Nos dias 10 e 11 de maio, a FMP/Fase, através
de seu Núcleo Docente e Discente de Extensão Universitária, realizou a I
Assembleia de Extensão Universitária da FMP/Fase, tendo como Professores
responsáveis: Aline Gaudard e Silva de Oliveira, Ana Maria Auler Matheus Peres,
Andrea Moreli Mendes Gualberto, Nathalia Balthazar Martins, Thalita Fialho da
Rocha e o Coordenador de Projetos e Extensão, Ricardo Tammela.
Os principais objetivos da Assembleia foram discutir e
apontar a Extensão que queremos ser e acumular o debate sobre Extensão
Universitária.
É importante salientar que a Instituição vem realizando
atividades extensionistas através da assistência em saúde, de atividades de
educação em saúde de suas unidades de atenção básica, em escolas, através das
Ligas Acadêmicas e mais recentemente, nos últimos 5 anos, através da Coordenação
de Projetos e Extensão, com a FASE TV e atividades culturais, campanhas sociais
e projetos em comunidades ou com grupos em situação de vulnerabilidade.
Porém, a Instituição não havia, até o momento, iniciado
um debate sobre o perfil de extensão universitária que gostaria de implementar,
assim como sua articulação com o ensino e a pesquisa. Nem tampouco havia criado
espaços de acúmulo de discussão sobre extensão universitária, seu papel na
formação do estudante, seu papel transformador da sociedade, os públicos com
quem quer dialogar, suas metodologias e políticas.
A Assembleia contou com a participação da Direção da
FMP/Fase e da Fundação Octacílio Gualberto, de 78 Alunos dos diferentes cursos
da FMP/Fase, 19 Professores, Coordenadores e Dirigentes e 15 convidados
externos no dia 10 de maio e de 61 Alunos, 06 Professores e 05 convidados no
dia 11 de maio.
Entre os convidados externos, recebemos professores e
alunos do CEFET, representantes do Conselho Regional de Psicologia, do Conselho
Municipal de Saúde, da Escola Popular, do Coletivo Foco, do ITB – Instituto
Técnico do Brasil, da Universidade Federal de São João del-Rei, dos Rodoviários,
do MUP e o artista plástico Claudio Partes.
Os debates foram abertos no dia 10 de maio pelo Assessor
de Extensão da Pró-Reitoria de Extensão e ação comunitária da Universidade
Federal da Paraíba, Emmanuel Falcão, abordando Extensão Popular, e no dia 11 de maio, pelo Coordenador da Comissão
de Ciências Sociais e Humanas em Saúde da ABRASCO – Associação Brasileira de
Saúde Coletiva e Professor da UERJ, Martinho Silva, abordando Os espaços e os públicos – As Ciências
Sociais e Humanas em Saúde e a Extensão Universitária. Após a introdução dos temas, foi
aberta fala aos participantes.
A relatoria da Assembleia foi realizada pelos Professores
do Núcleo Docente e Discente de Extensão Universitária da FMP/Fase, Professoras
Aline Gaudard e Silva de Oliveira, Ana Maria Auler Matheus Peres, Andrea Moreli
Mendes Gualberto, Nathalia Balthazar Martins, Thalita Fialho da Rocha e pelos
Discentes Gabriela Fernanda Neves de Oliveira, Karine dos Santos Peixoto,
Natanael Santos Resende, Tayná de Anchieta Almeida e Vitória Carolina de
Oliveira.
Como parte da programação da I Assembleia de Extensão
Universitária da FMP/Fase, os estudantes presentes elegeram Deborah Cunha
Frederico – curso de Administração, Karine dos Santos Peixoto – curso Tecnólogo
em Radiologia, e Shirley Ediene Rodrigues – curso de Medicina, como os
representantes discentes do Núcleo Docente e Discente de Extensão Universitária
da FMP/Fase, tendo como suplência, a estudante Luciene Lopes Baptista – curso
de Psicologia.
Como resultado da Assembleia, e sendo um de seus
objetivos, os participantes presentes no dia 11 de maio aprovaram com aclamação
a Carta de Maio de 2018 – Princípios da Extensão Universitária na FMP/Fase.
Carta de Maio de 2018
Princípios da Extensão Universitária na
FMP/Fase
Aprender fazendo e fazer
aprendendo
A Extensão Universitária na FMP/Fase terá
como propósito fundir o que se aprende,
produzi-lo na Universidade e aplica-lo no desenvolvimento de uma comunidade,
que tem participação ativa e contribui com a instituição que a beneficia,
passando-lhe experiências da vida real, dando crédito aos seus experimentos e
justificando o que se realiza nas áreas de ensino e pesquisa¹.
Como Extensão Popular, será um campo social, permeado pela dimensão popular, contribuindo efetivamente
para melhorar a sociedade e para que estudantes e professores envolvidos
enriqueçam seu saber, participem do crescimento das pessoas e das comunidades¹.
Seus principais objetivos serão: promover a interação entre a Academia e a Comunidade, com a troca de
saberes e de conhecimentos; desenvolver atividades que propiciem a participação
da comunidade como sujeitos, e não como meros espectadores; interligar as
atividades de ensino e pesquisa com as demandas da comunidade; priorizar as
práticas voltadas para o atendimento de necessidades sociais emergentes, como
as ligadas à garantia de direitos, à proteção e empoderamento de grupos em
situação de vulnerabilidade, pelo enfrentamento à todos os tipos de violência,
à atividades nas áreas de educação, saúde, habitação, meio ambiente, geração de
renda, etc. e criar condições para a participação na elaboração de políticas
públicas voltadas para a maioria da população, bem como para se constituir em
organismo legítimo visando acompanhar e avaliar a implantação delas¹.
Assim, a Extensão Universitária da FMP/Fase se pautará
preferencialmente pelos princípios abaixo relacionados, tendo prioridade nos
programas de fomento e de investimento institucional as atividades
extensionistas baseadas nestes princípios.
1. Deslocar o espaço de aprendizagem para a
comunidade, permitindo a construção contínua do saber;
2. Produzir conhecimento por meio do envolvimento e da troca com a comunidade, respeitando suas demandas e aspirações;
3. Refletir sobre cidadania, permitindo o conhecimento da realidade social e sua transformação;
2. Produzir conhecimento por meio do envolvimento e da troca com a comunidade, respeitando suas demandas e aspirações;
3. Refletir sobre cidadania, permitindo o conhecimento da realidade social e sua transformação;
4. Respeitar os valores e tradições da comunidade e se inserir em sua dinâmica;
5. Valorizar a escuta, o saber popular e o tempo da comunidade;
6. Ter sensibilidade e solidariedade no olhar para a comunidade;
7. Permitir que os conhecimentos sejam refinados no cotidiano;
8. Ser não só a extensão que ocupa o espaço público, mas a extensão que aprende no espaço público (com o serviço público);
9. Ter a preocupação com sua permanência nos espaços de atuação;
10. Ter caráter emancipatório;
11. Estar perto das pessoas, dialogando através de saberes significativos para as mesmas;
12. Ser um espaço plural de comunhão de diversos saberes;
13. Ser um lugar de encontro entre o Ensino, a Pesquisa, a Extensão e os Movimentos Sociais.
[1] FALCÃO,
Emmanuel – Vivência em comunidades: outra
forma de ensino, 2014 – João Pessoa, Editora UFPB.
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Departamento de Comunicação Faculdade Arthur Sá Earp Neto/Faculdade de Medicina de Petrópolis