segunda-feira, 21 de junho de 2010

Cine debate discute o filme "Ensaio sobre a Cegueira"

A liga de Cardiologia e Centro Cultural realizaram na última sexta-feira um cine debate sobre o filme "Ensaio sobre a Cegueira", do escritor José Saramago.
A exibição reuniu mais de 30 alunos. A professora Márcia do Amaral discutiu o tema com os participantes no âmbito da filosófia e sociologia, analisando o que o filme quer dizer.
Após a discussão, a professora ainda prestou uma homenagem ao escritor, que faleceu neste mesmo dia (18-06-2010).

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Processo Seletivo de inverno


Neste domingo, 13 de junho acontece o primeiro processo seletivo de inverno da FASE.

A prova será realizada a partir das 09 da manhã no Campus Barão.




terça-feira, 8 de junho de 2010

Debate discute o filme "Ensaio sobre a cegueira"

O vencedor do Prêmio Nobel de literatura, José Saramago, e o aclamado diretor Fernando Meirelles (O Jardineiro Fiel, Cidade de Deus) trazem a comovente história sobre a humanidade em meio à epidemia de uma misteriosa cegueira. É uma investigação corajosa da natureza, tanto a boa como a má - sentimentos humanos como egoísmo, oportunismo e indiferença, mas também a capacidade de nos compadecermos, de amarmos e de perseverarmos.

O filme começa num ritmo acelerado, com um homem que perde a visão de um instante para o outro enquanto dirige de casa para o trabalho e que mergulha em uma espécie de névoa leitosa assustadora. Uma a uma, cada pessoa com quem ele encontra - sua esposa, seu médico, até mesmo o aparentemente bom samaritano que lhe oferece carona para casa terá o mesmo destino. À medida que a doença se espalha, o pânico e a paranóia contagiam a cidade. As novas vítimas da "cegueira branca" são cercadas e colocadas em quarentena num hospício caindo aos pedaços, onde qualquer semelhança com a vida cotidiana começa a desaparecer.
Dentro do hospital isolado, no entanto, há uma testemunha ocular secreta: uma mulher (JULIANNE MOORE, quatro vezes indicada ao Oscar) que não foi contagiada, mas finge estar cega para ficar ao lado de seu amado marido (MARK RUFFALO). Armada com uma coragem cada vez maior, ela será a líder de uma improvisada família de sete pessoas que sai em uma jornada, atravessando o horror e o amor, a depravação e a incerteza, com o objetivo de fugir do hospital e seguir pela cidade devastada, onde eles buscam uma esperança.

A jornada da família lança luz tanto sobre a perigosa fragilidade da sociedade como também no exasperador espírito de humanidade. O elenco conta com: Julianne Moore (Longe do Paraíso, As Horas), Mark Ruffalo (Zodíaco, Traídos Pelo Destino), Alice Braga (Eu Sou a Lenda, Cidade de Deus), Yusuke Iseya (Sukiyaki Western Django, Kakuto) Yoshino Kimura (Sukiyaki Western Django, Semishigure), Don McKellar (Monkey Warfare, Childstar), Maury Chaykin (Verdade Nua, Adorável Julia), Danny Glover (Dreamgirls - Em Busca de Um Sonho, A Cor Púrpura) e Gael García Bernal (Babel, Diários de Motocicleta, E Sua Mãe Também).

* Debate
18/06 - sexta-feira
às 18 horas no Auditório do Centro Cultural

Café filosófico de junho


Artigo sobre Judicialização da Saúde é publicado no O Globo

A judicialização da Saúde e o financiamento do SUS


Paulo Sá*

O Senado aprovou um novo capítulo na Lei Orgânica de Saúde que prevê uma série de exigências ao Estado para garantir tratamento médico e fornecimento de medicamentos aos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). Disciplinar o processo de aquisição de novas tecnologias é louvável, mas o processo que agora segue para tramitação na Câmara dos Deputados merece uma análise cuidadosa.

A iniciativa é uma tentativa de frear a judicialização da saúde em que pacientes diante da carência de remédios entram com ações judiciais para garantir o acesso ao medicamento. Caso o Estado não providencie uma solução, o resultado costuma ser mandatos de prisão do secretário de Saúde ou bloqueio das contas públicas.

Se aprovado, o Projeto de Lei (PL) obriga o SUS a atualizar todos os anos a lista de remédios que não é alterada há quase uma década! Ao longo deste período, o sistema de saúde foi sendo sucateado e o orçamento para a pasta não acompanhou o crescimento e o envelhecimento da população brasileira.

Um dos argumentos que levou a discussão ao Congresso foi o desequilíbrio nas contas públicas da União, Estados e municípios gerado pelo processo de judicialização da saúde. A pergunta é: como, então, o dinheiro vai aparecer para comprar esses medicamentos? Na forma pela qual se realiza o financiamento do SUS, o elo mais fraco, o município, acaba por arcar com a parte mais pesada do orçamento da Saúde, pois os repasses da União e dos Estados nunca são suficientes para fechar a conta.

A Lei Orgânica da Saúde estabelece que o financiamento da saúde é uma co-participação da União, Estados e municípios. Este financiamento foi baseado em séries históricas de produção de procedimentos e de valores pagos há décadas atrás. O repasse da União para os municípios é baseado em uma tabela de procedimentos completamente defasada, apesar da atualização recente. Isso proporciona, nos municípios, um rombo em suas contas, pois eles têm que completar a diferença com o próprio orçamento. Por mais que a União alegue realizar compensações no repasse financeiro, elas não passam de maquiagem sempre atrelada a conchavos políticos.

O meu temor é que este vire mais um PL que “não pegue” e, mais uma vez, teremos um bom texto legislativo que de nada serve na prática. Tão importante quanto novas leis é a sociedade organizada criar instrumentos de pressão que assegurem a prestação do atendimento de qualidade à população e fazer valer os direitos que já lhe estão assegurados. No Brasil, é preciso validar as leis com o apoio de toda a nação. Em ano de eleição, é importante estar atento aos debates dos pré-candidatos e às suas respectivas propostas para a área de Saúde, pilar fundamental, junto com a Educação, para o crescimento sustentável de um país.

*Paulo Sá é professor da Faculdade de Medicina de Petrópolis.

** Leia o artigo publicado clicando na imagem ao lado.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Cores para uma alimentação saudável

A importância de uma alimentação saudável é o mantra repetido por profissionais de saúde para redução do risco de câncer e de doenças no coração. A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que pelos menos cinco porções de frutas, legumes e verduras estejam presentes nas refeições. Quanto mais colorido o prato, melhor. Mas a dificuldade da maioria das pessoas é aplicar esse ensinamento na rotina diária, conforme aponta a nutricionista Brigitte Olichon, professora de nutrição da FASE (Faculdade Arthur Sá Earp Neto). Isso porque na maioria das vezes as pessoas não equilibram as suas combinações.

A dica é ingerir alimentos de cinco cores diferentes ao dia: vermelho, laranja, roxo, verde e branco. “Frutas e vegetais fortemente matizados, ou seja, coloridos, oferecem uma vasta gama de vitaminas, minerais, fibras e substâncias fitoquímicas das quais o nosso corpo necessita para manter uma boa saúde e adequados níveis de energia, protegendo contra os efeitos da idade e reduzindo o risco doenças”, explica.

Além disso, a interação química entre alimentos de cores diferentes pode ajudar a obter melhores resultados. “Em alguns casos, o efeito das substâncias é potencializado pela interação com outros compostos. Assim, aqueles que misturam vegetais de várias cores têm mais chance de tirar proveito de seus nutrientes”, afirma a professora Brigitte.

Os alimentos da cor branca (palmito, couve-flor etc), por exemplo, devem ser consumidos junto com elementos protéicos, como as carnes, pois são ricos em vitamina B6, substância que ajuda o organismo a usar melhor a proteína. Já os alimentos de cor verde, ricos em ferro, fazem uma boa combinação com os de cor laranja. Isso porque a vitamina C desses alimentos aumenta a absorção do ferro.

Para promover o esclarecimento da população e ajudar as pessoas no processo de reeducação alimentar, a nutricionista desenvolve no Posto de Saúde da Família de Nova Cascatinha, em Petrópolis-RJ, o projeto 5 ao Dia. Implementado recentemente, o projeto é baseado no "Programa 5 ao Dia", gerenciado no Brasil pelo Instituto Brasileiro de Orientação Alimentar - IBRA, a partir de orientações da OMS. A iniciativa consiste no estímulo ao consumo diário de no mínimo 5 vegetais de 5 cores diferentes.


Propriedades de cada cor:

- Vermelho: fontes de carotenóides, que são precursores da vitamina A. Bom para o coração e para a memória, previnem o câncer e fortalecem olhos e pele. O licopeno, fitoquímico encontrado em alguns alimentos deste grupo, ajuda na prevenção do câncer de próstata.

- Laranja: também são fontes de carotenóides e ricos em vitamina C, antioxidante fundamental para a proteção das células. Ajudam a manter a saúde do coração, da visão e do sistema imunológico.

- Roxo: contém niacina (vitamina do Complexo B), minerais, potássio e também vitamina C. Mantém a saúde da pele, nervos, rins e aparelho digestivo e retardam o envelhecimento. Grande parte dos alimentos deste grupo possuem ainda um poderoso antioxidante que previne doenças cardíacas.

- Verde: ricos em cálcio, fósforo e ferro. Promovem o crescimento e ajudam na coagulação do sangue, evitam a fadiga mental, auxiliam na produção de glóbulos vermelhos do sangue, além de fortalecer ossos e dentes.

- Branco: vitaminas do complexo B e os flavonóides, que atuam na proteção das células. Auxiliam na produção de energia, no funcionamento do sistema nervoso e inibem o aparecimento de coágulos na circulação.


Identifique os alimentos:

- Vermelho: acerola, cebola vermelha, cereja, ciriguela, goiaba vermelha, grapefruit, maçã, melancia, morango, pêra vermelha, pimenta, pimentão vermelho, rabanete, romã, tomate e uva vermelha.

- Laranja: abacaxi, abóbora, abiu, ameixa amarela, batata baroa, batata doce, batata inglesa, caju, carambola, caqui, cenoura, damasco, gengibre, kino, laranja, mamão, manga, maracujá, mexerica, moranga, melão, milho, nectarina, pêssego, pimentão amarelo, sapoti e tangerina

- Roxo: alcachofra, almeirão roxo, alface roxa, alho roxo, ameixa preta, amora, azeitona preta, batata roxa, berinjela, beterraba, cebola roxa, figo roxo, framboesa, jaboticaba, jamelão, lichia, mirtilo, repolho roxo e uva roxa.

- Verde: abacate, abobrinha verde, acelga, almeirão, alface, azeitona verde, brócolis, cebolinha, coentro, couve, couve chinesa, couve de bruxelas, chuchu, ervilha, jiló, kiwi, limão, maxixe, mostarda, pepino, pimentão verde, quiabo, repolho, salsa, uva verde e vagem.

- Branco: aipim, aipo, alho, alho-poró, atemoya, aspargo, banana, batata baroa branca, cará, cebola, cogumelo, couve-flor, endívia, graviola, inhame, mangostin, nabo, pêra e pinha

Constipação Crônica pode ser prevenido com alimentação

A constipação intestinal ou dificuldade de evacuar é uma das queixas mais comuns nos consultórios médicos e de nutricionistas. Mais conhecida como “prisão de ventre” , o mal atinge principalmente mulheres e idosos e pode ter causas físicas e emocionais. A professora do curso de especialização em Nutrição Clínica da FMP/Fase, Patrícia Andrade, explica que a frequüência na evacuação varia de acordo com cada pessoa, e outros fatores, como o sedentarismo, a gestação, as alergias e a inibição, também contribuem para o problema.

A causa mais freqüente da constipação crônica, segundo a especialista, é a má alimentação. “A pouca ingestão de fibras e líquidos pode determinar, pois esses nutrientes aumentam o volume das fezes, mantendo-as hidratadas e macias” afirma. Para isso, Patrícia recomenda a ingestão de 25/30g de fibra, que são encontradas em frutas, vegetais e grãos, e o consumo de 2 litros de água diariamente.

Alerta

A evacuação com esforço excessivo, a presença de sangue e dor, fezes endurecidas e sensação de evacuação incompleta, são sinais que devem ser observados. A nutricionista ainda alerta que a constipação também pode ser causada por um desequilíbrio da microbiota intestinal, a Disbiose.

Essa doença reduz a quantidade das bactérias probióticas, microrganismos vivos, que quando ingeridos exercem funções fundamentais na manutenção da saúde, como a síntese de algumas vitaminas e a regulação do trânsito intestinal. A falta pode causar problemas no intestino, pois eles são inibidores dos microorganismos patógenos, que podem levar a doenças no órgão.

“A microbiota ou flora intestinal é composta por mais de 100 trilhões de microrganismos. O equilíbrio dessa microbiota é fundamental, pois os microrganismos desempenham funções orgânicas importantes” afirma Patrícia.

Dicas da Nutricionista Patrícia Andrade, da FMP/Fase:
- Alimente-se em horários regulares;
- Aumente o consumo dos alimentos ricos em fibras (cereais integrais, frutas e vegetais);
- Procure consumir diariamente leites fermentados
- Insira na sua alimentação os alimentos prebióticos, que são compostos fermentados pelos probióticos, e previnem o crescimento de patógenos (banana, alho, cebola, tomate e chicória).
- Beba bastante líquido, mais ou menos 2 litros por dia;