Os alunos de Iniciação Científica do
Centro de Medicina Regenerativa (CMR) da Faculdade de
Medicina de Petrópolis (FMP/Fase) acabam de passar por um estágio de
"Treinamento Básico em Cultura de Células". Com carga horária de 45
horas, a experiência aconteceu no Banco de Células do Rio de Janeiro (BCRJ), no
Parque Tecnológico de Xerém do Inmetro. O banco é o maior da América
Latina com um acervo de mais de 400 linhagens celulares, sendo filiado à
Organização Mundial de Coleções de Cultura – World Federation for
CultureCollection.
Desde a sua criação, em 1980, o BCRJ é
considerado referência no isolamento, manutenção, armazenamento e distribuição
de linhagens celulares de diferentes origens. O BCRJ é uma das coleções
participantes da Rede Brasileira de Centros de Recursos Biológicos (Rede
CRB-Br) para avaliação da conformidade de material biológico.
Dos 15 alunos de Iniciação Científica
do CMR da FMP/Fase, coordenado pelo professor RadovanBorojevic, cinco puderam
participar dessa atividade, no período de 18 a 22 de janeiro. Durante
esse período, os alunos acompanharam as atividades desenvolvidas nos
laboratórios de cultura de células do BCRJ. Eles conheceram a estrutura física
do laboratório e seguiram técnicos e pesquisadores na sua rotina de trabalho,
observando, ao microscópio, as células cultivadas nos laboratórios, assim como
a rotina de procedimentos, preparo de soluções, subcultivo de células e
contagem de células.
“Os alunos se mostraram muito
interessados em todas as atividades, tendo participado com bastante entusiasmo
e interagido muito bem com os técnicos e pesquisadores do BCRJ e Inmetro.
Demonstraram bastante interesse em desenvolver atividades práticas em
laboratório, posteriormente a esse período de estágio. Disseram que nesse
período, mesmo curto, já foi possível entender melhor as atividades que são
desenvolvidas em um "laboratório de cultivo de células", além de ter
sido muito proveitosa e enriquecedora a convivência e a troca de experiências
com pesquisadores e alunos de pós-graduação do Inmetro”, conta a professora
pesquisadora Esther Takamori, da FMP/Fase.
Segundo a professora, todos os
envolvidos no treinamento (pesquisadores, alunos de pós-graduação, técnicos)
elogiaram muito os alunos pelo seu interesse, entusiasmo e educação durante
esse treinamento. “Esse tipo de atividade possibilita ao aluno ter uma
vivência científica fora da faculdade, permite-lhe, ainda, ampliar a sua visão
do que é ciência, do que se faz e do que é possível se fazer em pesquisas
científicas”, diz Esther. “Além disso, foi possível relacionar aspectos
teóricos, vistos em seminários e discussões de artigos, com a parte prática, em
laboratório, o que é de fundamental importância para o desenvolvimento técnico-científico”.
O aluno Gabriel Diaz gostou de vivenciar a
dinâmica do laboratório com o maior acervo de linhagens de células da América
do Sul: “Ele supre boa parte da demanda de recursos básicos necessários para
pesquisa científica de ponta, tanto na área de medicina regenerativa como no
campo de desenvolvimento de biomateriais. Foi uma experiência
extremamente gratificante. Além disso, foi sensacional ter tido
oportunidade de assistir a palestras e conversar com pesquisadores de
altíssimo nível nas respectivas áreas de atuação. Essa oportunidade que a
faculdade nos proporcionou reavivou ainda mais a vontade que eu tinha de
desenvolver pesquisa na área de terapia celular, e de pesquisar na área da
medicina translacional", afirma.
Além do BCRJ, a FMP/Fase desenvolve
trabalhos em colaboração com pesquisadores da Universidade Federal do Rio de
Janeiro (UFRJ), do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF), e do
Laboratoire de BiologieTissulaire et IngénierieThérapeutique, Université
Lyon 1, France.
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Departamento de Comunicação Faculdade Arthur Sá Earp Neto/Faculdade de Medicina de Petrópolis