sexta-feira, 22 de setembro de 2017

Conselho para o bem de todos

Nichole Ramos
Aluna de Nutrição da FMP/Fase e conselheira do Comsea

 
A Organização das Nações Unidas (ONU) elegeu Petrópolis como cidade resiliente das Américas, no mês de agosto, devido à elaboração do Plano Inverno 2017, que traça estratégias para prevenção e combate aos incêndios florestais que atingem o município no período de estiagem. “Resiliência, substantivo feminino [figurado]. Habilidade de se adaptar com facilidade às intempéries, às alterações ou aos infortúnios. Sinônimos: força, resistência e superação.” Esta é uma das definições da palavra resiliência que constam no dicionário, e ela pode igualmente ser aplicada à vida nos conselhos municipais. Força, resistência e superação estão presentes no cotidiano dos conselheiros.

As características que fizeram Petrópolis ganhar o título também são observadas nas práticas do Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional de Petrópolis (Comsea), do qual eu participo como conselheira há pouco mais de ano. A partir do momento que a sociedade, por meio dos seus representantes, participa de um conselho está zelando por um bem que é de todos, através de ações de prevenção e monitoramento.

Aluna de graduação em Nutrição na Faculdade Arthur Sá Earp Neto (FMP/Fase), considero um grande privilégio poder representar a instituição ocupando a cadeira de Ensino Superior no conselho. Além de associar na prática o conhecimento teórico adquirido no curso, eu aprendo muito com os conselheiros, presidente, vice-presidente e secretária. Aprendo, através do convívio, sobre responsabilidade para cumprir prazos, organização para que tudo seja feito da melhor forma, e união. Todos unidos, cada um com a sua bagagem de conhecimento e sua área de atuação, em prol de uma causa maior – a luta pela garantia da segurança alimentar e nutricional aos moradores de Petrópolis. 

Posso dizer que a minha participação num conselho municipal me faz crescer como pessoa e como cidadã. E isso não é pouco, num momento em que a maioria dos brasileiros e os jovens em particular se dizem desacreditados da vida política no país. Ao acompanharmos o cotidiano da cidade e suas carências, aprendemos o quanto é importante participar da construção do futuro que queremos, entendendo que podemos muito mais que votar de quatro em quatro anos.

Acessibilidade é tema de treinamento para funcionários da FMP/Fase


Na última segunda-feira (18), a Faculdade Arthur Sá Earp Neto (FMP/Fase), através da Comissão de Acessibilidade da instituição de ensino, promoveu um treinamento para os seus colaboradores, com o objetivo de capacitá-los no processo de atendimento adequado às pessoas com deficiência auditiva.

"Esse treinamento é de extrema importância, pois estamos sendo capacitados para receber pessoas que têm algum tipo de deficiência. Para mim, foi um pouco mais fácil aprender Libras, pois já tenho a experiência de me comunicar com a minha irmã, que é deficiente auditiva. Assim como ela, as amigas que também são deficientes auditivas se preocupam com a vida acadêmica, pois há essa dificuldade de comunicação", explica Amanda Boaventura, funcionária da FMP/Fase.

A demanda de capacitação dos funcionários foi identificada pelos docentes do curso de Libras e pela Comissão de Acessibilidade, uma vez que a FMP/Fase tem o compromisso de acolher e oferecer toda estrutura adequada às pessoas que necessitam de atendimentos diferenciados.

"Estamos trabalhando a acessibilidade das comunicações. Então, aprender a se comunicar com um deficiente auditivo, através da língua dos sinais, é extremamente relevante em qualquer ambiente. Ao incentivar que nossos funcionários se capacitem, estamos abrindo um leque de possibilidades, pois eles poderão utilizar os conhecimentos não só dentro da instituição, como também na vida pessoal”, destaca Ana Carolina de Sá Earp de Resende Chaves, integrante da Comissão de Acessibilidade da FMP/Fase.

Todo início de semestre, a FMP/Fase oferece uma matéria eletiva de Libras, segunda língua oficial do Brasil, para os funcionários que queiram participar. Além disso, a faculdade investe em outras formas de acessibilidade, como a pedagógica, de infraestrutura física e também digital.

"Há três anos, temos um curso de Libras específico para os funcionários. A inclusão é muito importante, pois quando uma pessoa com deficiência auditiva chega em uma instituição se sente desesperada, porque é como se estivesse só integrada e não incluída. Libras é a segunda língua oficial do Brasil, conforme a lei 10.436. Essa informação é muito importante, pois mostra que existe uma estrutura gramatical e semântica como a língua portuguesa”, ressalta Luciane Cruz, professora do curso de Libras da FMP/Fase, que é deficiente auditiva.

A FMP/Fase também disponibiliza ampla estrutura para atender às demandas de pessoas portadoras de algum tipo de limitação física. O campus universitário conta com banheiros, telefones públicos, bebedouros e elevadores adaptados, além de uma cadeira de rodas, que pode ter seu uso solicitado na recepção, vagas reservadas no estacionamento, balcões baixos, que permitem que um cadeirante possa usá-los, e cadeiras para canhotos e obesos nas salas de aula. Além disso, as entradas do elevador, as escadas e as rampas do campus contam com piso tátil. A FMP/Fase também mantém uma cartilha atualizada com orientações sobre acessibilidade no campus, disponível para consulta nos balcões de atendimento e no site da faculdade.