sexta-feira, 18 de outubro de 2019

Preservar a vida com ética

Maria Regina Bortolini, Gabriel Martins e Márcia Varrichio, da comissão organizadora da 25ª Semana Científica da FMP/Fase


Você já ouviu falar de bioeconomia? Talvez essa realidade o permeie e não tenha noção disso. Você discute sobre o uso de agrotóxicos? Se preocupa com o destino dos canudinhos, copos e sacolas plásticas que usa? Você utiliza máscara anti-aging? Você deseja viver num futuro sustentável?

Da pesquisa sobre alimentos funcionais à produção de alimentos transgênicos assim como o uso de células tronco, uma vasta gama de produtos, processos e serviços de base biotecnológica de menor impacto ambiental, com vistas a garantir maior sustentabilidade e qualidade de vida é o que define a bioeconomia. 

O Brasil tem a maior diversidade biológica do planeta, com muitos ativos de grande interesse para a economia, criando uma janela de oportunidades e garantindo “competitividade para novos empreendedores em segmentos vitais como a agricultura, a saúde, e as indústrias química, de materiais e de energia”, nas palavras do ex-presidente da Embrapa, Maurício Antônio Lopes. 

No entanto, para garantir a melhor utilização e aproveitamento da biodiversidade e respeito as comunidades tradicionais, sem comprometer os ecossistemas, é necessário construir políticas públicas que preconizem o respeito à vida.

Sobram temas para reflexão. Por isso, em nossa 25ª Semana Científica, de 23 a 25 de outubro, em Petrópolis, vamos discutir as possibilidades e os dilemas que o campo da bioeconomia nos traz, refletir sobre os limites éticos que ele exige, de modo a se preservar o cuidar como ética na vida, como uma atitude presente e cotidiana.

Estamos trabalhando a partir de dois eixos fundamentais: pensar a bioeconomia como oportunidade de desenvolvimento econômico, considerada a biotecnologia aplicada ao desenvolvimento de produtos, que hoje se coloca como uma grande oportunidade de negócio no mercado, mas também considerar que toda essa biodiversidade envolve não só o cuidado e a preservação de um patrimônio biológico, mas também de saberes tradicionais que estão relacionados à preservação dessa riqueza e de como, através dos tempos, diferentes povos de alguma forma construíram uma relação com o meio ambiente onde o respeito e o cuidado permitiram compreender a dinâmica possível entre o homem e a natureza que gera saúde, bem-estar e maior sustentabilidade para o planeta e para qualquer civilização humana.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Departamento de Comunicação Faculdade Arthur Sá Earp Neto/Faculdade de Medicina de Petrópolis