Com o objetivo de proporcionar atividades
relacionadas ao mundo acadêmico, os estudantes do ensino médio, de escolas
públicas e privadas do município, foram convidados para participar das
atividades propostas na programação da 23ª edição da Semana Científica da
FMP/Fase, que este ano comemora os 50 anos de fundação da Faculdade de
Medicina de Petrópolis. A Comissão Organizadora do evento destacou a criação de
circuitos sensoriais e fisiológicos, desenvolvidos especialmente para promover
a interação entre os adolescentes e os universitários.
“Essa atividade da caminhada sensitiva está sendo
uma experiência muito boa para nós, que estamos guiando os alunos. A gente
consegue observar o contraste das sensações, algo muito fantástico. Quando são
vendados, os alunos ficam aflitos, porque vão ter que confiar em pessoas que
nunca viram para conseguirem passar pelos obstáculos. Mas, ver a realização
deles ao saírem do circuito maravilhados com a recordação de algumas memórias
adormecidas, é simplesmente fantástico”, comenta Andreza Rocha, aluna do 2º período
de Psicologia da FMP/Fase.
Depois de vivenciar o circuito, os estudantes do
ensino médio deram seus testemunhos de como se sentiram estimulados durante a
atividade sensorial proposta. “Foi uma experiência muito diferente. Me lembrei
muito da casa da minha avó, da minha infância. Os cheiros das plantas, o andar
descalço na terra, pisar na água. Nossa, foi muito bom. Bateu uma saudade
danada, porque atualmente a gente não tem muito tempo para parar e pensar em
como era a nossa vida. Como estamos na correria do dia a dia, essas sensações
gostosas passam despercebidas”, conta Jennifer Oliveira, aluna do 2º ano do
Colégio Estadual D. Pedro II.
A coordenadora da 23ª edição da Semana Científica
da FMP/Fase, Regina Bortolini, explica que os circuitos foram pensados exatamente
para que as pessoas tivessem uma boa experiência ao perceberem o quanto os
outros sentidos são estimulados quando anulamos a visão.
“Quando a gente pensa em iniciação científica, não
é apenas na perspectiva da graduação, pois ela é um processo que começa desde a
educação infantil. Como instituição de ensino superior, a gente acredita que é
importante disseminar o espírito científico em todos os níveis de ensino. De
forma lúdica e gostosa, criamos essas atividades para interação entre os alunos
do ensino médio e os acadêmicos. A caminhada sensitiva, a atividade de
percepção gustativa, os jogos de percepção e memória, além do circuito
fisiológico, estimulam memórias afetivas, a dimensão mais intuitiva e permitem
uma reflexão sobre como temos deixado essas experiências de lado por conta das
tarefas cotidianas, mas que fazem extremamente bem ao nosso corpo e à nossa
saúde”, frisa Regina Bortolini.
Outra novidade dessa edição, que fez sucesso, foi o
aplicativo da Semana Científica – o Virtual Evento –, desenvolvido pelo
professor Gladistone Afonso e disponível para Android e IOS. Nele, os
participantes acessaram a programação e as informações sobre os
palestrantes, agendaram as atividades que mais lhe interessavam e também
puderam avaliá-las. Os organizadores do evento também comemoraram o recorde de
trabalhos inscritos nesta edição, foram 107, entre trabalhos científicos,
práticas educativas inovadoras e experiências exitosas no SUS. Em mais da
metade, as unidades de saúde vinculadas à rede pública do município, onde os
alunos da FMP/Fase atuam, serviram como campo de pesquisa.
“A Semana Nacional de Ciência e Tecnologia nos provocou com esse tema de a matemática está em tudo. A matemática na saúde, que é o nosso principal foco, está nos trabalhos e no pensamento científico, mas também está na função social, pois dividir é multiplicar, esse é o tema da nossa Semana Científica. Dividir recursos humanos, materiais, conhecimento, enfim, é uma forma de multiplicar saúde, bem-estar e oportunidades. Por isso, a nossa temática é dividir o que temos com os outros para multiplicar seus efeitos benéficos para a sociedade”, finaliza Maria Isabel de Sá Earp de Resende Chaves, supervisora geral da FMP/Fase.
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Departamento de Comunicação Faculdade Arthur Sá Earp Neto/Faculdade de Medicina de Petrópolis