Jamile
Lima Nogueira
Coordenadora do curso de Nutrição da FMP/Fase
O cenário da alimentação em nosso país vem mudando nos
últimos anos. Um elevado consumo de produtos industrializados, ricos em
gorduras e açúcares, vem dando lugar ao uso de alimentos menos processados e in natura. A troca, ainda lenta, é fruto
de campanhas de conscientização diárias movidas por profissionais de saúde
Brasil afora. Tudo para explicar às famílias que a boa saúde pode sim começar
pela mesa e o fogão.
Na área da Nutrição vivemos hoje uma tentativa de estímulo à "comida de verdade", como descrito no Guia Alimentar para a População Brasileira (2014). Esse incentivo a uma alimentação mais natural, baseada em produtos frescos e ricos em nutrientes, é fundamental para a melhora do perfil de saúde da população, devendo estar centrado na prevenção de doenças.
Garantir, principalmente para as crianças, o direito à
alimentação de qualidade, assim como à água e ao saneamento básico, é investir
na prevenção às doenças que hoje lotam os postos e os hospitais.
Nesse sentido, o nutricionista em formação deverá estar
conectado à realidade do país e a essas demandas do mercado atual, qualquer que
seja sua área de atuação. Tudo para tornar a alimentação um ato saudável de prazer
e conforto. É isso que vamos discutir na Semana de Nutrição da nossa faculdade,
em Petrópolis, comemorando os 20 anos do curso, de 29 a 31 de agosto, que é o
Dia do Nutricionista.
Também estará em discussão o uso de agrotóxicos no
campo e a tentativa de flexibilizar no Congresso a legislação ambiental, no
debate e no embate entre parte dos produtores rurais e ambientalistas sobre o
que esses últimos apelidaram de “pacote do veneno”. É importante o
nutricionista se posicionar sobre o papel que deve exercer no acesso a
alimentos seguros.
A batalha por rótulos mais explícitos e educativos
sobre o que cada produto contém é outra pauta relevante, no dia a dia. Nós
consumidores, e não só profissionais da área, temos direito a ter acesso ao
máximo de informações em relação ao que estamos levando das prateleiras para as
nossas cozinhas.
Afinal, se somos o que comemos, queremos o melhor,
principalmente para as nossas crianças.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Departamento de Comunicação Faculdade Arthur Sá Earp Neto/Faculdade de Medicina de Petrópolis