terça-feira, 4 de novembro de 2008

Bossa do Rio em Noites Imperiais

Na sexta feira, dia 7 de novembro, o Bar e Restaurante Beco do Barão inaugura sua prova de união às Artes Plásticas e homenageia, através desta parceria, o movimento musical nascido em 1968, que mudou a cara do Rio de Janeiro, desde então: a Bossa Nova.

Outros ritmos musicais oriundos do Rio de Janeiro também serão privilegiados através do projeto, já que, até para o ícone João Gilberto, ao que chamavam de Bossa Nova ele chamava de Samba, prova de que a união musical do Rio tem muito mais estilo do que nomes e sobrenomes.

Cumprindo seu objetivo de unir talentos, somar criatividade, valorizar artistas e se tornar uma grande casa de efervescência cultural, o próprio Rio de Janeiro é também homenageado junto aos 50 anos da Bossa Nova, que tem seu aniversário comemorado a partir da gravação do compacto Chega de Saudade, parceria de João Gilberto, Tom Jobim e Vinicius de Moraes.

Para enriquecer a proposta comemorativa, o Beco do Barão inaugura, no dia 7 de novembro um painel artístico que ocupará por 3 meses o lugar de destaque da casa, o qual vem sendo pintado a 6 mãos, as de Rosa Paranhos, de Rodrigo Henter e de Cláudio Partes.

Além disso, somando-se à proposta, outros artistas plásticos se uniram à iniciativa cultural e estão climatizando os cardápios da Casa. Serão 11 cardápios trazendo na capa as artes pintadas pelos artistas petropolitanos André Muller, Rosa Paranhos, Cláudio Partes, Rodrigo Henter, Ludmila Karmel, Bia Penna, Cris Borzino, Emidio Montenegro, Doug e Julia Miranda. Catarina Maul, revivendo sua paixão antiga e amadora pelos desenhos, vai, também, ousar participar. Todos estão confeccionando suas obras a partir de cenas do Rio e da própria Bossa Nova.

A abertura do projeto contará com vernissage às 20h, seguindo de apresentação do Grupo Receita do Samba, com Letícia, Guto Menezes, Yuri Garrido, Igor Nicolai, Leandro Tartaruga e Maquininha. O primeiro set de apresentação será de Bossa Nova, e em seguida o samba vai rolar. Também contará com exibição no telão de cenas da Bossa Nova e com intervenções na decoração.

A produção do projeto é da pedagoga e produtora cultural Catarina Maul, que também produz a identidade da casa, e a curadoria da exposição é de Rosa Paranhos.

A entrada do Beco do Barão é 7 reais e o endereço é Rua 13 de maio, 252 – terceiro piso do Coral Concórdia. Telefone para reserva e contato: 8826-3370.

FASE/FMP promove palestra dentro da Campanha de Prevenção ao Câncer de Pele

Dentro da Campanha de Prevenção ao Câncer de Pele, na próxima quinta-feira, dia 6, a partir das 19h30, a Faculdade Arthur Sá Earp Neto e Faculdade de Medicina de Petrópolis promovem a palestra Melanoma – Atualização. O evento tem como objetivo sensibilizar os profissionais da área médica para a importância da detecção precoce do melanoma, um dos mais sérios cânceres de pele.

Proferida pelo cirurgião plástico Maurício Bescow Baisch, a palestra é uma iniciativa da FASE/Faculdade de Medicina de Petrópolis e da Sociedade de Dermatologia e é voltada para médicos, profissionais da área de saúde e estudantes de medicina. A entrada é franca. “Nosso principal objetivo é sensibilizar os médicos para que eles pensem no melanoma na hora de examinar o paciente. É importante que num caso de suspeita do problema, o paciente seja encaminhado a um especialista para um exame profundo”, explicou a dermatologista Fátima Minuzzo, professora da Faculdade de Medicina de Petrópolis e uma das organizadoras do evento.
O melanoma cutâneo é um tipo de câncer que tem origem nos melanócitos (células produtoras de melanina, substância que determina a cor da pele) e tem predominância em adultos brancos. Embora só represente 4% dos tipos de câncer de pele, o melanoma é o mais grave devido à sua alta possibilidade de metástase.

Os fatores de risco para o melanoma, em ordem de importância, são: a sensibilidade ao sol (queimadura pelo sol e não bronzeamento), a pele clara, a exposição excessiva ao sol, a história prévia de câncer de pele, história familiar de melanoma.

É importante que a pessoa fique atenta aos sinais presentes em sua pele. “É preciso ficar atento a um sinal que, de alguma forma, muda de aparência. Uma pinta que cresce, muda de cor, coça, dói ou inflama é um sinal de alerta. Nestes casos, é preciso procurar um especialista para um exame detalhado”, explicou Dra. Fátima Minuzzo.

Como os outros tipos de câncer de pele, o melanoma pode ser prevenido evitando-se a exposição ao sol no horário das 10h às 16h, quando os raios são mais intensos. Mesmo durante o período adequado é necessária a utilização de proteção como chapéu, guarda-sol, óculos escuros e filtros solares com fator de proteção 15 ou mais.


(Por Letícia Muniz, Planeg)

CURSO DE ENFERMAGEM REALIZA PROJETO SOBRE DROGAS LÍCITAS E ILÍCITAS

Segundo a OMS, o consumo de drogas psicoativas é considerado problema de ordem social, não somente em função de sua alta freqüência, mas principalmente devido às conseqüências prejudiciais para a saúde dos indivíduos e, conseqüentemente, para a sociedade. Assim, a OMS recomenda que os governos desenvolvam programas assistenciais na rede básica de saúde, de modo a facilitar o acesso ao tratamento. Recomenda ainda que a visão social sobre as drogas seja influenciada positivamente por medidas preventivas e educacionais que combatam o estigma de que é vítima o usuário de drogas. Aqui o professor tem um papel fundamental ao trabalhar esse assunto com os jovens para que haja a reflexão crítica e construção de valores, já que esse grupo adolescente encontra-se muito suscetível a informações da mídia e acontecimentos da sociedade.

Com esta orientação, as alunas Aline Carandina, Edna Abreu, Juliana Pinheiro, Michele Santana, Natália Martins, Rafaela Barbosa e Sandra Ribeiro, do 8º período do curso de Enfermagem da FASE, junto com as Professoras Lumena Motta e Miriam Heidemann, criaram o Projeto Drogas Lícitas e Ilícitas que hoje é colocado em prática com alunos do Ensino Médio do Colégio D. Pedro.

A atividade, no formato de curso, está disposta em oficinas, dinâmicas de grupo, reflexões e dramatizações dos alunos sobre o tema, que foi escolhido devido à grande importância nos dias atuais e a elevada incidência entre os jovens. O curso tem 4 encontros semanais em cada turma do Colégio, atingindo 16 turmas e cerca de 640 adolescentes, se propondo a estimular a consciência crítica a cerca do uso das drogas e descrever drogas lícitas e ilícitas, relacionando-as aos seus malefícios e aos problemas sociais provocados pelo uso das mesmas, além de promover socialização entre os grupos através de dramatizações. Com isso, os adolescentes aprendem a identificar drogas lícitas e ilícitas e a reconhecer os efeitos e malefícios de cada droga. Ao final do curso, os alunos de Ensino Médio do Colégio D. Pedro deverão apresentar cartazes confeccionados por eles, demonstrando a análise crítica acerca do tema abordado.

(Fonte: Projeto Drogas Lícitas e Ilícitas, Enfermagem – FASE, Setembro 2008)

PESQUISADORES CONSEGUEM APAGAR SELETIVAMENTE MEMÓRIA DE ROEDORES

por Reinaldo José Lopes, no G1 22/10/2008

Camundongos transgênicos não sofrem desilusões amorosas nem se reclinam no divã do psicanalista, mas alguns desses bichos passaram por uma experiência digna do filme cult "Brilho eterno de uma mente sem lembranças": sua memória foi seletivamente apagada. O experimento, conduzido por uma equipe sino-americana, levanta a intrigante possibilidade de realizar o mesmo truque para "deletar" traumas ou memórias indesejáveis - embora ainda haja um abismo entre o que foi feito com os roedores e as lembranças naturais de seres humanos.

No trabalho, coordenado por Joe Z. Tsien, da Faculdade Médica da Geórgia (EUA), e publicado na revista científica "Neuron", os pesquisadores desenvolveram uma forma complexa e inovadora de manipular a proteína alfa-CaMKII. Trata-se de uma peça essencial da formação das memórias no cérebro. "As moléculas de CaMKII são uma forma química de memória", explica o neurobiólogo Martín Pablo Cammarota, professor da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS).

Um dos problemas enfrentados na passagem de mensagens entre os neurônios (células nervosas) é como lidar com a passagem de íons (átomos eletricamente carregados) do elemento químico cálcio. Ao mesmo tempo em que é necessário para a comunicação entre neurônios, o cálcio também é tóxico para a célula. Resolver o dilema é um dos papéis da alfa-CaMKII (cuja sigla corresponde ao complicado nome "quinase II dependente de cálcio calmodulina"). "Os aumentos de cálcio são sempre transientes [ou seja, passageiros], algo muito rápido e localizado", diz Cammarota. "Então, é preciso algum mecanismo para que a célula ´lembre´ que esse aumento ocorreu."

O cérebro faz isso por meio de uma modificação química envolvendo a alfa-CaMKII - modificação que pode ser "reencenada" mesmo depois do evento que ocasionou o aumento de cálcio original. Com isso, surge uma base química para a memória - base que foi manipulada por Tsien e seus colegas nos EUA e na China.

Nascidos para esquecer

O problema de mexer com a alfa-CaMKII, porém, é que a proteína faz parte de uma família de moléculas muito parecidas com ela - tão semelhantes, de fato, que mexer em uma equivaleria a mexer em todas. O que os pesquisadores fizeram, portanto, foi criar camundongos transgênicos que carregavam uma versão especialmente projetada da alfa-CaMKII, feita para interagir apenas com um inibidor químico (uma espécie de antídoto da proteína) desenhado por eles.

"É uma brincadeira muito interessante o que eles fizeram, e essa é a grande novidade desse trabalho. O problema é saber como isso se reflete no modelo. É como se eu dissesse que quero saber como é namorar uma mulher bonita, mas, para isso, vou namorar uma mulher feia", compara o pesquisador da PUC-RS.

De qualquer maneira, os camundongos transgênicos mostraram uma produção 36% do que o normal da alfa-CaMKII modificada, e uma atividade 200% da proteína. O resultado, porém, foi que os bichos, em condições normais, eram incapazes de formar boas lembranças - a menos que os pesquisadores injetassem neles o inibidor da alfa-CaMKII. Com o antídoto nas veias, os bichos conseguiam aprender a temer um choquinho nas patas, por exemplo. Mas, quando eles não mais recebiam o inibidor e eram colocados num contexto que normalmente faria com que se lembrassem do trauma, puf! - a memória desaparecia.

O efeito provavelmente é específico para a memória criada com a ajuda do antídoto porque, quando os pesquisadores tentavam recuperá-la uma segunda vez, agora injetando o inibidor novamente nos roedores, eles continuavam desmemoriados.

Natural?

Cammarota elogia o virtuosismo técnico dos criadores dos camundongos desmemoriados, mas explica que há limitações sérias nos resultados. "É claro que isso sugere a possibilidade de apagar seletivamente uma memória, mas é importante lembrar que eles fizeram isso partindo de um sistema anormal, em animais que já tinham dificuldade de aprendizado e memória. Por isso, se você me perguntar se estamos mais perto de fazer isso em humanos graças a esse artigo, eu diria que não."

Tsien e companhia se dizem cientes das dificuldades. "Ninguém deve esperar uma pílula que faça a mesma coisa em pessoas tão logo. Estamos apenas no sopé de uma montanha muito alta", disse ele em comunicado oficial.

CIENTISTAS CRIAM TOMATE ROXO QUE ´PODE EVITAR CÂNCER'


Cientistas britânicos desenvolveram um tomate roxo que, acreditam, poderá ajudar a prevenir câncer. A fruta é rica em um pigmento antioxidante chamado antocianina - encontrado também em frutas como amoras -, conhecida por ajudar a desacelerar o crescimento de células cancerígenas.

Uma equipe do John Innes Centre, em Norwich, na Inglaterra, desenvolveu os tomates roxos ao incorporar genes da planta boca-de-dragão, rica em antocianina. O estudo foi publicado na revista acadêmica Nature Biotechnology.

A antocianina se acumulou nos tomates em níveis mais altos do que os atingidos anteriormente e deu à pele e à polpa da fruta uma cor roxa intensa. Os pesquisadores realizaram testes com ratos criados para serem suscetíveis a câncer. Os animais que tiveram sua dieta complementada com os tomates roxos viveram mais tempo do que os que comeram tomates vermelhos. "Este é o primeiro exemplo de um organismo geneticamente modificado com um elemento que realmente oferece um benefício potencial a todos os consumidores", disse a pesquisadora Cathie Martin.

O próximo passo será testar os tomates roxos em voluntários humanos.


Repercussão

A equipe do John Innes Centre investiga maneiras de aumentar os níveis de compostos saudáveis em frutas e legumes mais consumidos. "A maioria das pessoas não come cinco porções de frutas e legumes por dia, mas pode se beneficiar mais com aqueles que comem se frutas e legumes puderem ser cultivados com níveis mais altos de compostos ativos", disse Martin.

Lara Bennett, da organização Cancer Research UK elogiou a pesquisa, mas disse que é ainda "muito cedo para dizer se a antocianina obtida através da dieta pode realmente reduzir o risco de câncer." Paul Kroon, do Instituto Food Research, em Norwich, disse que o estudo é "importante", mas que seria errado assumir que os resultados obtidos em ratos serão os mesmos obtidos em humanos. Já a nutricionista Anna Denny, da British Nutrition Foundation, disse que não há uma "fórmula mágica" contra doenças do coração e câncer. "Frutas e legumes com níveis mais altos de componentes saudáveis não devem ser vistos como um substituto para uma dieta saudável equilibrada", afirmou.


(Fonte: BBC Brasil)