segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

Infectologista pede reforço no combate ao Aedes e no diagnóstico de doenças

 Ao acreditar mais no tratamento do que na prevenção de doenças, a maioria dos brasileiros segue perdendo a luta para o Aedes aegypti. A opinião é do médico Paulo Cesar Guimarães, membro do Comitê de Infectologia da Sociedade de Pediatria do Estado do Rio, professor e diretor da Faculdade de Medicina de Petrópolis (FMP/Fase). Além de ser o vetor para a transmissão de dengue, zika e chicungunha, o Aedes pode disseminar a febre amarela se picar uma pessoa já infectada.

“Se antes o problema conhecido era o mosquito ser o transmissor da dengue, hoje temos também os vírus da zika e da chicungunha para enfrentar, além do sinal de alerta sobre a febre amarela. A prevenção através das vacinas contra dengue e febre amarela e o combate ao Aedes continuam sendo fundamentais. Também devemos chamar a atenção para a possível transmissão sexual do vírus da zika. O uso do preservativo é necessário”, frisa Paulo Cesar Guimarães.

Para ele, os profissionais de saúde devem estar atentos ao diagnóstico correto na distinção entre dengue, zika e chicungunha. Segundo estimativas dos pesquisadores, a chicungunha é a que deve registrar mais casos em 2017, pois a maioria da população não tem imunidade ao vírus. As dores nas articulações tornam a chicungunha uma doença incapacitante, que pode durar meses ou anos, explica o infectologista.


“Sobre a febre amarela, é urgente que as pessoas que estão nas áreas atingidas ou em cidades próximas tomem a vacina. As que vão se dirigir para esses locais precisam da vacina dez dias antes. Vale lembrar que ela pode apresentar efeitos colaterais e não deve ser aplicada nas crianças abaixo de nove meses de idade (só excepcionalmente); em mulheres que estejam amamentando; nas gestantes; nos imunodeficientes e nos que têm mais de 60 anos (também só excepcionalmente)”, conta Paulo Cesar.

Dr. Paulo Cesar Guimarães 

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Departamento de Comunicação Faculdade Arthur Sá Earp Neto/Faculdade de Medicina de Petrópolis