terça-feira, 1 de março de 2016

Alunas de Enfermagem da FMP/Fase e Unidade de Saúde realizam atividade de conscientização ao Aedes Aegypti em escola de Petrópolis

A equipe da Unidade de Saúde da Família, do bairro Machado Fagundes, e alunas do curso de Enfermagem da FMP/Fase realizaram uma atividade, no Colégio Irmã Cecília Jardim, sobre as doenças causadas pelo mosquito Aedes aegypti, os principais sintomas, formas de tratamento e prevenção. Também foi abordada a relação do Zika vírus com a microcefalia.
A apresentação aconteceu de forma dinâmica, onde os alunos respondiam as perguntas acerca do aspecto de cada doença, em conjunto com os agentes comunitários de saúde, atuantes na unidade, que acrescentavam informações relevantes sobre o assunto.
Na foto, as alunas de Enfermagem da FMP/Fase, Gisele Lopes, Nathália Felippe, Jéssica Dias e Talita Almeida.




Alunos da FMP/Fase fazem estágio em Banco de Células do Inmetro

Os alunos de Iniciação Científica do Centro de Medicina Regenerativa (CMR) da Faculdade de Medicina de Petrópolis (FMP/Fase) acabam de passar por um estágio de "Treinamento Básico em Cultura de Células". Com carga horária de 45 horas, a experiência aconteceu no Banco de Células do Rio de Janeiro (BCRJ), no Parque Tecnológico de Xerém do Inmetro.  O banco é o maior da América Latina com um acervo de mais de 400 linhagens celulares, sendo filiado à Organização Mundial de Coleções de Cultura – World Federation for CultureCollection
Desde a sua criação, em 1980, o BCRJ é considerado referência no isolamento, manutenção, armazenamento e distribuição de linhagens celulares de diferentes origens. O BCRJ é uma das coleções participantes da Rede Brasileira de Centros de Recursos Biológicos (Rede CRB-Br) para avaliação da conformidade de material biológico.
Dos 15 alunos de Iniciação Científica do CMR da FMP/Fase, coordenado pelo professor RadovanBorojevic, cinco puderam participar dessa atividade, no período de 18 a 22 de janeiro.  Durante esse período, os alunos acompanharam as atividades desenvolvidas nos laboratórios de cultura de células do BCRJ. Eles conheceram a estrutura física do laboratório e seguiram técnicos e pesquisadores na sua rotina de trabalho, observando, ao microscópio, as células cultivadas nos laboratórios, assim como a rotina de procedimentos, preparo de soluções, subcultivo de células e contagem de células.
“Os alunos se mostraram muito interessados em todas as atividades, tendo participado com bastante entusiasmo e interagido muito bem com os técnicos e pesquisadores do BCRJ e Inmetro. Demonstraram bastante interesse em desenvolver atividades práticas em laboratório, posteriormente a esse período de estágio. Disseram que nesse período, mesmo curto, já foi possível entender melhor as atividades que são desenvolvidas em um "laboratório de cultivo de células", além de ter sido muito proveitosa e enriquecedora a convivência e a troca de experiências com pesquisadores e alunos de pós-graduação do Inmetro”, conta a professora pesquisadora Esther Takamori, da FMP/Fase.
Segundo a professora, todos os envolvidos no treinamento (pesquisadores, alunos de pós-graduação, técnicos) elogiaram muito os alunos pelo seu interesse, entusiasmo e educação durante esse treinamento.  “Esse tipo de atividade possibilita ao aluno ter uma vivência científica fora da faculdade, permite-lhe, ainda, ampliar a sua visão do que é ciência, do que se faz e do que é possível se fazer em pesquisas científicas”, diz Esther. “Além disso, foi possível relacionar aspectos teóricos, vistos em seminários e discussões de artigos, com a parte prática, em laboratório, o que é de fundamental importância para o desenvolvimento técnico-científico”.
O aluno Gabriel Diaz gostou de vivenciar a dinâmica do laboratório com o maior acervo de linhagens de células da América do Sul: “Ele supre boa parte da demanda de recursos básicos necessários para pesquisa científica de ponta, tanto na área de medicina regenerativa como no campo de desenvolvimento de biomateriais. Foi uma experiência extremamente gratificante. Além disso, foi sensacional ter tido oportunidade de assistir a palestras e conversar com pesquisadores de altíssimo nível nas respectivas áreas de atuação. Essa oportunidade que a faculdade nos proporcionou reavivou ainda mais a vontade que eu tinha de desenvolver pesquisa na área de terapia celular, e de pesquisar na área da medicina translacional", afirma.

Além do BCRJ, a FMP/Fase desenvolve trabalhos em colaboração com pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro  (UFRJ), do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF), e do Laboratoire de BiologieTissulaire  et IngénierieThérapeutique, Université Lyon 1, France. 

Pesquisa da FMP/Fase tem apoio da Faperj para Medicina Regenerativa

Uma pesquisa desenvolvida em Petrópolis busca comparar o perfil celular e o comportamento in vitro dos condrócitos derivados da cartilagem do joelho e da cartilagem de septo nasal humano, para definir qual deles poderia ser utilizado em uma futura aplicação clínica. Condrócitos são células residentes do tecido cartilaginoso e o projeto, coordenado pela professora Esther RiekoTakamori, do Centro de Medicina Regenerativa da Faculdade de Medicina de Petrópolis (CMR da FMP/Fase), ganhou o apoio da Faperj- Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro.
A cartilagem de joelho e do septo nasal são fontes estratégicas de condrócitos, porém, elas possuem origens embriológicas distintas e é possível que essa diferença influencie seus respectivos potenciais quanto à regeneração de diferentes tecidos”, explica Esther, que desenvolve o projeto com os pesquisadoresRadovanBorojevic, Karla Menezes e Ricardo Tesch.
Segundo Esther, com a pesquisa, espera-se que seja possível delinear as diferenças comportamentais dos condrócitos derivados de cartilagem de joelho e de condrócitos derivados do septo nasal humano. O objetivo é contribuir para o desenvolvimento de uma nova abordagem terapêutica, que tem como proposta o transplante autólogo de condrócitos (em que se utiliza o tecido de um mesmo indivíduo), um tratamento de menor custo operacional para o sistema de saúde, menor risco para o paciente e com uma maior possibilidade de cura de doenças degenerativas articulares.
“O crescente envelhecimento da população humana é acompanhado pelo aumento da incidência de doenças degenerativas e incapacitantes. Lesões graves articulares, sobretudo no joelho e quadril, atingem inúmeros pacientes, que diante do fracasso de tratamentos conservadores evoluem para intervenção cirúrgica”, acrescenta Esther.
Atualmente, no Brasil, células humanas e seus derivados só podem ser disponibilizados para pesquisa clínica ou terapia mediante a comprovação de aprovação da pesquisa clínica pelo sistema CEP/Conep - Comitê de Ética em Pesquisa/Comissão Nacional de Ética em Pesquisa - ou comprovação de que o procedimento terapêutico é autorizado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) ou Conselho Federal de Odontologia (CFO).

No Centro de Medicina Regenerativa da FMP/Fase (CMR-FMP/Fase), coordenado pelo professor RadovanBorojevic, estão sendo estruturados Centros de Tecnologia Celular (CTC) que permitirão a manipulação de células para aplicação clínica, com o apoio da instituição e da Faperj. O CMR de Petrópolis também contará com um laboratório para estudos pré-clínicos. Nesse laboratório, estudantes de graduação e pós-graduação poderão receber treinamento para a manipulação de células e desenvolver projetos de pesquisa, sob a orientação dos professores do CMR da FMP/Fase.