terça-feira, 27 de agosto de 2019

Projeto Trauma Dental da Fase oferece atendimento gratuito às vítimas de acidentes

Sofrer um acidente e quebrar ou até mesmo perder os dentes no impacto, seja por uma queda de bicicleta, em uma batida automobilística, nos afazeres domésticos ou em um momento de lazer, afeta a saúde das pessoas atingindo diretamente uma questão essencial, a autoestima. 

Com o objetivo de resgatar a estética e a alegria dessas pessoas oferecendo um tratamento de excelência que permita a restauração total dos dentes, a Faculdade Arthur Sá Earp Neto (FMP/Fase) está desenvolvendo um projeto inédito em Petrópolis, o Projeto Trauma Dental, no seu Ambulatório Escola, em Cascatinha. 

“Hoje em dia, as estatísticas revelam que aumentou consideravelmente o número de acidentes de moto e de carro, além dos casos de violência doméstica e agressões em razão do uso de drogas. Esses casos têm elevado bastante o número de vítimas com traumatismo dental. Por isso, é cada vez mais necessário que os dentistas estejam qualificados para atender tal demanda e saber como realizar os procedimentos adequados”, explica o professor Dr. Ernani Abad, idealizador do Projeto Trauma Dental da FMP/Fase. 

O Projeto desenvolvido pelos alunos e professores do curso de Odontologia da FMP/Fase oferece atendimento gratuito aos pacientes. Os procedimentos são realizados nos consultórios do Ambulatório Escola, que conta com ampla estrutura e equipamentos de última geração. 

“Meu filho de 15 anos caiu com a boca no chão enquanto soltava pipa. Foi tudo muito rápido e quando olhamos, o dente da frente havia quebrado. Ele ficou muito triste. Fomos ao Ambulatório Escola para ver se tinha como fazer alguma coisa e nos surpreendemos com o resultado. A gente olha e parece que nada aconteceu. A restauração ficou idêntica ao restante do dente dele. Só posso agradecer”, conta o pedreiro Elisiário Francisco Costa. 

O atendimento emergencial em casos de traumatismos dentários é realizado por dentistas experientes na área, que supervisionam os estudantes do curso de Odontologia da FMP/Fase durante os procedimentos. Caso não seja apenas uma parte do dente que foi quebrada, mas o mesmo tenha saído por inteiro, o dentista explica que o ideal é levar o dente até o consultório o mais rápido possível. 

“Se o dente for encontrado após o acidente, dá para recolocar. Esse primeiro socorro é determinante para o sucesso do tratamento. O dente quando sai da boca tem uma hora para ser recolocado, isso é o ideal. Caso a pessoa consiga segurar o dente quietinho na boca e ir rápido para o atendimento é melhor ainda, porque faz com que o dente permaneça no local de origem e seja mais fácil realizar o procedimento de realocação. Caso não seja possível, o ideal é colocar o dente pelo menos dentro de um pote com leite gelado”, frisa o Dr. Abad.

Há mais de vinte anos, o Dr. Ernani Abad deu início a um projeto de traumatismo dental, no Rio de Janeiro, com objetivo de atender pessoas carentes que passam por um acidente e não têm condições de custear os gastos, que são altos. Apenas no Rio, o dentista conta que o projeto já beneficiou mais de 2,5 mil pacientes e, agora, está sendo implementado em Petrópolis.

“É altamente gratificante para mim, porque devolvemos sorrisos. Quando as pessoas ficam sem os dentes, elas naturalmente deixam de sorrir. Para os alunos da faculdade essa é uma oportunidade muito interessante de aprendizado, pois todo dentista um dia no consultório vai precisar atender um caso de trauma dental. É muito importante que desde a graduação os estudantes tenham uma visão mais ampla do que abrange a profissão e as consequências de qualquer intervenção para saberem agir de acordo com o que se torna necessário a cada caso. Eu digo que é Trauma Multidisciplinar, porque envolve várias especialidades dentro da Odontologia e traz um resultado fabuloso”, finaliza Dr. Ernani Abad. 

Antes de receberem os pacientes nos consultórios do Ambulatório Escola, os alunos participam de aulas teóricas para adquirirem embasamento sobre os procedimentos de traumatismo dental. Os acadêmicos precisam estar cursando a fase clínica para atingirem o nível de ensino exigido para atender esses casos específicos, o que ocorre a partir do sexto período. 

“Estou muito feliz em fazer parte desse projeto. A gente tem muita base teórica para saber o que fazer no caso de um trauma no consultório. Me sinto mais seguro realizando os procedimentos na prática, ainda nesse período de formação acadêmica, pois tenho o suporte de conhecimento e experiência dos professores durante todo o tratamento”, conta Marcus Bello, aluno do 6º período de Odontologia da FMP/Fase.

Além dos estudantes, professores especialistas em diversas áreas participam do Projeto. “É motivo de muita honra fazer parte dessa história. As pessoas não esperam passar por uma situação de trauma dental, mas quando acontece é uma situação muito delicada e cabe ao profissional ajudar na recuperação desse paciente que está passando por um momento de fragilidade emocional. Não é apenas uma massa que a gente está colocando ou um procedimento sendo realizado, mas a recuperação de um sorriso. A autoestima de uma pessoa está em jogo. A nossa ideia inclusive é também atrair pacientes de outras cidades que precisem desses atendimentos”, destaca o Dr. Fábio Pinheiro, professor do curso de Odontologia da FMP/Fase. 

Além do Projeto Trauma Dental, o Ambulatório Escola oferece atendimentos gratuitos em todas as especialidades (pediatria, cardiologia, clínica cirúrgica, clínica médica, dermatologia, endocrinologia, enfermagem, gastroenterologia, ginecologia, neurologia, DTM, nutrição, obstetrícia, odontologia, oftalmologia, ortopedia, otorrinolaringologia, alergia pediátrica, urologia, radiologia odontológica, psicologia, psiquiatria e uroginecologia). Apenas alguns procedimentos odontológicos ainda não conveniados ao SUS estão sendo oferecidos a preços populares. Os pacientes devem agendar suas consultas pelo telefone: (24) 2235-2224. O endereço do Ambulatório Escola é Rua Hyvio Naliato, 899 – Cascatinha.

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Departamento de Comunicação Faculdade Arthur Sá Earp Neto/Faculdade de Medicina de Petrópolis