistificando assuntos como investimentos e poupança. Além disso,
os alunos incentivam a produtividade, o networking e um pensamento de sucesso.
O projeto 3ª vitrine surgiu a
partir da necessidade de trazer mais visibilidade aos projetos sociais pouco
conhecidos. O intuito é divulgar todos os projetos sociais de Petrópolis por
meio das redes sociais, centralizando a lista em um site, onde as pessoas
possam conhecer um pouco mais do programa, obter informações sobre os projetos
e tirar dúvidas sobre como se voluntariar, caso haja interesse.
Já o Projeto do Bem, nasceu de uma parceria com o projeto do
grupo 3º Vitrine, com a arrecadação de alimentos não perecíveis, água e
agasalhos para ajudar a população de Jardim Gramacho, um bairro
do município de Duque de Caxias, no estado do Rio
de Janeiro, onde funcionou,
de 1976 a 2012, o maior lixão da América
Latina, que apesar de ter sido oficialmente
desativado ainda funciona, recebendo grandes quantidades de resíduos
diariamente, faltando assim estrutura social para os moradores.
"Pesquisando, percebemos que muitos projetos
sociais na cidade e no Estado não têm muita credibilidade, porque muita gente
não entende o que eles fazem e o motivo dos trabalhos desenvolvidos. Atualmente,
estamos ajudando a população de Gramacho, justamente para mostrar à comunidade
que se envolver em um projeto social pode gerar muitos frutos positivos e que o
trabalho dá certo", afirma Larissa Dutra Fraga, aluna de Administração da
FMP/Fase inserida no Projeto 3ª Vitrine.
Através do empreendedorismo social, os alunos mostraram que
a Administração vai além dos números, podendo se utilizar de técnicas de
planejamento e organização de recursos para proporcionar qualidade de vida à
população.
"Eu acredito que quando conseguimos
transformar o nosso conhecimento em ações do bem, ou seja, os alunos trabalham
toda a teoria, eles aprendem as disciplinas e conseguem construir um projeto
que tem introdução, objetivo geral e específico, visando ações que vão ser
feitas para melhorar a sociedade, é um ganho profissional e humano difícil de
mensurar", destaca a professora Mônica Fontes, coordenadora do Workshop
Social da FMP/Fase.
FASE TV entrevista: Jonas Tavares, da ONG Mateus 25:35 |
Professora Mônica Fontes, coordenadora do Workshop Social. |
Integrantes do projeto Reviver e Recriar. |
Integrantes do projeto Educação Financeira. |
Integrantes do projeto 3ª Vitrine. |
Integrantes do Projeto do Bem. |
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Departamento de Comunicação Faculdade Arthur Sá Earp Neto/Faculdade de Medicina de Petrópolis