quinta-feira, 8 de março de 2012

Alunos da FMP exercitam a solidariedade

Estudantes de Medicina permaneceram quatro horas simulando deficiências



Na quarta-feira (07), os alunos da Faculdade de Medicina de Petrópolis, que ingressaram esta semana à instituição, participaram de uma atividade inusitada: passaram quatro horas com olhos vendados, braços atados, e bocas e ouvidos tampados. A atividade intitulada “Calçando os Sapatos” faz parte do projeto piloto “Tutoria – Aproximando Pessoas”, que está sendo implantado pela primeira vez na instituição.


O objetivo da atividade foi fazer com que os alunos refletissem sobre as dificuldades encontradas pelas pessoas portadoras de algum tipo de deficiência e exercitassem a solidariedade, uma vez que alguns deles precisaram permanecer como seus acompanhantes, durante as tarefas rotineiras, inclusive nas aulas. “Assim, o aluno poderá exercitar a relação médico-paciente, as relações interpessoais, a confiança no próximo e também a socialização”, explicou Claudia Vasconcellos, coordenadora do curso de Medicina.


O programa de Tutoria tem duração de um ano e é baseado no projeto Tutorias da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. A diferença é que, na FMP, os próprios alunos veteranos serão os tutores dos ingressantes durante todo o ano letivo, promovendo a integração entre eles, aproximando-os da coordenação do curso, proporcionando uma melhor qualidade de vida dentro da instituição e, sobretudo, acolhendo-os na comunidade acadêmica.

“A ideia é sensibilizar os alunos em seu papel social como médicos e fazer com que se sintam em casa, uma vez que 90% deles é de fora da cidade”, disse Gabriel Veiga, aluno do 5º ano responsável pelo projeto.


Ao término da atividade foi realizado um debate e aplicado um questionário a respeito das percepções e dificuldades encontradas pelos alunos. “A visão é um dos sentidos que mais uso, por isso foi difícil prestar atenção na aula. Acredito que, quando eu for lidar com um paciente nesse estado, terei um banco de dados automático para entender a situação”, analisou o ingressante Vitor Mendes Soares.


Para o aluno do 1º ano, Bruno Eduardo Pequeno, “é difícil querer alguma coisa e não poder expressar exatamente o que está sentindo. Uma hora ia atender o celular, mas não pude, então passei para o colega ao meu lado que atendeu por mim”, lembrou.














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Departamento de Comunicação Faculdade Arthur Sá Earp Neto/Faculdade de Medicina de Petrópolis