A Faculdade de Medicina de Petrópolis/Fase foi uma
das selecionadas por um edital da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do
Rio de Janeiro (Faperj) para o financiamento de projetos para a realização de
ensaios clínicos em seres humanos. Além da instituição, outros sete trabalhos
foram contemplados, todos de instituições públicas. O título do projeto
da FMP/Fase é "Estudo clínico para avaliação
da segurança e eficácia de condrócitos autólogos para o tratamento de lesões
degenerativas da articulação temporomandibular”.
A ideia é utilizar células do
próprio indivíduo no tratamento das alterações degenerativas da Articulação
Tempomandibular (ATM). O problema atinge a região oral e facial, podendo
comprometer a qualidade de vida do paciente, causar dores crônicas e
dificuldades de mastigação, segundo o coordenador do curso de pós-graduação em
Dor Temporomandibular e Dor Orofacial da FMP/Fase, professor Ricardo Tesch, que
realizará os estudos com o professor convidado Radovan Borojevic.
“A proposta é que, pela primeira vez,
possamos oferecer essa terapia, depois de provar sua eficácia e segurança em
humanos. O benefício esperado é o fim da dor do paciente, que poderá voltar a
falar e a mastigar normalmente. No processo de regeneração da cartilagem
articular, utilizaremos células retiradas do adepto nasal. O acesso é fácil e
elas têm as características adequadas. Conseguiremos isolar as células da
cartilagem e multiplicar os condrócitos para depois injetá-las na articulação.
Depois, com uma tomografia computadorizada, avaliaremos a capacidade de
regeneração da cartilagem”, explica Ricardo Tesch.