terça-feira, 11 de julho de 2017

Saúde mamária ganha atenção especial em Petrópolis

Carlos Vinícius Pereira Leite
Professor da FMP/Fase
A luta contra o câncer entre as mulheres ganhou o reforço de cerca de 200 médicos e enfermeiros, além de 350 agentes comunitários do Programa de Saúde da Família, em Petrópolis. O grupo está sendo treinado com o projeto "Capacitação das equipes da Estratégia Saúde da Família - um caminho para implementar a prevenção secundária do câncer de mama". A iniciativa é do Serviço de Mastologia do Hospital de Ensino Alcides Carneiro, em parceria com a Faculdade de Medicina de Petrópolis/Faculdade Arthur Sá Earp Neto (FMP/Fase), Serviço Social Autônomo Hospital Alcides Carneiro e Prefeitura, com apoio da Roche.

Foram elaboradas duas cartilhas de "Saúde Mamária", com conteúdo adaptado para servir de guia rápido na orientação e consulta de médicos, enfermeiros e agentes comunitários. O trabalho começou em maio e vai até agosto. Segundo o médico Carlos Vinícius Pereira Leite, professor da FMP/Fase que está à frente do projeto, o papel dos profissionais é fundamental para a melhoria do fluxo de pacientes na rede de serviços da linha de cuidados da saúde mamária, contribuindo para o diagnóstico precoce e a redução da mortalidade por câncer de mama. A ação também conta com a participação de alunos da faculdade, no apoio ao esclarecimento das mulheres.

Carlos Vinícius Pereira Leite explica que, na organização do Sistema de Saúde no Brasil, a atenção básica é a principal porta de entrada dos usuários, sendo responsável pelo encaminhamento dos que necessitam de atendimento em unidades com mais complexidade e aparatos tecnológicos:

“Nossa intenção é capacitar os profissionais de atenção básica, para que atuem em todas as fases no atendimento às mulheres e no diagnóstico do câncer de mama. O objetivo é melhorar o acesso à informação e o rastreamento dos casos, para garantir que o tratamento seja realizado, orientando a comunidade e promovendo a saúde, para que cresça o público-alvo das mamografias. Vimos que só uma capacitação teórica não seria suficiente. Era preciso também investir no lado prático das equipes, para que as pacientes tenham um melhor atendimento, com profissionais qualificados em todas as fases do tratamento”.