Os 5.570 municípios Brasileiros contam, a partir de
agora, com o Manual do Gestor(a) Municipal do SUS. A primeira edição da
publicação que aborda “Diálogos no Cotidiano” surgiu após a identificação da
necessidade de auxiliar os novos Secretários Municipais de Saúde que foram empossados
em 2017. O incessante aumento da complexidade da gestão do SUS e a inexistência
de um material que apresentasse em detalhes a gestão da área foram as
principais razões que fizeram com que o Manual fosse elaborado.
A Doutora em Saúde Coletiva pelo Instituto de Medicina Social (IMS) e professora titular dos cursos de Odontologia, Medicina e Administração da Faculdade Arthur Sá Earp Neto (FMP/Fase), Ana Maria Auler, que foi uma das coordenadoras e autoras do manual, explica que o material foi produzido pela parceria entre o Instituto de Medicina Social da Uerj, onde Ana Auler é pesquisadora, o Conselho de Secretários Municipais de Saúde do Rio de Janeiro (COSEMS-RJ) e o Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (CONASEMS), especificamente para os gestores municipais, com a preocupação de abordar questões reais dos municípios brasileiros.
“O manual apresenta situações-problemas organizadas
em três partes: Gestão do SUS, Atenção Básica e Vigilâncias e Redes
Regionalizadas de Atenção. A ideia foi organizar por temas que
possuíssem uma afinidade e tratassem dos principais problemas enfrentados
pelos gestores. Uma boa gestão tem relação direta com a qualidade do atendimento e o SUS é muito
complexo, exige conhecimentos específicos. Muitos gestores são
profissionais de saúde sem nenhuma experiência ou formação em gestão, por isso
esse material é tão importante e um ganho enorme para a continuidade do
desenvolvimento da área de saúde municipal”, destaca Ana Auler.
O país enfrenta uma série de dificuldades na área
de saúde pública. O montante de recursos envolvidos é grande, porém o aumento
da despesa é crescente, seja por problemas de gestão, seja pelo perfil
epidemiológico da população. Ana Auler explica que existem novos problemas de
saúde decorrentes do modo de vida no século XXI, além de persistirem os problemas
relacionados à falta de saneamento básico e ainda sem se vislumbrar solução,
como é o caso da dengue e da febre amarela. No cenário atual, há ainda carência
por profissionais qualificados em vários lugares do país.
“Em Petrópolis, a gestão também não é exceção e se
configura como um desafio. A cidade é um Polo na Região Serrana e, pelo tamanho
e complexidade de sua rede de serviços de saúde, possui uma responsabilidade
enorme no âmbito do SUS regional. Nesse sentido, a FMP/Fase é um ator
estratégico no SUS em Petrópolis e, na medida em que seus cenários de prática
estão vinculados ao SUS, favorece a formação de um profissional que possa atuar
em sintonia com os princípios e diretrizes do Sistema”, finaliza Ana Maria
Auler.
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Departamento de Comunicação Faculdade Arthur Sá Earp Neto/Faculdade de Medicina de Petrópolis