Em nome da rotina acelerada, alguns
médicos pouco escutam os pacientes antes de assinar a receita. Dar um freio
nessa correria é a proposta da Slow Medicine. A Faculdade de
Medicina de Petrópolis (FMP/Fase) promoverá um debate sobre o tema, no dia 26,
às 10h, quando os professores Regis Vieira e Luis Eduardo Fontes receberão o
clínico-geral, geriatra e cofundador do movimento no Brasil, José Carlos
Aquino de Campos Velho, que trabalha em São Paulo.
A primeira alusão ao termo Slow
Medicine foi num artigo do cardiologista italiano Alberto Dolara, de
2002. A inspiração vem do movimento Slow Food, fundado em 1986,
também na Itália, para defender o prazer gastronômico em um ritmo mais lento,
com qualidade de vida. A primeira Sociedade de Slow Medicine foi
constituída na cidade italiana de Torino, em janeiro de 2011. O movimento se
espalhou e, no Brasil, tem um site para divulgar suas ideias, o www.slowmedicine.com.br.
"Hoje temos a possibilidade de
curar ou controlar doenças que até 20 anos atrás matavam. Mas a questão é o uso
abusivo e excessivo de medicamentos", costuma dizer José Carlos Aquino de
Campos Velho.
Para Regis Vieira, a soma explosiva de
uma sociedade que deposita no consumo a sua felicidade, com as tecnologias em
saúde no ápice e a doença como centro, fez com que os profissionais de saúde
fossem chamados à humanização. Regis, que é formado pela própria FMP/Fase
e no Instituto Brasileiro de Hipnose Aplicada, atua na unidade de saúde Machado
Fagundes, gerida pela faculdade em Petrópolis, buscando a redução do
uso de medicamentos pelos pacientes. Já o gastroenterologista Luis Eduardo
Fontes é um estudioso do tema de Saúde Baseada em Evidências e responsável pela
coordenação do Centro Cochrane de Petrópolis, em parceria com a FMP/Fase. O
trabalho consiste em ouvir sempre os pacientes na atualização da literatura
médica a ser compartilhada mundialmente.
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Departamento de Comunicação Faculdade Arthur Sá Earp Neto/Faculdade de Medicina de Petrópolis