Ao acreditar mais no tratamento do que na prevenção
de doenças, a maioria dos brasileiros segue perdendo a luta para o Aedes
aegypti. A opinião é do médico Paulo Cesar Guimarães, membro do
Comitê de Infectologia da Sociedade de Pediatria do Estado do Rio, professor e
diretor da Faculdade de Medicina de Petrópolis (FMP/Fase). Além de ser o vetor
para a transmissão de dengue, zika e chicungunha, o Aedes pode
disseminar a febre amarela se picar uma pessoa já infectada.
“Se antes o problema conhecido era o mosquito ser o
transmissor da dengue, hoje temos também os vírus da zika e da
chicungunha para enfrentar, além do sinal de alerta sobre a febre
amarela. A prevenção através das vacinas contra dengue e febre
amarela e o combate ao Aedes continuam sendo
fundamentais. Também devemos chamar a atenção para a possível transmissão
sexual do vírus da zika. O uso do preservativo é necessário”, frisa Paulo Cesar
Guimarães.
Para ele, os profissionais de saúde devem estar
atentos ao diagnóstico correto na distinção entre dengue, zika e chicungunha.
Segundo estimativas dos pesquisadores, a chicungunha é a que deve registrar
mais casos em 2017, pois a maioria da população não tem imunidade ao vírus. As dores nas articulações tornam
a chicungunha uma doença incapacitante, que pode durar meses ou anos,
explica o infectologista.
“Sobre a febre amarela, é urgente que as pessoas
que estão nas áreas atingidas ou em cidades próximas tomem a vacina. As que vão
se dirigir para esses locais precisam da vacina dez dias antes.
Vale lembrar que ela pode apresentar efeitos colaterais e não deve ser
aplicada nas crianças abaixo de nove meses de idade (só excepcionalmente); em
mulheres que estejam amamentando; nas gestantes; nos imunodeficientes
e nos que têm mais de 60 anos (também só excepcionalmente)”, conta
Paulo Cesar.
Dr. Paulo Cesar Guimarães
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Departamento de Comunicação Faculdade Arthur Sá Earp Neto/Faculdade de Medicina de Petrópolis