sexta-feira, 24 de agosto de 2018

Alimentação segura

Jamile Lima Nogueira
Coordenadora do curso de Nutrição da FMP/Fase
O cenário da alimentação em nosso país vem mudando nos últimos anos. Um elevado consumo de produtos industrializados, ricos em gorduras e açúcares, vem dando lugar ao uso de alimentos menos processados e in natura. A troca, ainda lenta, é fruto de campanhas de conscientização diárias movidas por profissionais de saúde Brasil afora. Tudo para explicar às famílias que a boa saúde pode sim começar pela mesa e o fogão.

Na área da Nutrição vivemos hoje uma tentativa de estímulo à "comida de verdade", como descrito no Guia Alimentar para a População Brasileira (2014). Esse incentivo a uma alimentação mais natural, baseada em produtos frescos e ricos em nutrientes, é fundamental para a melhora do perfil de saúde da população, devendo estar centrado na prevenção de doenças.

Garantir, principalmente para as crianças, o direito à alimentação de qualidade, assim como à água e ao saneamento básico, é investir na prevenção às doenças que hoje lotam os postos e os hospitais.

Nesse sentido, o nutricionista em formação deverá estar conectado à realidade do país e a essas demandas do mercado atual, qualquer que seja sua área de atuação. Tudo para tornar a alimentação um ato saudável de prazer e conforto. É isso que vamos discutir na Semana de Nutrição da nossa faculdade, em Petrópolis, comemorando os 20 anos do curso, de 29 a 31 de agosto, que é o Dia do Nutricionista.

Também estará em discussão o uso de agrotóxicos no campo e a tentativa de flexibilizar no Congresso a legislação ambiental, no debate e no embate entre parte dos produtores rurais e ambientalistas sobre o que esses últimos apelidaram de “pacote do veneno”. É importante o nutricionista se posicionar sobre o papel que deve exercer no acesso a alimentos seguros.

A batalha por rótulos mais explícitos e educativos sobre o que cada produto contém é outra pauta relevante, no dia a dia. Nós consumidores, e não só profissionais da área, temos direito a ter acesso ao máximo de informações em relação ao que estamos levando das prateleiras para as nossas cozinhas.

Afinal, se somos o que comemos, queremos o melhor, principalmente para as nossas crianças.

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Departamento de Comunicação Faculdade Arthur Sá Earp Neto/Faculdade de Medicina de Petrópolis