Trocar
materiais recicláveis, que se encontravam descartados de forma inadequada no
ambiente, por cestas básicas para doar a famílias carentes. Esse foi o objetivo
da mobilização de estudantes do curso de Enfermagem da Faculdade Arthur de Sá
Earp Neto (FMP/Fase), realizada na terça-feira (21), na Unidade de Saúde da
Família da Estrada da Saudade.
A
ideia surgiu após um grupo de alunos perceber o acúmulo de lixo na comunidade,
o que poderia acarretar sérios riscos para a saúde da população local. A partir
daí, os estudantes decidiram desenvolver um projeto que também ajudasse algumas
famílias carentes da região. Enquanto os alunos se mobilizavam para arrecadar
alimentos, essas famílias se empenharam em arrecadar caixas, garrafas, latas e
outros produtos recicláveis.
“No
posto, a gente atende a uma demanda de pacientes, mas não temos esse contato
maior para saber o que eles realmente precisam. Somente com as visitas
domiciliares podemos perceber as necessidades e, assim, podemos ver que os
problemas não são só as doenças, mas também são problemas socioculturais e
econômicos”, destaca uma das alunas responsáveis pelo projeto, Karinne Portella.
Como
a FMP/Fase tem a missão de incentivar a realização de projetos sociais, os
alunos começam desde cedo a visitarem e a criarem propostas que contribuam para
a qualidade de vida dos moradores das comunidades onde os postos da instituição
estão inseridos. “A gente sempre estimula os alunos a criarem um vínculo com a
comunidade, porque esse é o objetivo da estratégia de saúde da família. Nesse
vínculo que elas criam com as famílias, elas acabam se sensibilizando muito com
os problemas sociais e econômicos. Então, todo período, eles desenvolvem um
projeto para beneficiar a comunidade. Isso é importante porque eles acabam
vendo a saúde de uma forma ampla”, conta o enfermeiro, Maycon Theobald.
De
acordo com o relatório da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública
e Resíduos Especiais (Abrelpe), divulgado em 2015, o lixo no Brasil aumentou em
29% de 2003 a 2014, o equivalente a cinco vezes a taxa de crescimento
populacional, que foi de 6%. O estudo ainda revelou que mais de 41% das 78,6
milhões de toneladas de resíduos sólidos geradas no país, em 2014, tiveram como
destino lixões e aterros. Segundo a Abrelpe, esses locais são inadequados e
oferecem riscos ao meio ambiente e à saúde.
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Departamento de Comunicação Faculdade Arthur Sá Earp Neto/Faculdade de Medicina de Petrópolis