Afinal,
o que é inteligência? Uma habilidade específica? Uma capacidade? Um adjetivo?
Uma habilidade fluida ou cristalizada? Existem, aproximadamente, 70 definições
do que é inteligência na ciência psicológica, mas atualmente ela é entendida
como uma capacidade global do indivíduo para agir com finalidade de pensar
racionalmente e lidar efetivamente com seu meio ambiente. Esta capacidade está
significativamente relacionada a uma grande variedade de atributos sociais,
econômicos, educacionais, políticos, tecnológicos e da saúde, ou seja, a
inteligência está positivamente relacionada com um vasto e variável conjunto de
relevantes indicadores para nossa qualidade de vida.
Durante
muito tempo ela foi entendida como uma capacidade única, mas há décadas os
estudos já apontam a sua multiplicidade, e é nesse contexto que comumente
escutamos a expressão Inteligência Emocional (IE), conceito que se originou das
contribuições de Howard Gardner, autor da Teoria das Inteligências Múltiplas
(TIM). Nesse sentido, a IE é definida como “a capacidade de o indivíduo
monitorar os sentimentos e as emoções dos outros e os seus, de discriminá-los e
de utilizar essa informação para guiar o próprio pensamento e as ações”. Atuando
basicamente com quatro habilidades: percepção, uso, entendimento e
administração das emoções.
De
maneira geral, a inteligência emocional ajuda os sujeitos a usarem a informação
proveniente das emoções, no sentido de desenvolver e aprimorar os processos
cognitivos que possam auxiliar no contexto profissional, pessoal, escolar e
relacional como um todo, sendo um importante recurso para as exigências da
adaptação inerente à vida humana. Desta forma, duas especialidades podem contribuir
para o ajustamento e/ou desenvolvimento da IE. O psicopedagogo, com jogos
lúdicos, brincadeiras, diálogos, criando oportunidades construtivas para
crianças e adolescentes, e o psicólogo, com o desenvolvimento da Autorregulação Emocional. Tal conceito refere-se a um processo dinâmico
ligado a esforços conscientes no controle dos comportamentos, sentimentos e
emoções.
Embora seja estudada
há décadas, as pesquisas sobre inteligência emocional ainda não dispõem de uma
estabilidade dentro da Psicologia, promovendo muitas críticas à sua existência.
As principais questões dizem respeito à definição do seu próprio constructo, se
pode ser considerada uma inteligência ou se ela pode estar imbricada nos traços
de personalidade.
Diogo
Fagundes Pereira
Professor
do curso de Psicologia da Faculdade Arthur Sá Earp Neto (FMP/Fase)
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Departamento de Comunicação Faculdade Arthur Sá Earp Neto/Faculdade de Medicina de Petrópolis