sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

Universitários orientam crianças e adolescentes sobre os excessos no carnaval

Nesse período de carnaval, há quem aproveite os dias de folga para descansar, mas essa também é a época das festividades para muitos. E, tem sempre aquele grupinho que exagera. Pensando na segurança e no bem-estar dos foliões mais jovens, um grupo de estudantes da Faculdade Arthur Sá Earp Neto (FMP/Fase), que integram a Liga Acadêmica de Saúde da Família e Comunidade, realizaram um bate-papo, nessa quinta-feira(23), sobre sexualidade e consumo de álcool com os alunos da Escola Municipal Odette Fonseca, no bairro Duques.

A iniciativa teve como foco crianças e adolescentes, por serem mais receptivos a novas opiniões e mudanças de hábitos. O objetivo é que eles levem o debate para dentro de casa. “Eu acho que é nossa obrigação como sociedade, como alunos, de passar para frente o que a gente tem de educação e não reter esse conhecimento. Então eu acho que atingir as crianças é a melhor forma, porque elas podem ser uma sementinha e, de repente, mudar uma coisa que a gente não conseguiria se o trabalho fosse direcionado a adultos”, explica Luana Bassane Guimarães, estudante de Medicina da FMP/Fase.

Para atrair a atenção dos jovens, a conversa fluiu de forma bem dinâmica e descontraída, com direito a marchinhas de carnaval e muito confete e serpentina. A professora Eligia da Silva Portella aprovou a abordagem lúdica da atividade. “Com uma linguagem diferenciada o recado foi brilhantemente passado. Nós estamos inseridos em uma comunidade distante e os nossos alunos infelizmente não têm acesso à cultura. Então, a gente sempre tenta abraçar projetos que venham mostrar para eles que, além do Duques, existe uma vida e que eles podem estar inseridos nessa vida como cidadãos plenos”, avalia a pedagoga da escola.

A FMP/Fase é signatária da campanha nacional contra o abuso e a exploração sexual de crianças e adolescentes, desde 2012, e vem promovendo ações de combate a essa prática, como a utilização do selo "FAÇA BONITO", em todas as suas peças de divulgação, e a realização de palestras nas comunidades de Petrópolis e cidades vizinhas. As denúncias podem ser feitas no conselho tutelar mais próximo ou para o Disque Denúncia Nacional (Disque 100), um serviço de utilidade pública, que recebe e encaminha denúncias de violências contra meninos e meninas.