sexta-feira, 15 de julho de 2016

Formação ética é essencial para evitar casos de corrupção no país

Em um momento em que o Brasil se encontra fragilizado perante tantos escândalos de corrupção, com desvios de verbas e a sonegação de impostos, muitas investigações que apontam erros nas gestões públicas e privadas, como no caso de todos os desvios ocorridos na Petrobras e em tantas outras empresas, como indicam os dados levantados pela operação Lava Jato, os brasileiros se perguntam se haverá uma saída para evitar novas fraudes no país.

É certo que não apenas o Brasil, mas vários países passam por situações semelhantes de crise nos setores público e privado. No entanto, a única solução encontrada é a formação de profissionais éticos e competentes, pois a corrupção dentro de uma organização, seja ela pública ou privada, pode ser evitada desde que pessoas comprometidas monitorem as transações efetuadas pela mesma.

“Um profissional que tenha uma boa formação em Administração adquire competências que o fazem desenvolver habilidades e atitudes necessárias para detectar contradições técnicas e o não cumprimento de regras. Somente conhecimentos e habilidades não são suficientes se o profissional não tiver uma atitude de transparência e ética em sua prática profissional. Nesse sentido, é de suma importância que na formação de um administrador, o assunto da ética seja amplamente discutido e apreendido”, afirma Levi de Souza, coordenador do curso de Administração e dos cursos superiores em Tecnologia de Gestão da Fase.

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Muitos teóricos defendem que a formação de profissionais que atuam no mercado de trabalho precisa estar comprometida com constantes ensinamentos sobre ética e sua importância no estabelecimento de relacionamentos dentro e fora das organizações. Sendo assim, ética, auditorias, compliance, empreendedorismo, inovação, gestão de riscos e sustentabilidade são conceitos e práticas que precisam estar bem claros para um administrador profissional. 

“O profissional de Administração deve atuar como um auditor de suas práticas e de sua gestão. Apesar da alta complexidade de informações em que vivemos, uma organização não opera sem ter parâmetros, legislação e normas internas, que devem servir de modelos para o acompanhamento de sua gestão. Um gestor deve fazer uma administração ‘diferenciada’ em produtividade, qualidade e inovação, sem perder ou se desviar dos seus parâmetros”, frisa o professor Levi.

Nos últimos anos, observamos o aumento de casos que revelam a corrupção em nosso país. O professor de Administração explica que vários fatores contribuem para que esses escândalos ocorram, uma vez que a população passa a ter conhecimento de tantas transações ilegais.


“Pode-se destacar inúmeros elementos a contribuir com esse aumento da exposição de corrupção, desde projetos de corrupção institucionalizada até o aumento das denúncias devido a, entre outros fatores, novos contextos tecnológicos, como o acesso à internet e às redes sociais. Seja qual for o motivo, essa "epidemia" está nos levando a graves consequências. Ainda que estejamos num processo de luta contra a corrupção, a cada dia surgem novos casos. As respostas relacionadas aos casos de corrupção ainda são incipientes e insatisfatórias. E isso, invariavelmente, afeta nossa credibilidade diante, especificamente, dos investidores e/ou empreendedores”, finaliza.

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