quinta-feira, 18 de março de 2010

Saúde do adolescente

A transição entre a infância e a idade adulta acontece entre 10 e 19 anos, segundo a Organização Mundial de Saúde. É neste intervalo de tempo, chamado adolescência, em que os jovens vivem um período marcado por profundas mudanças, com transformações no comportamento e, principalmente, no corpo. As dúvidas são muitas, mas nem sempre o diálogo se estabelece, pois, na maioria das vezes, vergonha é maior.

Surge, então, um mar de incertezas e mitos. Mas os especialistas alertam: a informação e a conversa são os melhores aliados para lidar com os jovens nesta fase da vida. A professora Adriana Duringer Jacques, da Faculdade de Medicina de Petrópolis, destaca a importância da devida orientação aos jovens.

“O conhecimento do próprio corpo e de como ele funciona é imprescindível para o adolescente identificar o que é normal e quando é preciso procurar um especialista. Na adolescência, meninos e meninas devem se conscientizar de que é responsabilidade deles cuidar de sua própria saúde. Não procurar as informações com as pessoas certas e confiar nas respostas dos colegas ou nos sites da internet são os equívocos mais freqüentes dos jovens”, destaca.

Algumas orientações são comuns a ambos os sexos e idades. Manter uma alimentação saudável, beber água várias vezes por dia, fazer atividades físicas e dormir bem são algumas delas. Mas algumas questões são específicas para os adolescentes cujas principais dúvidas se referem às mudanças no corpo e à sexualidade.

As dúvidas variam muito conforme a idade. Tanto para meninos e meninas, de 10 a 13 anos, a maior curiosidade é sobre o beijo e o ato de ficar. “Nesta fase, são mais moralistas, têm medo de pegar doenças e de terem filhos tão jovens. Querem saber sobre o crescimento rápido e o desenvolvimento dos caracteres sexuais. Também perguntam muito sobre a masturbação. A partir dos 14 anos, eles querem saber sobre o ato sexual em si, formas de prazer e sobre a proteção contra doenças sexualmente transmissíveis e anticoncepção”, explica Jacques.

Segundo Jacques, o maior problema enfrentado na fase da adolescência é a vulnerabilidade a muitos fatores de riscos: drogas, álcool e violência. “Quando pais e especialistas orientam, os adolescentes percebem o que é estar vulnerável e começam a se proteger e se auto cuidar. Por isso, clareza e objetividade são fundamentais neste diálogo”, afirma.

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Departamento de Comunicação Faculdade Arthur Sá Earp Neto/Faculdade de Medicina de Petrópolis