segunda-feira, 3 de agosto de 2009

O que saiu na imprensa

Meningite Meningocócica

Fonte: Professor Paulo César Guimarães

* Estado de Minas

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* Jornal " A Tarde" - Salvador/ Bahia

02 de agosto de 2008

72 pessoas morreram de meningite este ano na Bahia

Cibelle, do A TARDE
Marco Aurélio Martins Ag. A TARDE

Hospital Couto Maia, na Cidade Baixa, é o centro de referência para tratamento
Pouca gente sabe, mas o inverno pode causar danos bem maiores do que uma simples gripe. A meningite é presença quase sempre certa nesta época. De acordo com informações da Secretaria de Saúde do Estado (Sesab), até a última sexta-feira, 72 pessoas morreram vítimas da doença na Bahia este ano, sendo 629 casos confirmados. Só a meningite menincogócica, a forma mais grave da doença, matou 26 pessoas em 30 municípios do Estado. Os dados alertam para os perigos da doença, que pode infectar tanto crianças como adultos.
O pediatra e infectologista Paulo César Guimarães, professor da Faculdade de Medicina de Petrópolis e membro do Departamento de Infectologia da Sociedade Brasileira de Pediatria, explica que a meningite é um processo inflamatório e infeccioso que atinge as meninges (membranas cerebrais que revestem o sistema nervoso central) e que pode levar a vítima ao estado de coma e até à morte.
Segundo o especialista, a doença pode ser causada, principalmente, por vírus ou por algumas espécies de bactérias, que entram no organismo por meio das vias respiratórias – o que explica a maior incidência da doença no inverno. Ambientes fechados são favoráveis à transmissão dos agentes biológicos.
Prevenção – Como é possível, então, se prevenir da doença? Uma das formas são as vacinas, encontrada em centros de saúde particulares. De acordo com o infectologista Guimarães, não há outro método tão eficiente quanto a vacinação. “As pessoas podem evitar a meningite da mesma forma que evitam uma gripe, evitando ambientes fechados e proximidade com quem está com o vírus, mas nada substitui a eficácia da vacina”, pontua.
O ideal, segundo o médico, é se vacinar contra a meningite desde cedo. Crianças de até dois anos estão mais suscetíveis a contrair meningite porque não desenvolveram ainda imunidade aos agentes que provocam a doença. No entanto, adultos que não se vacinaram na infância e trabalham em lugares com pouca ventilação, por exemplo, ou que sofrem de doenças respiratórias, também estão vulneráveis. Rigidez da nuca, febre, dores de cabeça são alguns dos sintomas. Os recém-nascidos apresentam perda da capacidade de sucção e moleira abalada, ou seja, um pouco levantada.
O infectologista ainda ressalta que a população não precisa ficar preocupada com o risco de uma epidemia no momento. “A meningite é uma doença sazonal que pode ser evitada. O número de casos da doença ainda é controlado no Brasil”, afirma.
Referência – O Sistema Único de Sáude (SUS) disponibiliza vacinas para tipos como Hemofilos influenzae, responsável pela meningite em crianças pequenas, deixando, inclusive, mais sequelas que a meningite meningocócica. Guimarães lembra que, não só para meningite, mas para quase todas as doenças, a prevenção mais eficiente é a vacinação.
O Ministério da Saúde (MS) implantou Centros de Referência de Imunobiológicos Especiais (CRIEs) em todo País (atualmente são 38 CRIEs) para casos mais sérios. Em Salvador, funciona no Hospital Couto Maia.